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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

ONG compra cães que iriam virar comida na Coreia do Sul

Por BBC  - Atualizada às 
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Ativistas buscam estratégia para acabar com tradição culinária, que apesar de perder popularidade, continua enraizada no país

BBC
Para um ocidental vivendo na Coreia do Sul, umas das coisas mais difíceis de se acostumar é com o hábito local de se comer cachorro.
A prática, nauseante para muitos, faz parte da tradição culinária de alguns países asiáticos.
Grupo de ativistas acredita que há maneiras de colocar fim ao consumo de carne canina
Change For Animals Foundation
Grupo de ativistas acredita que há maneiras de colocar fim ao consumo de carne canina
Mas o choque é tão grande que muitos ocidentais que vivem nesses países se tornam ativistas contra o consumo de carne de cachorro.
Esses ativistas são cada vez mais visto em mercados da China, Vietnã e Coreia do Sul protestando contra a venda de cães para virarem comida.
Mas do outro lado estão os criadores e comerciantes de cachorros ou de sua carne, que sentem sua subsistência ameaçada. Muitos asiáticos acusam o Ocidente de hipocrisia. "Vocês comem carneiro, vaca, galinha. Então, qual a diferença?", questionam.
Mas se normalmente esse é um debate que não chega a lugar nenhum, nesta semana, ele resultou em um inusitado acordo.
Segundo tradição local, comer carne canina é algo associado à virilidade
Change For Animals Foundation
Segundo tradição local, comer carne canina é algo associado à virilidade
Um fazendeiro libertou mais de 100 de seus cães e, em troca, os ativistas das ONGs Humane Society International e Change For Animals Foundations lhes deram dinheiro e um plano que lhe permitiria mudar de ramo de negócios.
Os cachorros foram vacinados há um mês e voarão nesta semana para a Califórnia, onde serão adotados.
O fazendeiro agora será monitorado para não voltar a vender cães para negócios envolvendo o comércio da carne do animal.
Ele também concordou em conversar com outros fazendeiros, para encorajá-los a deixar de vender cães para consumo.
As ONGs não divulgaram o valor pago ao fazendeiro nesse caso específico, mas normalmente as compensações giram em torno de US$ 2 mil a US$ 60 mil.
ONGs pagam fazendeiros para que eles parem de criar cães para o consumo
Change For Animals Foundation
ONGs pagam fazendeiros para que eles parem de criar cães para o consumo
Porta entreaberta
"Nosso objetivo é colocar um fim na indústria de consumo de carne de cachorro na Coreia. E para isso, estamos trabalhando com os integrantes dessa indústria", diz Lola Webber, britânica fundadora do Change for Animals.
Os ativistas estão tentando abrir de vez uma porta que já está entreaberta. Isso porque à medida que os sul-coreanos estão ficando mais ricos, as atitudes e as preferências estão começando a mudar.
Segundo ativista, animais sofrem maus tratos antes de serem abatidos
Change For Animals Foundation
Segundo ativista, animais sofrem maus tratos antes de serem abatidos
Animais de estimação estão ficando mais populares e, assim, a ideia de se ter um cachorro no prato está sendo menos aceita.
De um lado, há cada vez mais restaurantes e cafés "dog friendly". De outro, restaurantes que servem cães estão fechando as portas. Seul já teve 1.500 locais que vendiam esse tipo de carne – hoje, há cerca 700.
Mas comer carne de cachorro é parte da cultura local, especialmente durante o verão, quando ocorre um conhecido festival de três dias que servem pratos com esse tipo de carne.
Os cães libertados nesta semana serão levados par aos EUA e adotados na Califórnia
Change For Animals Foundation
Os cães libertados nesta semana serão levados par aos EUA e adotados na Califórnia
