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domingo, 13 de dezembro de 2015

A feminista tunisiana que escandalizou o mundo árabe com seu corpo nu

Em 2013, ela publicou foto polêmica sem camisa no Facebook; três anos depois, planeja lançar revista dedicada à ampliação dos direitos das mulheres.

Daniel Silas AdamsonServiço Mundial da BBC
 A foto que Amina Sboui publicou em 2013 no Facebook desencadeou polêmica que dura até hoje  (Foto: Reprodução)A foto que Amina Sboui publicou em 2013 no Facebook desencadeou polêmica que dura até hoje (Foto: Reprodução)
No dia 8 de março de 2013 a tunisiana Amina Sboui fez uma foto de si mesma e compartilhou no Facebook.
Depois, continuou tranquilamente na casa dos avós, na capital, Túnis, enquanto um escândalo crescia nas redes sociais.
A imagem publicada mostrava Amina, uma feminista de 18 anos à época, deitada em um sofá de couro, fumando um cigarro e lendo um livro.
Os lábios estavam pintados de vermelho, olhos maquiados com delineador e ela estava nua da cintura para cima.
No tórax, uma frase em árabe: "Meu corpo me pertence; não é a fonte de honra de ninguém".
Uma hora depois da postagem, a foto já contava com mil comentários e Amina entrou em pânico. Ela já previa o abuso, a misoginia e até as ameaças de morte.
O que não esperava era que sua mãe descobrisse tudo. Amina então tomou uma decisão drástica: desligou o computador e saiu de casa.
A mãe a encontrou seis dias depois, escondida na casa de uma amiga no centro de Túnis.
Fuga e exorcismo
Ela colocou Amina em um carro a levou para o sul, na cidade de Qairouan, onde uma irmã dela vivia. Nas três semanas seguinte a jovem ficaria presa na casa da família.
Sem conseguir encontrar uma explicação para o que a filha fez, a mãe concluiu que Amina estava possuída pelo diabo e Qairouan seria o melhor lugar para resolver o problema.
Considerada patrimônio da humanidade pela Unesco, a cidade, também conhecida pelo nome de Kirwan, é um dos centros mais antigos do islamismo no norte da África.
Por isso, não foi difícil encontrar entre os clérigos da cidade um homem que dizia ser especialista em exorcismos.
Amina lembra como o homem chegava todos os dias na casa onde ela estava sendo mantida, colocava as mãos sobre sua cabeça e recitava trechos do Corão. Também perguntava se ela havia vomitado bílis.
Quando o celular do exorcista tocava durante a cerimônia, ele afirmou que era prova de que havia um demônio na sala.
"Quando seu telefone toca é sinal de que alguém te ligou", disse Amina ao exorcista.
Femen
No começo de abril, na esperança de que Amina tivesse se curado da "loucura" e que sua vida não estava mais em perigo, a família deixou a jovem voltar para a capital.
Mas, enquanto todos pensavam que o pior havia passado, Amina provou que todos estavam errados.
Um mês depois, ela voltou para Qairouan, mas não para visitar a tia. Ela foi protestar devido a uma reunião do Ansar al Sharia, uma organização islâmica radical que surgiu durante a revolução de 2011 na Tunísia.
No muro de um cemitério, não muito longe da grande mesquita da cidade, Amina escreveu a palavra Femen, o nome do coletivo feminista europeu, hoje baseado em Paris, cujos protestos de mulheres nuas da cintura para cima inspiraram a foto publicada no Facebook.
Imediatamente Amina foi presa e acusada - inicialmente por portar spray de pimenta e, depois, por indecência e profanação de cemitério.
O julgamento de Amina expôs uma questão que divide a sociedade da Tunísia há décadas.
O país tradicionalmente se situa entre os mais progressistas do mundo árabe e muitos cidadãos, entre eles ativistas de direitos humanos, secularistas e feministas, estavam dispostos a defender o direito da jovem de protestar, até os que não estavam de acordo com seus métodos.
Outras figuras liberais do país, incluindo feministas mais populares, condenaram Amina. O argumento era que suas ações representavam um retrocesso para os direitos das mulheres pois transformavam uma luta social e política em uma guerra desagregadora, impossível de vencer, entre fé e cultura.
