EMPREENDEDOR DE SUCESSO

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Aposentadorias por invalidez serão revistas, anuncia governo

Na semana passada, governo já havia anunciado perícia no auxílio-doença.
Revisão vai incluir ainda benefícios a idosos e pessoas com deficiência.

Alexandro Martello e Filipe MatosoDo G1, em Brasília
Para tentar estancar o déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público de previdência que atende aos trabalhadores do setor privado, o governo federal anunciou nesta quinta-feira (7) revisão de alguns tipos de benefícios. Para este ano, a estimativa é de que o rombo do INSS some R$ 146 bilhões, com alta de 70% frente a 2015.
A primeira medida é a revisão imediata do auxílio-doença e da aposentadoria concedida por invalidez. O alvo da revisão, informou o governo, são casos em que esses benefícios são concedidos há mais de dois anos
De acordo com o governo, existem hoje 840 mil beneficiários de auxílios-doença e 3 milhões de aposentadoria por invalidez recebendo há mais de 2 anos. Por ano, o auxílio-doença gera uma despesa de R$ 1 bilhão. Já as aposentadorias por invalidez exigem gastos mensais de R$ 3,6 bilhões.
Essa revisão será implementada por meio de Medida Provisória. Na semana passada, o governo já havia anunciado que faria uma perícia no auxílio-doença.
Ralos abertos
“Iniciamos aquilo que resolvemos chamar de fazer o dever de casa, de fazer a parte do Estado no que tange à gestão. São ações que o governo deve adotar para fazer com que números tão expressivos do déficit possam ser reduzidos primeiro por gestão, por conseguirmos colocar uma tampa sobre os ralos que estão abertos, construídos no curso do tempo”, declarou o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
O governo informou que a revisão desses benefícios já deveria ser feita a cada dois anos para evitar que beneficiários que retomaram a condição para voltar ao mercado de trabalho continuem recebendo os valores indevidamente. Entretanto, isso não é feito desde 2008.
O assessor especial da Casa Civil Marcelo de Siqueira informou que o governo pretende passar a fazer essas revisões a partir de agora e estimou que a medida deve reduzir os gastos com pagamento dos benefícios em R$ 6,3 bilhões por ano.
Desse total, R$ 3,95 bilhões viriam da revisão do auxílio-doença (estimativa de cortar 30% dos benefícios) e R$ 2,3 bilhões da aposentadoria por invalidez (eliminando 5% dos benefícios).

O governo informou que, para viabilizar a revisão dos benefícios pelos peritos do INSS, haverá o pagamento de R$ 60 por procedimento extra, a ser realizado nesse público específico. Os peritos, porém, terão de continuar cumprindo sua cota diária e esse valor será pago por perícia adicional.
Interrupção do auxílio-doença
Com a edição da Medida Provisória, o governo informou que vai interromper, em 120 dias, o pagamento do auxílio-doença que tenha sido concedido sem fixação de data de término, inclusive para aqueles concedidos por decisão judicial.
“Nenhum segurado precisa correr a nenhuma agência da Previdência, ou ligar 135. Se o benefício for concedido daqui em diante, já vai saber o prazo final do benefício. Se foi concedido anteriormente, ele já sabia a data de cessação [término] do benefício ou ele também poderá ser chamado pela Previdência Social”, explicou Siqueira.
Segundo o governo, na maioria dos casos, os juízes já fixam uma data para o término do benefício. Esses 120 dias valerão caso esse prazo não esteja determinado em decisão judicial.
A MP também revoga a regra que permite que o segurado que volta a trabalhar - e a contribuir para o INSS - possa cumprir a carência para concessão de um auxílio-doença em apenas 4 meses.
Outra medida é a revisão de inscrições do Benefício Assistencial ao Idoso e à Pessoa Com Deficiência (BPC/Loas), que paga o benefício no valor de um salário mínimo a pessoas com mais de 65 anos e às pessoas com deficiência que comprovem não ter outra fonte de recursos.
O impacto da revisão do BPC, estimou o governo, é de R$ 800 milhões em economia por ano.
Previdência para servidores públicos
O governo também anunciou que vai passar a permitir que os estados e municípios possam aderir à Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público (Funpresp) – que já atende aos servidores públicos federais.
Na semana passada, a nova secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, já havia informado que o governo federal permitiria a adesão de servidores estaduais ao Funpresp.