A carne geralmente é picada e servida em um guisado. Mas, cozida por um longo tempo, é o principal ingrediente de um tônico com supostas propriedades curativas, em geral vendido em lojas próximas de hospitais.
Muitos coreanos compartilham da opinião de que ocidentais não deveriam lhes dizer como deveriam viver suas vida.
"Coreanos comem comida que se adaptam aos coreanos", dise Kin Soo-gyun, o fazendeiro que libertou os cachorros nesta semana.
Hipocrisia?
A ativista Lola Webber entende o fato de alguns coreanos chamarem os ocidentais de hipócritas. Ela é vegetariana e acredita que nenhum tipo de carne deveria ser consumida. Mas sua principal crítica à indústria de consumo de carne canina é a maneira brutal como os cães são abatidos.
No mercado de cães de Seul, eles são eletrocutados. Primeiro, o cachorro é escolhido pelo cliente. Em seguida, é colocado um eletrodo em sua boca. Se ele não morrer instantaneamente, ele recebe um segundo choque.
Os cães que ficam nas jaulas ficam traumatizados por verem os outros cachorros sendo mortos diante de seus olhos
Change For Animals Foundation
Os cães que ficam nas jaulas ficam traumatizados por verem os outros cachorros sendo mortos diante de seus olhos
Os cães que ficam nas jaulas ficam traumatizados, afirma Lola, por verem os outros cachorros sendo mortos diante de seus olhos.
Tradicionalmente, os cachorros são pendurados e espancados até a morte, porque acreditava-se que a experiência de terror deixavam o gosto da carne melhor.
Não está claro se torturas assim ainda ocorrem em algumas áreas.
Em Seul, os vendedores se dividem sobre o combate ao consume da carne canina.
Muitos se revoltam contra os manifestantes. Mas também há quem expresse o desejo de sair desse ramo.
Aos poucos, muitos estão deixando de comer carne canina na Coreia do Sul e começando a ter cães como animais de estimação
Change For Animals Foundation
Aos poucos, muitos estão deixando de comer carne canina na Coreia do Sul e começando a ter cães como animais de estimação
"Se tivéssemos apoio financeiro, podíamos derrubar esse mercado e transformá-lo em local de venda de animais de estimação", disse um dos vendedores. "Há muito tempo eu tenho esse desejo, mas tenho que trabalhar."
Colocar um fim em toda essa indústria não será tarefa fácil. Ninguém sabe ao certo quantas fazendas de cães há no país. Algumas tem cerca de 100 animais, outros tem mais de mil cães. Invariavelmente, eles estão em gaiolas ou acorrentados, expostos ao frio e ao intenso verão sul-coreano.
Comida de macho
Comer cães também é associado à virilidade. Por isso, muitos pais levam seus filhos para comer o animal, como parte de um ritual de crescimento.
Eu conheci um grupo de sul-coreanos, todos com cerca de 30 anos, que se encontra regularmente para jantar.
A maioria deles foi levada pelo pai para comer carne canina quando eram mais novos.
Segundo ativistas, muitos vendedores de cães estão dispostos a mudar de ramo, se tiverem apoio financeiro
Change For Animals Foundation
Segundo ativistas, muitos vendedores de cães estão dispostos a mudar de ramo, se tiverem apoio financeiro
Um deles comeu uma parte íntima de um cachorro, que é considerado "algo para machos". Ele conta que passou muito mal depois disso.
Os coreanos do grupo me contaram que eles não estão mais frequentando restaurantes que servem carne canina.
No último encontro, eles escolheram um local que serve baiacu. O peixe pode ser mortal se não for preparado de maneira correta – e também é considerado "comida de macho".
Vários deles disseram que não vão levar os próprios filhos no ritual de comer carne canina. Alguns estão inclusive pensando em ter cães como animais de estimação. Os tempos estão mudando.
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    População de animais marinhos caiu pela metade desde 1970, diz estudo