Outras vozes, no entanto, falaram mais alto: os islamistas que se reuniram fora do tribunal em Qairouan, alguns pedindo que ela fosse açoitada e outros exigindo que ela fosse apedrejada até a morte.
Em maio, uma situação que já era difícil ficou ainda pior quando três ativistas europeias do Femen tiraram as roupas em um protesto em frente ao Ministério da Justiça em Túnis. Elas também foram presas.
Maya Jribi, política tunisiana e defensora dos direitos das mulheres, criticou o uso das táticas do Femen em um país como a Tunísia.
"Por favor nos deixem em paz. Vocês arriscam acabar com tudo pelo que lutamos", afirmou.
Liberdade
Um mês depois as europeias foram libertadas e voltaram para Paris.
No começo de agosto, pouco mais de dois meses após ter sido acusada e presa por posse de spray de pimenta, Amina também foi libertada.
Ainda enfrentando ameaças de morte e com o desejo de terminar os estudos, ela se mudou para a França. E muitos na Tunísia ficaram felizes por ela ter deixado o país.
Agora, dois anos depois de ter chegado a Paris, Amina está de volta ao seu país, e prestes a lançar uma nova revista feminina.
Ela terminou o ensino médio em Paris, fez várias tatuagens e ajudou a escrever sua biografia, publicada na capital francesa com o título "Meu Corpo me Pertence".
No título e no livro, Amina destacou a ideia que havia tentado expressar com a fotografia polêmica do Facebook: quando o corpo feminino é visto como receptáculo da honra da família ou fonte de vergonha, ele se transforma imediatamente em posse, algo que homens devem ser donos e guardiões.
Segundo Amina a exigência masculina pela modéstia feminina está implicitamente respaldada pela ameaça de violência.
Manifestação mais extrema desta ameaça, os chamados "assassinatos por honra" ainda são endêmicos no norte da África e no Oriente Médio.
"As pessoas falam de pessoas que morrem devido ao consumo de álcool, cigarros e drogas. Mas também há mortes por honra. Não temos estatísticas, mas estou certa de que (os números) são enormes", afirmou a jovem.
A revista
Amina descreve a nova revista, que contou com o apoio do escritor e editor francês Michel Sitbon, como uma revista "feminina feminista". "Maquiagem, moda, cozinha, mas também vamos falar de livros, sobre aborto, homosexualidade, refugiados, secularismo. Tentaremos fazer com que as mulheres nos vejam como algo interessante."
A publicação, que se chamará Farida, deverá começar a circular em janeiro de 2016. O nome é uma expressão árabe feminina que significa "única", mas também, segundo Amina, lembra a palavra em inglês para liberdade: "freedom". A publicação será escrita apenas em árabe e o público alvo são mulheres entre 15 e 25 anos.
A inspiração para a revista foi outra publicação, Faiza, lançada na Tunísia em 1958, em um momento em que o país havia acabado de declarar independência, a poligamia tinha sido declarada ilegal e o divórcio fora legalizado. E Faiza, a primeira revista feminina publicada em árabe, era parte deste quadro.
Amina diz não se arrepender da provocação incendiária com o topless no Facebook, mas afirma que a revista Farida "será mais madura que provocativa". "Não é como 'Amina, a ativista'. É outra personalidade."
A polêmica despertada pela foto em 2013 ainda não acabou. Nas ruas de Túnis e até na pitoresca cidade de Sidi Bou Said, onde ela vive agora, a aparência de Amina é motivo de insultos, abusos e olhares incrédulos.
A Tunísia poderia estar entre os países mais liberais do norte da África, mas se manteve como um país predominantemente islâmico e tradicional, um lugar no qual o cabelo azul, os piercings e as tatuagens de Amina representam um choque com as forças no poder.
A jovem ainda é ameaçada de morte. Mas se Amina tem medo, ela não demonstra e diz que aqueles que a odeiam são os assustados.
"Vejo pessoas que têm medo das mulheres. Eles estão tentando de tudo para que não possamos abrir nossas bocas pois sentem o perigo que representa uma mulher", afirmou.
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Igreja Católica se reconcilia com padre Cícero, 'santo popular' no Ceará