Pelas regras, cada plano de benefício e gestão administrativa terá CNPJ próprio e conta individualizada, além de “independência patrimonial”.
“Não haverá solidariedade entre patrocinadores”, informou o governo.

Guilherme Karan morre aos 58 anos no Rio


Ator sofria de doença rara, a síndrome de Machado-Joseph. A novela 'América' foi seu último trabalho na TV.
07/07/2016 13h45 - Atualizado em 07/07/2016 17h30
Do G1 Rio



 O ator Guilherme Karan morreu na manhã desta quinta-feira (7), no Rio, aos 58 anos, no Hospital Naval Marcílio Dias. Carioca, ele ficou conhecido, principalmente, pelos seus personagens cômicos na TV e no teatro. Longe da TV desde 2005, quando participou da novela "América", na Globo, Karan foi diagnosticado com uma doença neurológica degenerativa rara, a síndrome de Machado-Joseph. Ele estava internado havia dois anos.
Nos últimos anos, ele viveu isolado em sua casa no Rio. "Ele herdou da mãe [a doença]. Perdi um filho com a mesma doença. Guilherme fica na cadeira de rodas o tempo todo. Tem horas que ele está lúcido e tem horas que não", disse Alfredo Karan, pai do ator, em entrevista ao Jornal Extra, em 2012.
Doença degenerativa
A doença é desconhecida pela maioria dos brasileiros. Sua principal característica é a perda dos movimentos até o ponto de o portador precisar de uma cadeira de rodas para se locomover, explicou a neurologista Eliana Meire Melhado, membro da Academia Brasileira de Neurologia.
Entre os sintomas mais comuns da doença está a falta de equilíbrio, e por isso a síndrome é conhecida popularmente como "doença do tropeção". Outros sintomas são a perda dos movimentos e o impedimento de continuar em pé.
Como a doença é progressiva, os sintomas aparecem lentamente. Por isso o mais indicado é, a partir do diagnóstico, fazer exercícios físicos, fisioterapia e hidroterapia para evitar que se chegue ao ponto de precisar da cadeira de rodas.
Não há medicação específica para tratar a doença e o paciente tende a morrer de complicações. Mas quanto mais fisioterapia fizer, melhor se torna a qualidade de vida desse paciente.
Por conta da doença, Karan sofria de problemas na coluna e recebia a ajuda de dois enfermeiros e de um fisioterapeuta.
Sucesso na comédia
Carioca, ele chegou a cursar faculdade de Arquitetura, mas convenceu a família de que queria ser ator e começou a trabalhar com teatro e TV. Estreou na Rede Globo na novela "Partido Alto", de 1984.
Um dos seus trabalhos de maior sucesso na TV foi no humorístico TV Pirata, onde ele interpretou dezenas de personagens, como o Zeca Bordoada. Outro papel de destaque foi como Porfírio, em "Meu bem, meu mal", quando ele criou o bordão "Divina, Magda", em referência à personagem de Vera Zimmermann.
Karan também participou de várias peças de teatro e filmes. Em "Super Xuxa contra o baixo astral", Karan interpretou Baixo Astral, um dos seus maiores sucessos no cinema.
Em "O clone" (2001), ele interpretou outro grande sucesso, como Raposão. Seu último trabalho em novelas foi em "América" (2005), em que interpretou o personagem Geraldito.
Artistas lamentam
Artistas lamentaram a morte do ator. Bernardo Falcone, ator e músico, disse no Twitter: "Baixo Astral, um dos melhores/piores vilões da minha infância. Adorava o Guilherme Karan...". Já o ator Eduardo Martini, escreveu no Facebook: "Descansou de uma doença horrivel... Que Deus te receba de braços abertos... Dia triste...".
Guilherme Karan interpretou o personagem Raposão, na novela O Clone (Foto: TV Globo / Gianne Carvalho)

