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Aos 40 anos, atriz conta como foi protagonizar a novela - reprisada pela terceira vez no SBT -, e se diz tranquila quanto a voltar para a TV: "Não estou correndo atrás"
Patrícia de Sabrit está matando junto com o público sua saudade de "Pérola Negra", novela que protagonizou em 1998 e está sendo reprisada pela terceira vez todas as tardes no SBT. Afastada da TV desde 2011 - ela participou de "Amor e Revolução", na mesma emissora - a atriz contou ao iG bastidores da trama e como anda a vida atualmente curtindo o namorado e o filho.
"Tenho feito com duas amigas o programa 'Mulheres Urbanas', que colocamos no YouTube. Falamos de gastronomia e damos dicas para casa, onde ir, o que fazer. Pensamos em levar para a TV depois".
Recordações
Ela conta que está aproveitando o tempo livre para rever a história em que fazia par romântico com Dalton Vigh. "É a primeira vez que estou conseguindo ver a reprise, das outras vezes que passou eu não estava no Brasil. É uma novela atemporal, tem um enredo bem folhetinesco e as pessoas gostam", analisa.
A atriz não esconde que Pérola é sua personagem predileta. "Com certeza, foi a que eu mais pude brincar. Ficamos dez dias em Jerusalém, foi uma das viagens mais lindas que já fiz na vida. Eu e o Dalton ficamos muito amigos na época, convivíamos mais um com o outro que com nossas próprias famílias. Dá saudade".
Patrícia fala do ritmo intenso das gravações - todos os capítulos foram produzidos um ano antes de a trama ir ao ar. "Foram seis ou sete meses de gravação de uma novela com duração de um ano. Fazia de 35 a 43 cenas por dia. Depois de quatro meses fui parar no (hospital) Albert Einstein com uma crise de estafa, não conseguia parar de chorar", recorda.
Por conta do frenesi, ela negou o convite para protagonizar "Fascinação", que acabou revelando Mariana Ximenes. "Eu estava fisicamente cansada e meu empresário na época achou que não valeria a pena fazer. Disseram para o Walcyr (Carrasco, autor) apenas: 'ela não quis fazer'. Talvez hoje eu tivesse agido de outra forma, mas não fico nessa vibe de pensar como as coisas seriam se fossem diferentes. E acho que hoje o Walcyr nem lembra mais dessa história", minimiza.
Ela analisa que a novela, que costuma garantir o segundo lugar para o SBT no horário, agrada ao público por ser diferente do que é produzido atualmente. "As novelas hoje em dia estão pecando um pouco com excesso de realismo, as pessoas estão a fim de algo que fuja do dia a dia. E ninguém é 100% bom ou mau. A Pérola não é boazinha, mas a essência dela é boa, isso faz o público se identificar".
TV
Outro trabalho pelo qual Patrícia é lembrada pelo público com mais de 30 anos é a Cacau de "Olho no Olho" (1993). Ela crê que uma reprise conquistaria o público atual.
"Foi uma novela diferente na época, apesar de ser antiga acho que hoje pegaria o público que gosta de "Crepúsculo" e "Sobrenatural". Seria ótimo me ver com 18 anos", diverte-se, sem planos concretos de voltar a atuar. "Se surgir um convite, seria ótimo, mas não estou correndo atrás"
Filho, corpo e namoro
A chegada aos 40 anos não é um momento de crise, e sim reflexão. "A gente para um pouco para pensar, mas a grande vantagem é estar mais segura, certa nas minhas decisões, do que quero fazer. A idade te traz isso".
Patrícia também aproveita para curtir o filho Maximilian, de 8 anos, de seu casamento com o belga Michael Hansen - de quem se separou em setembro de 2013. "O Max é um fofucho, está numa idade engraçada, tem opinião e faz perguntas que me fazem chorar de rir. Está fazendo teatro na escola com a Flávia Garrafa, estou toda orgulhosa. Não que eu queira que ele seja ator, mas o teatro é bom para a vida".
Atualmente ela namora Olivier, um executivo francês, o que a faz se dividir entre São Paulo e Paris. Mas não pensa em casamento por enquanto. "Namoramos há dois anos, mas não vamos mexer em time que está ganhando (risos)".