Pedido de perdão de padre Cícero Romão Batista foi pedido em 2006.
Padre é considerado santo popular e atrai milhões de romeiros ao Ceará.

Do G1 CE
Parte da população de Juazeiro do Norte quer mudar o nome da cidade para 'Juazeiro de Padre Cícero' (Foto: André Teixeira/G1)Parte da população de Juazeiro do Norte quer mudar o nome da cidade para 'Juazeiro de Padre Cícero' (Foto: André Teixeira/G1)
Após nove anos o Vaticano atendeu ao pedido do bispo Dom Fernando Panico e reconciliou o padre Cícero Romão Batista com a igreja católica. Com a reconciliação, não há mais fatores impeditivos para que o "santo popular" do interior do interior do Ceará seja reabilitado, beatificado ou canonizado, segundo o chanceler da diocese do Crato, Armando Lopes Rafael. Leia o resumo da carta do Vaticano à diocese do Crato.

Padre Cícero morreu sem conciliação com a igreja católico após o caso conhecido como "milagre da hóstia", no final do século XX. Segundo a crença popular, a hóstia dada por padre Cícero virou sangue na boca de uma beata. Segundo o bispo Dom Joaquim, o "santo popular", interpretou de forma equivocada a teologia e Bíblia.
Por conta dos "equívocos", ele foi afastado da igreja católica, explica o chanceler. "Com o perdão e reconciliação, fica entendido que padre Cícero na verdade não errou. Todas as punições foram suspensas. A igreja entendeu que a pregação de padre Cícero estava no caminho certo e por isso a devoção a ele continuou crescendo durante todos esses anos", diz o chanceler Armando Lopes.
Padre Cícero Romão Batista é considerado "santo popular" para muitos fiéis católicos nordestinos. Todos os anos, as romarias em homenagem a eles atraem cerca de dois milhões de romeiros, segundo a Secretaria de Romaria e Turismo de Juazeiro do Norte.

O documento assinado pelo secretário de Estado do Vaticano cardeal Pietro Parolin relata que, a carta foi "redigida por expressa vontade de sua santidade o Papa Francisco, na esperança de que vossa excelência reverendíssima não deixará de apresentar à sua diocese e aos romeiros do padre Cícero a autêntica interpretação da mesma, procurando por todos os meios apoiar e promover a unidade de todos na mais autêntica comunhão eclesial e na dinâmica de uma evangelização que dê sempre e de maneira explicita o lugar central a Cristo”.

Armando Lopes Rafael afirma que a íntegra da carta do Vaticano, "um documento muito extenso", vai ser divulgada no domingo (20).
Pedido de beatificação
Ainda segundo o chanceler da diocese do Crato, muitos fiéis "clamam" pela beatificação de padre Cícero. Com o perdão, o pedido de beatificação passa a ser permitido, mas ainda não é uma prioridade, segundo o chanceler.
"A maior parte dos fiéis adora padre Cícero como um santo popular, independente da posição do Vaticano, então ainda não pensamos em canonização, ainda não é uma prioridade, mas pode vir a ser algum dia", diz.

Acidente com ônibus na Linha Amarela, Rio, deixa cinco mortos

Pelo menos 35 pessoas ficaram feridas; sentido Barra estava interditado.
Coletivo bateu em muro de túnel na altura da Freguesia.

Do G1 Rio
Cinco pessoas morreram e pelo menos 35 ficaram feridas em um acidente envolvendo um ônibus na Linha Amarela no fim da manhã deste domingo (13). O ônibus bateu em um muro do último túnel da Linha Amarela, na altura do bairro da Freguesia, Jacarepaguá, sentido Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Entre os mortos, duas mulheres e três homens.
Ônibus bateu em muro na Linha Amarela neste domingo (13) (Foto: Edgard Maciel de Sá/Globoesporte.com)Ônibus bateu em muro na Linha Amarela neste domingo (13) (Foto: Edgard Maciel de Sá/Globoesporte.com)
O ônibus da linha 352 fazia o trajeto RioCentro x Castelo. A 41ª DP (Tanque) está investigando as causas do acidente. Um total de oito UTIs móveis da Lamsa prestou atendimento às vítimas no local. Equipes da concessionária Lamsa, Bombeiros e da Polícia Militar atuaram na ocorrência.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, mais de 20 pacientes foram encaminhados para o Hospital Lourenço Jorge e alguns para o Miguel Couto. Até as 15h30 não havia informações sobre o estado de saúde dos feridos.
As vítimas fatais foram identificadas como: Lacir Martins da Silva, 51 anos; Vania Alves Martins, 50 anos; Alexsandro Miranda de Carvalho e Maria Bernadete da Conceição, 48 anos. Um outro homem não foi identificado. Todos morreram no local.
Duas faixas da pista sentido Barra da Tijuca estavam interditadas às 14h. De acordo com a Lamsa, concessionária que administra a via, a Linha Amarela chegou a operar com faixa reversível, no sentido Barra, da saída do túnel da Covanca até à saída 1B, Geremário Dantas.
Ônibus bateu em muro na Linha Amarela neste domingo (13) (Foto: Edgard Maciel de Sá/Globoesporte.com)Ônibus bateu em muro na Linha Amarela neste domingo (13) (Foto: Edgard Maciel de Sá/Globoesporte.com)
De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura, os motoristas que saem da Zona Norte podiam optar pela Estrada Grajaú-Jacarepaguá, que segue com tráfego normal. A Lagoa-Barra é uma boa opção para quem sai da Zona Sul em direção à Barra.
(Correção: Ao ser publicada, essa reportagem afirmava que o acidente provocou a morte de seis pessoas e que 40 ficaram feridas, segundo informações da Linha Amarela. Mais tarde, o número foi corrigido para cinco vítimas fatais e 35 feridos. A informação foi corrigida às 14h20.)
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Em Belém, manifestação tem grupos a favor e contra Dilma Rousseff