GUILHERME KARAN
Ator morre aos 58 anos
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MP denuncia cunhado de Ana Hickmann por homicídio em BH


Gustavo Correa matou 'fã' que ameaçava apresentadora dentro de hotel. Polícia havia concluído que o crime foi legítima defesa.
07/07/2016 17h27 - Atualizado em 07/07/2016 17h40
Do G1 MG

Ana Hickmann deixa delegacia após prestar depoimento em Belo Horizonte; fã foi morto após ameaçá-la (Foto: Denilton Dias/O Tempo/Estadão Conteúdo)
O Ministério Público de Minas Gerais entregou na tarde desta quinta-feira (7) à Justiça denúncia contra Gustavo Correa, cunhado da apresentadora Ana Hickmann, por homicídio. A medida é contrária à decisão da Polícia Civil que pediu o arquivamento do processo pelo reconhecimento de legítima defesa.
A apresentadora Ana Hickmann sofreu um atentado por um "fã" em Belo Horizonte, no dia 21 de maio. O crime aconteceu dentro de um hotel no bairro Belvedere, Região Centro-Sul da cidade. Gustavo Correa matou Rodrigo Augusto de Pádua após este atirar contra sua mulher, Giovana Oliveira, assessora da apresentadora.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais vai decidir se aceita ou não a denúndia feita pelo promotor Francisco Santiago. O advogado de Gustavo Correa, Maurício Benfica, disse que não vai se manifestar por não ter ciência do teor da denúncia. Para ele, o caso trata-se "obviamente" de legítima defesa.
De acordo com o inquérito, Rodrigo, de 30 anos, rendeu com um revólver a apresentadora, sua cunhada, Giovana Oliveira, e o marido de Giovana, Gustavo Correa, que é irmão do marido de Ana Hickmann. Em uma luta corporal, Gustavo matou Rodrigo dentro de um dos quartos de hotel, após o "fã" balear Giovana. Segundo o delegado Flávio Grossi, responsável pelo caso, o tiro contra a cunhada era para a apresentadora. Nem Ana Hickamnn nem o cunhado se feriram.
De acordo com a polícia, a investigação mostrou que a intenção de Rodrigo era possivelmente matar a apresentadora.
Um pen drive encontrado no quarto de Rodrigo e um celular que estava no quarto do atentado foram periciados. Nos dois, a polícia encontrou mais de 10 mil fotos, a maioria de Ana Hickmann.
"O pen drive e o celular demonstram o que já estava bem sedimentado, que é essa obsessão de Rodrigo por Ana Hickmann. Nós temos cerca de 10.480 fotos, a maioria referente à Ana Hickmann, montagens com declarações de amor e montagens de cunho sexual", disse o delegado.
A perícia também revelou que o fã fez uma pesquisa no Google sobre o uso de detectores de metais no hotel. Ele também buscou na internet se uma munição calibre 22 era mortal ou não. “[Rodrigo] escolheu a munição 38, chamada SLP+, que é especial, com maior força de entrada e teve o cuidado de escolher um projétil que é aquela parte de chumbo que fica. Ele escolheu uma bala que ter uma perfuração no meio, a qual é expansiva, ou seja, quando ela atinge o corpo, ela expande. Ela é mais lesiva", descreveu o delegado.
Polícia Civil conclui inquérito sobre atentado contra Ana Hickmann (Foto: Raquel Freitas/G1)
De acordo com Grossi, somente uma arma foi encontrada no local do crime. Um exame residuográfico, que verifica a presença de pólvora, comprova que Rodrigo atirou. O revólver, de calibre 38, tinha numeração raspada e a Polícia Civil não conseguiu chegar ao número original.
