Traficante Joaquín 'El Chapo' Guzmán foge pela 2ª vez no México

Sua prisão, em 2014, foi o maior golpe contra o narcotráfico em 10 anos.
El Chapo volta a ser o criminoso mais procurado no México e nos EUA.

Da EFE

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Agentes da polícia federal mexicana buscam o traficante foragido Joaquín 'El Chapo' Guzmán em áreas próximas à prisão Altiplano. (Foto: Yuri Cortez/AFP)

O traficante de drogas Joaquín 'El Chapo' Guzmán, líder do Cartel de Sinaloa, fugiu da prisão do Estado do México (centro do país) na qual estava preso desde sua detenção em fevereiro de 2014. É a segunda vez que ele escapa de uma prisão mexicana, informaram neste domingo (12) fontes oficiais.

Joaquin Guzman Loera, conhecido como
“El Chapo”, após ser preso neste sábado (22)
(Foto: PGR/AP)

Em comunicado, a Comissão Nacional de Segurança (CNS) informou que a fuga, a segunda do narcotraficante após a de 2001, aconteceu "às 20h52 horas" do sábado (11). Na última vez em que foi visto, ele estava indo ao banheiro da penitenciária.

A prisão federal Altiplano está localizada em Almoloya de Juárez, no Estado do México, a 25 km de Toluca, capital estadual, e a cerca de 90 km da Cidade do México.

"Ao se prolongar a não visibilidade do interno, se entrou na cela, que estava vazia. Por isso, imediatamente se emitiu o alerta correspondente pela provável evasão do mencionado recluso. Assim se iniciou o protocolo correspondente, com o que se confirma a fuga de Guzmán Loera", informou a CNS em nota.

Com vistas a voltar a deter o narcotraficante, a CNS informou que iniciou buscas na região e nas estradas dos estados vzinhos. Agentes da polícia federal mexicana iniciaram buscas pelo traficante em áreas próximas à prisão Altiplano, como o local de uma construção.

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• Traficante número 1 do México, Joaquín Loera Guzmán é preso

El Chapo
Nascido em 1957, Joaquín Guzmán Loera, conhecido como "El Chapo", começou sua carreira criminosa nos anos 80 como braço direito de Miguel Ángel Félix-Gallardo, chefe do cartel de Guadalajara. A detenção de Gallardo em 1989 fez Guzmám o levou a fundar sua própria organização em Sinaloa, seu estado natal.

Em 1993 foi capturado na Guatemala, país de onde foi extraditado para o México. Em 19 de janeiro de 2001 fugiu da prisão de Puente Grande, estado ocidental de Jalisco, a bordo de um caminhão de limpeza graças à ajuda dada por alguns funcionários do presídio.

Sua última detenção, em 22 de fevereiro de 2014, foi considerada o maior golpe contra o narcotráfico no México em uma década, pois Guzmán era o criminoso mais procurado tanto pelo México como pelos Estados Unidos.

Agentes da polícia federal mexicana buscam o traficante foragido Joaquín 'El Chapo' Guzmán em áreas próximas à prisão Altiplano. (Foto: Yuri Cortez/AFP)

Ônibus e carros são atingidos por pedras na Gávea, Zona Sul do Rio

Veículos foram atingidos na saída do Túnel Acústico, por volta das 7h30.
PM prendeu um suspeito; duas pessoas foram levadas para o hospital.

Mariucha MachadoDo G1 Rio

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Ônibus e carros são atingidos por pedras na Gávea
(Foto: José Audery de Paula/Arquivo Pessoal)

Pelo menos dois carros e dois ônibus foram atingidos por pedras na saída do Túnel Acústico, na Gávea, na Zona Sul do Rio, por volta das 7h30 deste domingo (12). Segundo José Audery de Paula, que estava em um ônibus da linha 314 (Alvorada - Central), o barulho da pedra atingindo o parabrisa do veículo assustou os passageiros.

"Eu estava dormindo indo para o trabalho e acordei com o barulho da pedrada. A pedra era muito grande. A sorte é que não foi do lado do motorista. Graças a Deus ninguém ficou ferido", afirmou José Audery, supervisor de uma padaria em Copacabana.