Grupos pedem a saída de Dilma e carro som da CUT defende a presidenta.
Cerca de 1200 pessoas, segundo a PM, participam da passeata.

Do G1 PA
Grupos pedem a saída de Dilma e carro som da CUT defende a presidenta em Belém (Foto: Reprodução/TVG)Grupos pedem a saída de Dilma e carro som da CUT defende a presidenta, em Belém (Foto: Reprodução/TVG)
Em Belém, a manifestação deste domingo (13) atraiu grupos contra e a favor da presidenta Dilma Rousseff. Manifestantes segurando faixas exigindo a saída da presidente discutiram com representantes de movimentos sociais e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que esteve na passeata com um carro som, defendendo a permanência de Dilma. A Polícia Militar criou um cordão de isolamento ao redor do carro som da CUT.
PROTESTO BELEM PA 1312  (Foto: Jéssica Gatti/ G1 PA)Manifestantes que pedem a saída de Dilma
discutem com defensores da presidenta
(Foto: Jéssica Gatti/ G1 PA)
A concentração da passeata ocorreu, às 9h, em frente ao Theatro da Paz, ponto turístico da cidade. De acordo com a PM, o ato reúne cerca de 1200 pessoas. Segundo os organizadores da manifestação, são 6 mil. Manifestantes interditam parcialmente a avenida Presidente Vargas, uma das mais importantes da cidade. A passeta percorreu o entorno da Praça da República, percorreu ruas centrais, até encerrar na Praça Batista Campos, por volta de 11h50. Dois pequenos carros som acompanharam a passeata pró-impeachment, com hinos e músicas patrióticas. No último mês de agosto, a passeata contra o governo reuniu 5 mil pessoas.
Para Gilson Costa, professor de economia da Universidade Federal do Pará (UFPA), o momento é de reflexão sobre a realidade política do país. "O governo que está aí não representa a classe trabalhadora, os pobres do Norte e Nordeste. E esse pontos nos unifica com os demais setores que querem o 'Fora Dilma', formada pela direita tradicional, setores empresariais".
'O tempo bom era dos militares. Lá a gente tinha liberdade', diz Ana Mesquita (Foto: Jéssica Gatti/ G1 PA)'O tempo bom era dos militares. Lá a gente tinha
liberdade', diz Ana Mesquita (Jéssica Gatti/ G1 PA)
'A melhor coisa seria a intervenção militar'
Para a comerciante Ana Mesquita, que já participou de outras passeatas contra o governo Dilma, a desordem do Brasil só pode ser resolvida com os militares no poder. "O tempo bom era dos militares. Lá a gente tinha liberdade para as coisas. Não tenho dúvida que a melhor coisa seria a intervenção militar. eu tinha 12 anos em 64, e foi muito bom, agora não é. O governo está todo corrompido: deputados, senadores, presidente, todo mundo tem que sair. Se a Dilma sair do poder, eu desejo que os militares tomem o poder e botem ordem. Essa história de ideologia de gênero, de desarmamento, essas coisas são erradas. Quero prosperidade. Desde que os civis pegaram o poder, está essa bagunça”, defende.
Grupos da igreja evangélica estiveram reunidos na passetaa pela saída de Dilma (Foto: Jéssica Gatti/ G1 PA)Grupos da igreja evangélica estiveram reunidos na passetaa pela saída de Dilma (Foto: Jéssica Gatti/ G1 PA)
'O povo não vai permitir o golpe'
Além da CUT, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) também está no carro som que defende a presidenta. Segundo os grupos, são 100 manifestantes. Para a PM, são 80.
Segundo a CTB, o encontro com a manifestação a favor da saída de Dilma não foi premeditado. "Não viemos buscar esse encontro. A informação que se tinha é que o grupo que deseja o golpe do Brasil iria estar na Escadinha nas Docas, é o que foi divulgado por eles. Nós viemos para cá [para a frente do Theatro da Paz] onde tradicionalmente o movimento democrático se reúne. Nós viemos para fazer um convite ao ato em defesa da democracia, no dia 16. Hoje não poderíamos deixar de estar presentes, o dia em que, há 47 anos, foi assinado o  Ato Institucional nº 5, talvez o golpe mais reacionário da ditadura militar no Brasil, um golpe da direita dentro do golpe militar", destacou o militante do CTB, José Marcos Fonteles de Lima.
CUT e CTB levaram carro som para protesto, em Belém, e defenderam o governo Dilma (Foto: Jéssica Gatti/ G1 PA)CUT e CTB levaram carro som para protesto, em Belém, e defenderam o governo Dilma (Foto: Jéssica Gatti/ G1 PA)
Para o sindicalista, defender  o governo Dilma é defender o regime democrático e não há susbstância para a saída da presidente. "Lutamos a vida toda pelo democracia, então há o direito de se manifestar livremente. Os que defendem o golpe, isso é um direito, e eu não creio que aconteça a queda, porque não tem nada que justifique esse impeachment, já investigaram, não encontraram nada contra ela. É necessário 2/3 do Congresso, não acredito que isso ocorra; no judiciário, não há legalidade para o golpe; e nas ruas também não, porque o povo não vai aceitar. Esse golpe não é contra Dilma, é contra os avanços do povo. Nós da CTB somos contra a política econômica da Dilma, mas isso não é motivo para defendermos o golpe", completou.
BELEM PA FORA PT 1312 (Foto: Jéssica Gatti/ G1 PA)Partidos políticos de oposição apoiaram o movimento pelo impeachment, em Belém (Foto: Jéssica Gatti/ G1 PA)