Um papel encontrado com anotações de Rodrigo comprovou que o crime foi planejado. Segundo o delegado, este papel detalhava que, se não houvesse "sucesso" no hotel, ele iria para o show room, onde Ana Hickmann participaria de um evento de moda. Se esta etapa também não desse certo, ele iria para o aeroporto atrás da apresentadora. Morador de Juiz de Fora, na Zona da Mata, Rodrigo tinha apenas passagem de ida a Belo Horizonte.
Anatoções mostram planejamento do crime
(Foto: Raquel Freitas/G1)
Rodrigo fez disparos no quarto e um tiro atingiu Giovana, que ficou mais de dez dias internada. Inicialmente, a polícia acreditava que dois tiros teriam atingido a assessora.
O delegado definiu a briga entre os dois homens como “luta de vida ou morte”. Em depoimento, Gustavo contou que mordeu o atirador com muita força para tentar contê-lo. A lesão foi comprovada na necropsia.
Rodrigo foi atingido por três tiros em um intervalo de cerca três segundos. No primeiro disparo, os dois ainda estavam em luta. Segundo o delegado, foi possível comprovar isso pela posição das lesões. Na sequência, Gustavo fez os outros dois disparos. Grossi detalhou que a luta durou até "o último minuto" e que, em nenhum momento, houve qualquer "rendição" do fã.
Delegado Flávio Grossi fala sobre conclusão do inquérito sobre o atentado contra a apresentadora Ana Hickmann, em Belo Horizonte (Foto: Raquel Freitas/G1)
“A legítima defesa é sedimentada por uma sequencia de atos, não é uma prova. Para mim, o cerne da questão é o movimento no qual foi feito o disparo. Rodrigo, com a cabeça virada para o lado e com a mão voltada à esquerda. Ele tenta lutar pela arma, enquanto Gustavo também tenta lutar pela arma. Ele não ficou, em nenhum momento, submisso ao Gustavo. Não houve uma posição de submissão, de cabeça baixa, de desistência de luta. A mecânica, o laudo de local, deixa muito claro que a luta ocorreu e a luta foi até o último minuto. Não teve domínio de Gustavo sobre Rodrigo", explicou.
De acordo com o delegado, o fã não tinha consumido bebida alcóolica nem droga, e a família disse que ele não tinha passado por nenhum tratamento.
Entenda o caso
Rodrigo, que era de Juiz de Fora, na Zona da Mata, estava hospedado no mesmo hotel que Ana Hickmann. Segundo o boletim de ocorrência, ele rendeu Gustavo e o obrigou a ir até o quarto de Ana, onde também estava a mulher dele, Giovana, que é assessora da apresentadora.
Grossi contou à época do crime que Ana Hickmann desmaiou depois que Giovana, já baleada, caiu de costas sobre seu braço. As duas foram socorridas pelo cabeleireiro que atenderia a modelo no sábado, Júlio Figueiredo. O cabeleireiro chegou a gravar, no telefone, trechos da conversa de Rodrigo com a equipe de Ana Hickmann rendida dentro do quarto.
As duas mulheres deixaram o quarto no momento em que Gustavo começou a lutar com Rodrigo. Na luta, Rodrigo foi morto com três tiros.Giovana contou, em depoimento, que o "fã" falou em "roleta russa".
Após ser baleada, Giovana ficou internada em um hospital de Belo Horizonte até o dia 25 de maio, quando foi transferida para São Paulo. Giovana ficou internada no Hospital Sírio Libanês até o dia 2 de junho, quando teve alta.
No perfil que Rodrigo mantinha no Instagram, todos os posts eram relacionados à apresentadora, que o fã dizia amar. O delegado de Homicídios Flávio Grossi disse que a família de Rodrigo Augusto de Pádua sabia do fascínio do jovem pela modelo.
O fã Rodrigo Augusto e a apresentadora Ana Hickmann (Foto: Reprodução/Facebook; Denilton Dias/O Tempo/Estadão Conteúdo)

