Grupos pedem a saída de Dilma e carro som da CUT defende a presidenta.
Cerca de 1200 pessoas, segundo a PM, participam da passeata.
Em Belém, a manifestação deste domingo (13) atraiu grupos contra e a favor da presidenta Dilma Rousseff. Manifestantes segurando faixas exigindo a saída da presidente discutiram com representantes de movimentos sociais e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que esteve na passeata com um carro som, defendendo a permanência de Dilma. A Polícia Militar criou um cordão de isolamento ao redor do carro som da CUT.
A concentração da passeata ocorreu, às 9h, em frente ao Theatro da Paz, ponto turístico da cidade. De acordo com a PM, o ato reúne cerca de 1200 pessoas. Segundo os organizadores da manifestação, são 6 mil. Manifestantes interditam parcialmente a avenida Presidente Vargas, uma das mais importantes da cidade. A passeta percorreu o entorno da Praça da República, percorreu ruas centrais, até encerrar na Praça Batista Campos, por volta de 11h50. Dois pequenos carros som acompanharam a passeata pró-impeachment, com hinos e músicas patrióticas. No último mês de agosto, a passeata contra o governo reuniu 5 mil pessoas.
Para Gilson Costa, professor de economia da Universidade Federal do Pará (UFPA), o momento é de reflexão sobre a realidade política do país. "O governo que está aí não representa a classe trabalhadora, os pobres do Norte e Nordeste. E esse pontos nos unifica com os demais setores que querem o 'Fora Dilma', formada pela direita tradicional, setores empresariais".
'A melhor coisa seria a intervenção militar'
Para a comerciante Ana Mesquita, que já participou de outras passeatas contra o governo Dilma, a desordem do Brasil só pode ser resolvida com os militares no poder. "O tempo bom era dos militares. Lá a gente tinha liberdade para as coisas. Não tenho dúvida que a melhor coisa seria a intervenção militar. eu tinha 12 anos em 64, e foi muito bom, agora não é. O governo está todo corrompido: deputados, senadores, presidente, todo mundo tem que sair. Se a Dilma sair do poder, eu desejo que os militares tomem o poder e botem ordem. Essa história de ideologia de gênero, de desarmamento, essas coisas são erradas. Quero prosperidade. Desde que os civis pegaram o poder, está essa bagunça”, defende.
Para a comerciante Ana Mesquita, que já participou de outras passeatas contra o governo Dilma, a desordem do Brasil só pode ser resolvida com os militares no poder. "O tempo bom era dos militares. Lá a gente tinha liberdade para as coisas. Não tenho dúvida que a melhor coisa seria a intervenção militar. eu tinha 12 anos em 64, e foi muito bom, agora não é. O governo está todo corrompido: deputados, senadores, presidente, todo mundo tem que sair. Se a Dilma sair do poder, eu desejo que os militares tomem o poder e botem ordem. Essa história de ideologia de gênero, de desarmamento, essas coisas são erradas. Quero prosperidade. Desde que os civis pegaram o poder, está essa bagunça”, defende.
'O povo não vai permitir o golpe'
Além da CUT, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) também está no carro som que defende a presidenta. Segundo os grupos, são 100 manifestantes. Para a PM, são 80.
Além da CUT, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) também está no carro som que defende a presidenta. Segundo os grupos, são 100 manifestantes. Para a PM, são 80.
Segundo a CTB, o encontro com a manifestação a favor da saída de Dilma não foi premeditado. "Não viemos buscar esse encontro. A informação que se tinha é que o grupo que deseja o golpe do Brasil iria estar na Escadinha nas Docas, é o que foi divulgado por eles. Nós viemos para cá [para a frente do Theatro da Paz] onde tradicionalmente o movimento democrático se reúne. Nós viemos para fazer um convite ao ato em defesa da democracia, no dia 16. Hoje não poderíamos deixar de estar presentes, o dia em que, há 47 anos, foi assinado o Ato Institucional nº 5, talvez o golpe mais reacionário da ditadura militar no Brasil, um golpe da direita dentro do golpe militar", destacou o militante do CTB, José Marcos Fonteles de Lima.
Para o sindicalista, defender o governo Dilma é defender o regime democrático e não há susbstância para a saída da presidente. "Lutamos a vida toda pelo democracia, então há o direito de se manifestar livremente. Os que defendem o golpe, isso é um direito, e eu não creio que aconteça a queda, porque não tem nada que justifique esse impeachment, já investigaram, não encontraram nada contra ela. É necessário 2/3 do Congresso, não acredito que isso ocorra; no judiciário, não há legalidade para o golpe; e nas ruas também não, porque o povo não vai aceitar. Esse golpe não é contra Dilma, é contra os avanços do povo. Nós da CTB somos contra a política econômica da Dilma, mas isso não é motivo para defendermos o golpe", completou.
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