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Por pressão de religiosos, Justiça francesa retira de circulação filme ‘Azul é a cor mais quente’

dezembro 13, 2015 14:35
Por pressão de religiosos, Justiça francesa retira de circulação filme ‘Azul é a cor mais quente’
Tribunal disse que cenas de sexo entre mulheres podem ‘ferir a sensibilidade do público jovem’. Segundo a decisão, o filme está suspenso enquanto a classificação indicativa não for elevada
O Tribunal Administrativo de Paris retirou de circulação nesta quarta-feira (09/12) o filme “Azul é a cor mais quente”, do diretor tunisiano Abdellatif Kechiche, após a associação Promouvoir, de orientação ultracatólica, entrar na Justiça no ano passado. A organização criticava a então indicação oficial da produção, que pode ser vista por pessoas a partir de 12 anos.
O tribunal afirmou que as “sequências de sexo entre duas mulheres jovens apresentadas de maneira realista” podem “ferir a sensibilidade do público jovem”. Segundo a decisão, o filme está suspenso na França enquanto a classificação não for elevada.
De acordo com o tribunal, a classificação de 12 anos foi resultado de um “erro de apreciação” do Ministério da Cultura e a ministra da pasta, Fleur Pellerin, deve conceder uma classificação mais elevada à película nos próximos dois meses. O Ministério da Cultura anunciou que irá apresentar um recurso ao Conselho de Estado, última instância da jurisdição administrativa da França.
O filme estreou nos cinemas franceses em 2013, mesmo ano em que foi o vencedor da Palma de Ouro, prêmio máximo do Festival de Cannes. A história narra a relação de amor entre duas jovens, Emma e Adèle (interpretadas pelas atrizes Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos, respectivamente), e mostra cenas explícitas de sexo entre elas.
“Isso está começando a parecer uma piada”, disse Brahim Chioua, um dos diretores da distribuidora do filme, em referência à decisão da Justiça francesa. A organização que entrou na Justiça já havia feito o mesmo com outros filmes que exibem cenas explícitas de violência e sexo, como “Baise-moi”, das diretoras francesas Virginie Despentes e Coralie Trinh Thi, e “Ken Park”, de Larry Clark e Ed Lachman.
O diretor Abdellatif Kechiche não se manifestou contrário à Justiça, cuja decisão foi classificada como “um tanto saudável” por ele. “Jamais pensei que meu filme poderia ser visto por garotos de 12 anos e desaconselho pessoalmente que a minha filha veja antes de ela ter 14 ou 15 anos”, disse hoje o diretor ao jornal francês Le Monde.
“Meus filmes tratam da adolescência, mas se dirigem principalmente àqueles que têm uma nostalgia da adolescência. Há mais interesse para os adultos do que para os adolescentes, que ainda não viveram a dor de uma ruptura. Antes de tudo, [“Azul é a cor mais quente”] é um filme sobre ruptura”, argumentou Kechiche.
Foto de capa: Divulgação

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