Polícia do RJ matou 8 mil pessoas na última década, diz ONG



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Polícia do RJ matou 8 mil pessoas na última década, diz ONG
Relatório da Human Rights Watch indica 645 mortes só em 2015. Segundo ONG, PMs dizem ter medo de denunciar execuções.
07/07/2016 10h04 - Atualizado em 07/07/2016 13h16
Por Fernanda Rouvenat
Do G1 Rio

Marcas de tiros no carro onde estavam jovens executados em Costa Barros (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
Um relatório divulgado nesta quinta-feira (7) pela ONG Internacional Human Rights Watch indica que a Polícia Militar do Rio de Janeiro matou mais de 8 mil pessoas na última década. O número oficial de homicídios cometidos pela polícia – que chegou a mais de 1.300 em 2007 e havia caído para 400 em 2013 – voltou a crescer no ano passado. Pelo menos 645 pessoas foram mortas por PMs em serviço no ano de 2015.
Já neste ano, segundo os dados da ONG, foram registradas 322 homicídios cometidos por policiais militares entre janeiro e maio.
Durante supostos “confrontos” reportados entre 2013 e 2015, houve cinco vezes mais mortos pela PM do que feridos – na avaliação da ONG, o contrário do que se poderia esperar nessas situações.
Em 2015, para cada policial morto em serviço no Rio de Janeiro, a polícia matou 24,8 pessoas, mais que o dobro do que na África do Sul e três vezes a média dos EUA.
Execuções
A Human Rights Watch também afirma que, em 64 casos, encontrou provas de que policiais procuraram encobrir casos de uso ilegal da força letal.
Segundo autoridades do sistema de justiça local, um grande número de “confrontos” relatados por policiais no estado nos últimos anos foram de fato execuções. Estatísticas oficiais reforçam essa conclusão.
Quase todos os 64 casos foram relatados como “confrontos” pela polícia. Todavia, em pelo menos 20, laudos necroscópicos demonstraram que as vítimas foram baleadas à queima-roupa. Em outros casos, depoimentos de testemunhas e outros exames periciais indicaram que não houve confronto.
“O que a gente vê nessas estatísticas é que uma parte desses confrontos que são reportados pela polícia não existiram. Não é possível que você tenha um confronto e só pessoas de um lado morrem e você não faz nenhum ferido”, disse o pesquisador César Muñoz.
Para a ONG, existe um consenso entre as autoridades públicas de que uma parte dessas mortes são execuções. “Por exemplo, o Procurador Geral do Rio de Janeiro, Marfan Martins Vieira, falou para nós que grande parte dos confrontos são simulados”, afirmou Muñoz.
Dados de homicídios cometidos por policiais no RJ (Foto: Divulgação / Human Right Watch)
A ONG não poupa críticas à Polícia Civil e ao MP para investigar as omissões de execuções. "Policiais responsáveis por execuções e acobertamentos raramente são levados à Justiça. A Polícia Civil tem conduzido investigações lamentavelmente inadequadas. Entretanto, a responsabilidade de acabar com a impunidade nesses casos é, em última instância, do Ministério Público do estado do Rio de Janeiro, que tem competência constitucional para realizar o controle externo da atividade policial, fiscalizando o trabalho da Polícia Civil, bem como conduzindo suas próprias investigações", disse a Human Rights Watch.
Para os pesquisadores, as execuções também colocam em perigo a força polícia. "Tem casos em que a comunidade alerta a polícia. Mas está baseado na confiança entre a polícia e a comunidade. Se a polícia matar, a comunidade não vai alertar a polícia, já que a reação da polícia quando vê o suspeito é matar, eles [criminosos] nunca vão querer se render porque eles correm risco de morte e vão querer revidar", explicou o pesquisador César Muñoz.