Ainda segundo o passageiro, outros dois carros e um ônibus da linha 332 (Alvorada - Castelo) também foram atingidos por pedras. "Parece que elas foram jogadas de cima do túnel, mas ninguém viu quem jogou", contou José Audery.

De acordo com Polícia Militar, uma senhora de 53 anos e a filha de 16 anos foram socorridas para o Hospital Miguel Couto, no Leblon. Agentes do 23º BPM (Leblon) prenderam Edmilson José Borges, de 58 anos, por estar jogando pedras em veículos que passavam pelos Túneis Zuzu Angel e Acústico. O caso será registrado na 15ª DP.

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• Rio de Janeiro

Veto ao feijão, saco de pancadas e psicologia: segredos do ouro de Érika

Judoca ganhadora da primeira medalha de ouro do Brasil no Pan de Toronto fecha a boca, derruba sem parar colega de treinos e faz terapia para acabar com ansiedade

Por David AbramveztDireto de Toronto, Canadá

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Para ser a responsável pela primeira medalha de ouro do Brasil no Pan de Toronto, a judoca Érika Miranda deixou de comer feijão, contou com um saco de pancadas nos treinos e recebeu ajuda providencial de uma psicóloga para controlar a ansiedade no tatame da Arena Mississauga. A junção desses fatores, além da visível superioridade técnica da brasiliense de 28 anos diante das suas oponentes na competição, fizeram com que Érika sobrasse nos seus três combates e acabasse com a sina de bater na trave na principal competição das Américas - ela fora medalhista de prata no Pan do Rio 2007 e no Pan de Guadalajara 2011.

- Eu abri mão de algumas coisas e contei com muita ajuda para alcançar essa medalha de ouro. Estava querendo muito comer feijão na concentração, mas eu não podia porque estava precisando manter o peso. Eu quero dedicar esse título para minha família, meus pais, meus irmãos e para a Chiquitita, a Raquel, a irmã da Rafaela Silva (judoca da seleção que compete em Toronto neste domingo), que me ajudou demais. Ela sempre me motivou todos os dias para eu dar o meu melhor e tomou muita pancada nos treinos - comentou Érika, a número 3 do ranking mundial.

Érika Miranda ergue bandeira do Brasil para celebrar o ouro (Foto: Estadão Conteúdo)

Famosa por não parar quieta e ser bastante ansiosa, Érika tem recebido nos últimos tempos a ajuda providencial da psicóloga da seleção brasileira de judô, Luciana Castelo Branco. Em sessões ou simples bate-papos, a atleta e a profissional buscam formas de fazer com que a dona de duas medalhas em Mundiais (prata em 2013 e bronze em 2014) tenha tranquilidade para pensar nas melhores formas de vencer as suas lutas. 

- Um fator que tem me ajudado bastante é controlar a minha ansiedade. Após algumas derrotas, eu vi que precisava me dedicar mais na parte psicológica. A Luciana Castelo Branco tem me ajudado muito a evoluir no judô.

Erika Miranda é só alegrias com sua medalha de ouro no Pan (Foto: GloboEsporte.com)

Confira o quadro de medalhas do Pan 
Acompanhe o calendário de todos os eventos do Pan de Toronto

Realizada com o seu primeiro ouro em uma competição poliesportiva de grande porte, Érika vislumbra agora atingir o sonho da sua primeira medalha olímpica, nos Jogos do Rio 2016. Em seu terceiro ciclo olímpico, a peso-meio-leve não vê a hora de deixar para trás a dor de se lesionar às vésperas de Pequim 2008, quando já estava na Vila Olímpica, e a eliminação precoce na primeira rodada de Londres 2012.

- O sonho olímpico está dentro de mim, vou viver isso um dia de cada vez.Quero muito essa medalha olímpica no ano que vem. Eu tive experiências negativas em duas Olimpíadas. Em Pequim 2008, eu me lesionei e fui cortada, já em Londres 2012, eu perdi na primeira luta. Me foquei bastante depois desses problemas e quero fazer tudo diferente no Rio.

Uma das mais empolgadas com a evolução de Érika é a técnica da seleção brasileira, Rosicleia Campos, que não esconde a sua torcida irrestrita pelo sucesso da agora campeã pan-americana.