    Por BBC 
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    Pesca excessiva e mudança climática são as principais razões

    BBC
    A população de mamíferos, pássaros, peixes e répteis marinhos caiu quase pela metade (49%) desde 1970, de acordo com um relatório do World Wildlife Fund e da Zoological Society of London.
    O estudo afirma que algumas espécies que as pessoas costumam comer, como atum e cavala, estão diminuindo ainda mais – a queda na população dessas espécies foi de 74%.
    Dióxido de carbono está sendo absorvido pelos oceanos, o que está prejudicando muitas espécies
    BBC
    Dióxido de carbono está sendo absorvido pelos oceanos, o que está prejudicando muitas espécies
    Os autores do estudo citam pesca excessiva e a mudança climática como algumas das principais razões. "A atividade humana prejudicou gravemente o oceano ao pescar espécies mais rapidamente do que elas se reproduzem e também destruindo seu habitats", diz Marco Lambertini, diretor da WWF International.
    Os pesquisadores também apontam para uma grande redução na população de pepinos-do-mar, uma comida bastante apreciada na Ásia. Em Galápagos, a queda foi de 98% e, no Mar Vermelho, de 94%, no últimos anos.
    O estudo destaca o desaparecimento de habitats como prados marinhos e manguezais, importantes para a alimentação e como "berçário" de muitas espécies.
    O relatório afirma que dióxido de carbono está sendo absorvido pelos oceanos, fazendo com que fiquem mais ácidos, prejudicando diversas espécies. Os autores analisaram mais de 1.200 espécies de criaturas marinhas nos últimos 45 anos.
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      Mãe mata filho com Down ao injetar desinfetante em tubo de alimentação

      Por iG São Paulo  - Atualizada às 
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      Erika Wigstrom é acusada de ter feito uma tentativa anterior para matar a criança, alimentando-a com perfume

      Uma mulher se declarou culpada de matado seu filho, com síndrome de Down, com uma injeção de desinfetante em seu tubo de alimentação. Erika Wigstrom foi condenada a 40 anos de prisão depois que ela assumiu ter matado seu bebê Lucas Ruiz.
      Erika Wigstrom admitiu ter matado seu filho
      Digulgação/Polícia
      Erika Wigstrom admitiu ter matado seu filho
      O bebê de 17 meses nasceu com síndrome de Down e uma anomalia que deixou seu coração com buracos. Lucas precisou fazer uma cirurgia e usava uma sonda para se alimentar.
      A autópsia mostrou um alto teor de álcool no sangue da criança e, quando a polícia chamou a mãe para o interrogatório, ela confessou o crime. A acusada afirma que fez isso como um ato de misericórdia.
      Segundo os promotores, a mãe já havia feito uma tentativa semelhante para tirar a vida do filho em 2012. Na ocasião, um perfume a base de álcool foi injetado no tubo de alimentação.

        Leia tudo sobre: down • desinfetante • mãe

        Saiba como se precaver da greve dos Correios

        Por iG São Paulo  - Atualizada às 
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        Procon-SP produziu cartilha com orientações para ajudar consumidores dos 15 Estados e do DF, que enfrentam greve

        Funcionários dos Correios de 15 estados e o DF estão em greve. As principais reivindicações da categoria são a reposição da inflação (próxima de 9%), aumento real de 12% nos salários e realização de concurso e outras contratações.
        Procon-SP publicou cartilha com orientações para consumidores de SP, RJ, RS, BA e TO
        JOKA MADRUGA/AE
        Procon-SP publicou cartilha com orientações para consumidores de SP, RJ, RS, BA e TO
        De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais (Fentect), a paralisação é por tempo indeterminado e atinge  São Paulo, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Rio de Janeiro e Tocantins.
        Com base nessas informações, o Procon-SP separou algumas informações que podem ser úteis ao consumidor em caso de problemas com envios e recebimentos de encomendas.
        Confira:
        - O consumidor que contratar serviços dos Correios, como a entrega de encomendas e documentos, e estes não foram prestados, tem direito a ressarcimento ou abatimento do valor pago. Nos casos de danos morais ou materiais pela falta da prestação do serviço, cabe também a indenização por meio da Justiça.
        - Em casos de ter adquirido produtos de empresas que fazem a entrega pelos Correios, essas são responsáveis por encontrar outra forma para que os produtos sejam entregues ao consumidor no prazo contratado.
        - Empresas que enviam cobrança por correspondência postal são obrigadas a oferecer outra forma de pagamento que seja viável ao consumidor, como internet, sede da empresa, depósito bancário, entre outras.
        - Não receber a fatura, boleto bancário ou qualquer outra cobrança, que saiba ser devedor, não isenta o consumidor de efetuar o pagamento. Se não receber boletos bancários e faturas, por conta da greve, o consumidor deverá entrar em contato com a empresa credora, antes do vencimento, e solicitar outra opção de pagamento, a fim de evitar a cobrança de eventuais encargos, negativação do nome no mercado ou ter cancelamentos de serviços.
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