Ainda de acordo com César, a polícia criou uma situação de "descrédito", o que também favorece para o aumento no número de motes de policiais fora de serviço. "A polícia tem medo de levar a farda para lavar em casa. Tem medo de que, no caminho pra casa, sejam reconhecidos e assassinados", disse o pesquisador.
Gráfico mostra número de pessoas mortas pela polícia no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação / Human Right Watch)
Medo de denunciar
O relatório de 117 páginas foi intitulado “'O Bom Policial Tem Medo': Os Custos da Violência Policial no Rio de Janeiro”. Segundo a Human Rights Watch, ele "documenta como o uso ilegal da força letal por policiais tem contribuido para o desmantelamento dos ambiciosos esforços do estado para melhorar a segurança pública".
Para o relatório, a Human Rights Watch afirma ter entrevistado mais de 30 policiais do Rio, incluindo vários que descreveram suas próprias experiências com o uso da força letal, inclusive dois que admitiram direta participação em execuções.
Um policial descreveu uma operação em que um colega executou um suposto traficante de drogas que estava ferido no chão. Outro descreveu uma operação deflagrada com o propósito de matar, não prender, suspeitos de integrarem facções criminosas.
Policiais disseram que não denunciariam os crimes de seus colegas por medo de também serem mortos. “(Eles) não pensariam um milésimo de segundo para me matar ou a minha família”, teria dito um agente.
Segundo Maria Laura Canineu, diretora da Human Right Watch no Brasil, a principal recomendação a partir dos dados divulgados pelo relatório é que sejam feitos esforços para acabar com a impunidade nos casos de violência policial.
"Eles mesmos [os policiais] nos contaram a participação, por um lado, em execuções e outros crimes, como corrupção, e mostraram a relação que as execuções tem com a atividade criminosa, mas muitos outros nos falaram que a atitude desses policiais que agem de uma forma fora da lei atingem a população como um todo e a própria polícia. Ele [o policial] perde o principal aspecto da segurança pública que é a confiança da comunidade. Hoje, a polícia do Rio tem 48 mil policiais militares e existem apenas 70 psicólogos e nenhum psiquiatra pra tratar de policiais que enfrentam esse alto índice de criminalidade todo dia", explicou a diretora da Human Right Watch.
Segundo a organização, o estado do Rio de Janeiro prometeu avanços na segurança pública em preparação para a Olimpíada, mas não fez o suficiente para resolver o problema das execuções cometidas pela policia. A questão das mortes de autoria policial são classificados pela organização como "um obstáculo central para a um policiamento mais efetivo".
Dados divulgados pela ONG Human Right Watch mostram o número de policiais mortos no RJ (Foto: Divulgação / Human Right Watch)
Outro lado
A Polícia Civil informou que vai analisar  o relatório da Human Rights Watch para ter condições de se manifestar sobre os fatos e reiterou que a instituição se empenha em todas as investigações que conduz, especialmente nas que se referem a crimes contra a vida, praticados contra ou por policiais.
A Polícia Militar disse que só vai se posicionar depois de analisar as informações do relatório, mas ressaltou ainda que o comando da PM tem tomado medidas para reduzir os números de mortes decorrentes da ação policial, e que vai continuar trabalhando para preservar vidas e combater a criminalidade.
O Ministério Público do Rio de Janeiro informou que vem atuando em diversas frentes para tentar reduzir o número de mortes decorrentes de intervenção policial e de outros delitos praticados pelos agentes de segurança.
Representantes da Human Right Watch divulgaram um relatório nesta quinta-feira (Foto: Divulgação / Human Right Watch)