- Eu tenho um carinho muito especial, porque a gente amadureceu junto na equipe adulta, quando virei a técnica em 2005, e ela tinha sido minha atleta na equipe de base. Ela é merecedora de tudo isso. Ela amadureceu mesmo e ela realmente tem muita restrição de peso, mas não perde o humor. A Érika merece muito uma medalha olímpica. Ela me emociona muito, a bichinha já passou por muito sacrifício. Ela só me traz muita felicidade - afirmou a treinadora.

Neste domingo, mais três brasileiros entrarão em ação nos Jogos Pan-Americanos. Charles Chibana, na categoria meio-leve (66kg), Alex Pombo, no leve (73kg), e a campeã mundial em 2013 Rafaela Silva, também no leve (57kg). As eliminatórias começam às 16h30 (horário de Brasília), e as finais serão disputadas a partir das 21h.

Érika e a técnica Rosicleia Campos vibram após o ouro (Foto: GloboEsporte.com)

Brincalhona e carismática: seleção feminina define a joia Flávia Saraiva

Revelação da ginástica começa sua caminhada no Pan neste domingo, na disputa por equipes. Com o dobro de sua idade, Dani Hypolito volta no tempo ao ver a amiga

Por Thierry Gozzer e Amanda Kestelman*Toronto, Canadá

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Flavia Saraiva e Alexandre Carvalho (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

A timidez da pequena menina de 15 anos e 1,33m é inversamente proporcional ao seu talento. Nova joia da ginástica brasileira, Flávia Saraiva chega aos Jogos Pan-Americanos de Toronto como esperança de medalhas por equipe e no individual e carrega para fora do tablado o jeito ingênuo e puro de uma criança. Mesmo com a experiente Daniele Hypolito na equipe, é o grande nome do país na disputa que começa neste domingo no Canadá. Se Flávia é de poucas palavras, seus técnicos e companheiras de equipe falam por ela, como fez a própria Hypolito. Aos 30 anos, o dobro de Flávia, volta no tempo ao ver a amiga de equipe.

- Me vejo nela. Tenho essa coisa de gostar de competir, me apresentar bem, e vejo bastante isso na Flávia. E o meu tamanho também. Se vocês se lembrarem de mim em Winnipeg (Pan de 2003), eu era praticamente do tamanho dela. Cada uma tem uma coisa diferente, mas me vejo nela por conta disso. Pequena, carismática, ri para todo mundo. Esse carisma natural dela é muito importante. Alguém me dá 30 anos? Então (risos). É a mesma coisa - brinca Dani Hypolito.

Técnico de Flavinha desde os 12 anos, Alexandre Carvalho foi um dos responsáveis por descobrir a menina, medalhista nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim 2014, e também na primeira etapa da Copa do Mundo que disputou entre as adultas. O treinador lembra que sua pupila está na adolescência, ainda é uma menina, mas tem a força e a dedicação de gente grande.

Flavia ao lado de Dani no treino em Toronto (Foto: GloboEsporte.com)

- A Flavia está na fase da adolescência, mas é muito menina ainda. A rotina dela é o ginásio. Isso é muito bom. Ela treina, estuda e na folga fica com a família. Ela não tem nada que não seja estudar e praticar o esporte dela. É uma menina muito focada no que faz. Leva muito a sério a ginástica. É o grande diferencial dela. Estou com a Flávia  há três anos e meio. Comecei com ela muito jovem, mas largou a família, foi para outra cidade e sempre percebi que ela queria isso. Era decidida sempre. Isso me chamou muito a atenção. Mesmo sendo uma criança, era muito responsável - revela o treinador.

Melhor amiga de Flavinha na ginástica, a outra revelação brasileira Rebeca Andrade não pôde estar no Pan. Uma lesão no joelho e uma cirurgia inesperada a tiraram também do Mundial. De longe, Rebeca só se lembra do sorriso da companheira e de suas brincadeiras. Se é tímida nas entrevistas, entre as meninas ela é falante e espontânea.

- A Flavinha é incrível. Ela é divertida, muito engraçada. Ela adora ficar na internet. É uma pessoa muito comunicativa, muito amiga. Ela é quase minha irmã. Ela é muito engraçada mesmo - garante Rebeca.