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Lia Boger

há um minuto
O que a ONG espera que policiais façam com o crime? Os bandidos são poderosos, usam as armas mais letais, não ficam presos, pois a Justiça é leniente,...Policiais assassinados, sociedade brutalizada. O Brasil não funciona!
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Terraseca Jesusestávoltando

há um minuto
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Davi

há 3 horas
E os bandidos, mataram quantos, heimm G1????
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Carlos Simoes

há 8 minutos
Gostaria de saber quantos morreram na fila do S uS??!
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Davi

há um minuto
Quantos morrem, nos hospitais, trabalhos, escolas, estádios, transito, etc......muitos morrem Carlos, e não estão nem ai.....
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quarta-feira, 6 de julho de 2016

Desempregado há dois anos, jovem emagrece mais de 20 kg entregando currículos


'Ando mais que notícia ruim', brinca Ewerton Jesus Costa, morador de Sorocaba (SP)

Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
Atualizado em 06/07/2016 17:40:19
  
Um jovem conseguiu emagrecer 20kg de uma maneira bem inusitada: entregando currículos. Desempregado há dois anos, Ewerton Jesus Costa afirma ter caminhado aproximadamente 10km por dia visitando postos de emprego em Sorocaba, interior de São Paulo, e acredita ter entregue mais de 300 currículos neste período.
"Ando mais que notícia ruim", brincou Ewerton. Foi economizando e andando bastante que Ewerton emagreceu. "Eu pesava 122 kg quando era casado, mas separei e perdi o emprego. Quando isso aconteceu, eu tive que vender o carro e fiquei a pé, por isso perdi peso fácil", explicou ao G1. 
Ewerton Costa emagreceu mais de 20km entregando currículos
(Foto: Ewerton Costa/Arquivo Pessoal)
"Não faço dieta. A minha mãe até me ajuda com passagem de ônibus, mas não uso porque faz falta em casa. Não ligo de peregrinar pela cidade", diz ele.
Em entrevista ao G1, o jovem disse que já trabalhou nos mais diversos setores, como operador de máquinas, frentista de posto de combustíveis, pedreiro e auxiliar de limpeza.  Mas há cinco meses não consegue um registro fixo na carteira de trabalho. "Faço bicos sempre, mas nada é concreto. Alguns trabalhos são temporários e assim que termina eu tenho que ir a luta de novo. É bastante cansativo", disse ao G1.
Procura em duplaLucas Gonçalves dos Santos também está na mesma fase que Ewerton, e já perdeu as contas de quantos quilômetros já caminhou em busca de uma oportunidade. Os dois procuram uma chance como frentista, auxiliar de produção ou metalúrgico. 
De acordo com o site G1, o auxiliar de produção Carlos Dias Drudi já esteve na mesma situação. Ele chegou a morar na rua e ficar dois dias no semáforo depois de um ano desempregado. Hoje trabalhando, Carlos manda um recado e pede para os jovens manterem a esperança. "Se deu certo para mim, pode dar certo para todo mundo. É só perseverar e mover a fé que tem dentro da gente".
Ewerton e Lucas procuram empregos
(Foto: Reprodução)
DificuldadesO nível de emprego na região de Sorocaba, composta por 48 municípios, apresentou resultado negativo no mês de maio de 2016. A variação representou uma queda de 650 postos de trabalho na cidade, comparando entre demissões e admissões. 
A informação veio da pesquisa Nível de Emprego Regional da Indústria (NERI), realizada pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e pela Diretoria Regional de Sorocaba .
A projeção para este ano é a eliminação de 165 mil vagas de trabalho, contra perda de 235,5 mil vagas em 2015.

Marido da pastora Bianca Toledo abusou do enteado de cinco anos, afirma senador - See more at: http://www.correio24horas.com.br/blogs/mesalte/marido-da-pastora-bianca-toledo-abusou-filho-dela-de-cinco-anos-afirma-senador-veja-video/#sthash.h68IH7Sa.dpuf