Flavinha e suas companheiras estreiam no Pan neste domingo, a partir das 20h (de Brasília), na qualificação por equipes. O Brasil busca o pódio com Lorrane Oliveira, Letícia Costa, Dani Hypolito e Flávia. As disputas por equipe também servem de qualificação para as finais individuais, que acontecem no dia seguinte.

* colaborou Marcos Guerra

Musa do nado faz desabafo, mas evita o desânimo: "Olimpíadas pela frente"

Em rede social, Lorena Molinos fala sobre dificuldades enfrentadas por atletas e lamenta equipe do nado sincronizado fora do pódio: "Nadamos o que podíamos"

Por GloboEsporte.comToronto, Canadá

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Com uma coreografia difícil e animada, as meninas do nado sincronizado empolgaram a torcida canadense neste sábado na decisão por equipes dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Mas a apresentação não foi suficiente para convencer os árbitros, e o Brasil em acabou fora do pódio, com o quarto lugar, menos de três pontos atrás dos Estados Unidos, que levou o bronze. Medalhista de bronze no Pan de Guadalajara (2011), Lorena Molinos usou as redes sociais para fazer um desabafo sobre o resultado. Ela lembrou de todo o sacrifício na preparação e lamentou a derrota. Mas não se deixou desanimar e já projetou os dois mais importantes desafios que a equipe terá pela frente: o Mundial de Esportes Aquáticos, em Kazan, no fim do mês, e os Jogos Olímpicos Rio 2016.

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Lorena Molinos desabafa em rede social após equipe ficar fora do pódio (Foto: Reprodução / Instagram)

Confira a íntegra da mensagem postada por Lorena Molinos:

É difícil ser atleta. É difícil treinar, treinar, treinar em dias muito quentes, à chuva e frio ou mesmo depois de várias lesões. É difícil perceber que ainda falta muito para chegar onde queremos! É difícil encontrar forças em certos momentos. É difícil perder, mas também é difícil vencer! Só um atleta tem a consciência dos esforços que faz para atingir as suas metas... E só ele sabe como é difícil alguém reconhecer o que ele passa ou abdica para atingi-las. Só ele sabe reconhecer que é um campeão a cada etapa vencida do seu treino, a cada gota de suor, em cada dor encontrada. São vitórias festejadas e vividas no seu interior. E uma vez atleta, dificilmente deixará de o SER, mesmo que o faça em menor intensidade... Porque a sua vida é e será sempre uma competição, com o objetivo de alcançar e dar sempre o melhor de si. Ontem não conseguimos a medalha, mas nadamos o que podíamos para alcançá-la. Agora tem Mundial e Olimpíadas pela frente!

Felipe Wu é ouro na pistola de ar, e Brasil garante mais uma vaga olímpica

Paulista quebra recorde de pontuação da final da prova de 10m nos Jogos Pan-Americanos, leva o ouro, e conquista mais uma "cota" para o Brasil na Rio 2016

Por GloboEsporte.comToronto, CanadáOuro, recorde e vaga olímpica. Felipe Wu fechou o pacote completo na final da pistola de ar de 10m do tiro esportivo nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Com 201,8 pontos, o paulista garantiu o primeiro lugar da disputa, e ainda alcançou o melhor desempenho em finais de Pan nesta categoria. De quebra, ainda garantiu mais uma "cota" para o Brasil nas Olimpíadas Rio 2016 - por ser sede, a equipe brasileira já tinha nove vagas.

A vitória de Felipe Wu foi apertada: apenas 2,8 pontos de diferença para o americano Jay Shi, somou 199,0 e ficou com a prata. A medalha de bronze foi para Mario Delgado Vinueza. Outro brasileiro na final, Julio Almeida terminou na sétima colocação, com 95,1 pontos.

Apesar do feito, Felipe Wu ainda não está garantindo nos Jogos Olímpicos do ano que vem. Isso porque, no caso do tiro esportivo, as vagas pertencem aos países, que selecionam internamente seus representantes. A Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTP) definirá os representantes na Rio 2016 por índice técnico. Com a conquista de Wu, o Brasil soma até o momento 10 "cotas" olímpicas: para os eventos masculino de carabina deitado, pistola de tiro rápido, pistola de ar (2), fossa e skeet; para eventos femininos, carabina de ar, pistola 25m, fossa e skeet.