O senador Magno Malta afirmou, agora há pouco no plenário do Senado Federal, que o pastor Felipe Garcia Heiderich abusou sexualmente o filho da sua mulher, a também pastora Bianca Toledo. O senador, que presidiu a CPI da Pedofilia, defende prisão perpétua para abusadores de crianças. “Ela descobriu que esse falso pastor estava abusando do seu filhinho de cinco anos de idade (…) O garoto relata todos os fatos e já foi ouvido por psicólogos”, destacou. Em outro momento, o senador afirmou:  “Não consigo conviver com o pedófilo nem com seu crime de pedofilia (…) o pedófilo é uma sombra capaz de enganar todos”, declarou. Malta, que chamou Felipe, de falso pastor e afirmou ainda que ele confessou o crime.
Quando soube que a mulher descobriu o abuso, segundo o senador, ele tentou suicídio. “Ele foi internado e lá ele confessou seu abuso e também assumiu homossexualismo (sic)”, destacou o senador que reforçou que a sexualidade não deve ser colocada em questão: “Estou tratando aqui do crime de pedofilia”.
Acompanhe o caso
Bianca se casou com Felipe em 2013, e juntos palestravam pelo país para outros casais evangélicos. Na noite de terça-feira (5), Bianca publicou um vídeo para os fãs confirmando a separação do marido e explicando os motivos do fim do casamento. O menino vítima do abuso é filho de Bianca do seu relacionamento anterior.
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
O pastor foi preso na segunda-feira (4) por agentes da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) do Rio de Janeiro e foi levado ontem para a Cadeia Pública José Frederico Marques, localizada no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro ao Me Salte. De acordo com Bianca, ele foi levado para a penitenciária após pedido de Prisão do Ministério Público do estado. O caso é investigado pela delegada Cristiana Onorato, a mesma que apurou o estupro coletivo de adolescente no Rio de Janeiro.
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Nota do editor
O caso do pastor Felipe chama atenção para uma grave equívoco: a associação da homossexualidade com a pedofilia. O Me Salte, enquanto um canal LGBT, deixa claro que as duas situações NÃO são sinônimas. Os casos de pedofilia – praticados por heterossexuais ou homossexuais – devem ser investigados e punidos com o rigor da lei. A homossexualidade não é crime.
________________________________________________________________________________
Correio* é o jornal mais acessado e de maior circulação do Norte/Nordeste. 
- See more at: http://www.correio24horas.com.br/blogs/mesalte/marido-da-pastora-bianca-toledo-abusou-filho-dela-de-cinco-anos-afirma-senador-veja-video/#sthash.h68IH7Sa.dpuf

Planos de saúde terão que pagar exames de zika a partir de hoje


Por Agência Brasil 

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Planos de saúde serão obrigados a cobrir três tipos de exames de detecção do zika vírus para gestantes e bebês

Agência Brasil

Planos de saúde serão obrigados a cobrir exames de detecção do zika vírus
Sayonara Moreno/Agência Brasil
Planos de saúde serão obrigados a cobrir exames de detecção do zika vírus

A partir desta quarta-feira (6), os planos de saúde terão que cobrir obrigatoriamente três exames de detecção do zika vírus para públicos específicos. Os procedimentos deverão ser disponibilizados para gestantes, bebês de mães com diagnóstico de infecção pelo vírus, bem como aos recém-nascidos com malformação congênita sugestivas de infecção pelo zika.
A escolha desses grupos levou em conta o risco de bebês nascerem com microcefalia devido à infecção da grávida pelo vírus durante a gestação. A microcefalia é uma malformação irreversível que pode comprometer o desenvolvimento da criança em diversos aspectos e vir associada, por exemplo, à surdez, a problemas de audição e no coração.
A norma da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabelece que os planos têm que oferecer o PCR, indicado para a detecção do vírus nos primeiros dias da doença; o teste sorológico IgM, que identifica anticorpos na corrente sanguínea; e o IgG, para verificar se a pessoa teve contato com o Zika em algum momento da vida.
Normalmente, a ANS revê a cada dois anos o rol de procedimentos obrigatórios a serem cobertos pelos planos de saúde. A última revisão começou a valer em janeiro deste ano. Porém, no caso do exame de diagnóstico do zika vírus, a incorporação dos testes laboratoriais ocorreu de forma extraordinária, segundo a agência reguladora, por se tratar de umaemergência em saúde pública decretada pela Organização Mundial da Saúde.
Os planos de saúde tiveram 30 dias para se adequar à nova regra.
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