EMPREENDEDOR DE SUCESSO

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Moody´s muda perspectiva da nota do Brasil de estável para negativa

Agência cita crise política, 'aumento da incerteza' sobre a aprovação das reformas e efeitos no ambiente de negócios.

A agência de classificação de risco Moody’s anunciou nesta sexta-feira (26) que decidiu alterar novamente a perspectiva da nota do Brasil, de estável para negativa, citando o "aumento da incerteza em relação ao momento favorável às reformas após os últimos acontecimentos políticos".
Em março, a agência tinha mudado a perspectiva do rating do Brasil de negativa para estável, citando sinais de recuperação e a inflação em queda. Em comunicado no último dia 19, entretanto, a Moody´s já apontava que a crise política aberta com a delação de Joesley Batista envolvendo o presidente Michel Temer pode interromper as reformas e prejudicava a perspectiva da nota de crédito do Brasil.
Com a nova revisão, a Moody´s passa a sinalizar que não está descartado um novo rebaixamento da nota do Brasil nos próximos meses.
"Independentemente de seu desfecho, a crise política que emergiu no Brasil na última semana provavelmente debilitará a agenda de reformas do governo e comprometerá a aprovação de reformas futuras, incluindo a da Previdência. Isto provavelmente impactará negativamente a confiança do investidor e levará ao aumento da volatilidade nos mercados, ameaçando o momento macroeconômico positivo observado desde o início da agenda de reformas promovida pelo presidente Michel Temer", afirmou a Moody´s em comunicado.
Apesar da mudança da perspectiva, a nota do Brasil em moeda estrangeira foi mantida como "Ba2", dois degraus abaixo do grau de investimento (selo de país bom pagador).
Entre os fatores que poderiam levar a um rebaixamento do rating brasileiro, a agência cita uma "intensificação da crise política" e a reversão do impacto de reformas fiscais já aprovadas, "principalmente o cumprimento do teto de gastos".
 (Foto: ) (Foto: )
(Foto: )

Fazenda fala em compromisso com reformas

Em nota, o Ministério da Fazenda reafirmou o seu compromisso com a continuidade da implementação da agenda de reformas estruturais e destacou "os resultados positivos obtidos por meio da manutenção de intenso diálogo e coordenação com o Congresso Nacional, sinalizando o empenho para alcance da estabilidade da política econômica".
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou mais cedo que há pessimismo exagerado no país, o que pode 'levar a decisões equivocadas.'
Meirelles evitou responder diretamente se a eventual saída de Temer prejudicaria a agenda das reformas. Ele disse, porém, que trabalha com a permanência do presidente.

Posição do Brasil nas principais agências

Desde 2015, o Brasil perdeu a classificação de grau de investimento nas principais agências internacionais. Com isso, os títulos da dívida do país e, por consequência, o investimento no país, passou a ser considerado especulativo.
Atualmente, a nota do Brasil está na mesma posição nas escalas das 3 principais agências: dois degraus abaixo do grau de investimento (selo de país bom pagador). Com a revisão da Moody´s, o rating do Brasil passa a ter também perspectiva negativa nas três.
Na última segunda-feira (22), a Standard & Poor’s (S&P) decidiu, entretando, colocar a nota do Brasil em observação negativa (CreditWatch negativo) em razão da crise política, o significa que a nota brasileira pode ser reduzida nos próximos três meses.
Na sexta-feira (19), a Fitch anunciou que decidiu manter a perspectiva negativa para o rating do país, citando o crescimento fraco e 'repetidos episódios de instabilidade política'.
O Brasil conquistou o grau de investimento pelas agências internacionais Fitch Ratings e Standard & Poor’s pela primeira vez em 2008. Em 2009, conseguiu a classificação pela Moody’s.
A S&P foi primeira a tirar o selo de bom pagador do Brasil, em setembro de 2015, ação que foi seguida pelas outras duas grandes agências internacionais: Fitch e Moody´s.
Segundo analistas de mercado, historicamente, países costumam levar cerca de 5 a 10 anos para recuperar o selo de país bom pagador.


MEC erra bandeira da França e usa símbolo 'deitado' em postagem na web; veja

Imagem anunciava parceria em hospitais; na tarde desta sexta, post já tinha saído do ar. Em nota, pasta se desculpou por erro; 'gafe é fruto da ignorância', diz especialista.

Postagem do Ministério da Educação erra bandeira da França em post (Foto: Instagram/Reprodução)Postagem do Ministério da Educação erra bandeira da França em post (Foto: Instagram/Reprodução)
Postagem do Ministério da Educação erra bandeira da França em post (Foto: Instagram/Reprodução)
O Ministério da Educação cometeu uma gafe diplomática ao anunciar, em redes sociais, uma parceria entre os governos do Brasil e da França. Ao invés de usar as três listras verticais que compõem o estandarte francês, a imagem postada nos perfis oficiais da pasta trazia a bandeira "deitada", similar à de outros países da Europa (veja abaixo).
Só no Instagram, a arte chegou a ter mais de 200 curtidas antes de ser retirada do ar, como indica a captura de tela recebida pelo G1. Até as 19h desta sexta (26), o ministério ainda não tinha publicado uma versão corrigida da arte.
Em nota, o MEC informou que a equipe que produz conteúdo para redes sociais "cometeu um erro no card sobre a parceria entre Brasil e França na área de saúde pública. Pedimos desculpas pelo erro e informamos que o mesmo já foi retirado", diz. O G1 entrou em contato com a Embaixada da França no Brasil, e aguardava retorno até a publicação desta reportagem.
Nesta quinta (25), o site oficial do ministério divulgou a mesma parceria entre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) – estatal vinculada ao MEC, responsável pelos hospitais universitários – e a associação equivalente do governo francês. Segundo a pasta, o acordo de cooperação deve durar quatro anos, promovendo "intercâmbio de competências" entre os países.
Bandeiras da França e da União Europeia se encontram durante comemoração da vitória de Macron (Foto: Buhran Ozbilici/AP Photo)Bandeiras da França e da União Europeia se encontram durante comemoração da vitória de Macron (Foto: Buhran Ozbilici/AP Photo)
Bandeiras da França e da União Europeia se encontram durante comemoração da vitória de Macron (Foto: Buhran Ozbilici/AP Photo)

Símbolo histórico

O professor de história e relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Estevão Martins explica que não existe um "código universal" de bandeiras – em vez disso, os próprios países definem as regras de utilização, proporção e cor de seus emblemas.
"No caso da França, especificamente, as cores foram criadas por uma identificação com a Revolução Francesa [em 1789]. O branco lembra a antiga monarquia bourbônica, superposta pelas cores do escudo de armas de Paris, eixo político da revolução – um azul carregado e um vermelho sangue", enumera.
Segundo Martins, a bandeira com três listras verticais em azul, branco e vermelho (da esquerda para a direita) sobreviveu até às mudanças da monarquia para o império napoleônico e, em seguida, para o sistema republicano.
"É uma das bandeiras mais antigas, nesse formato, tem mais de 200 anos de história. Há várias bandeiras parecidas na Europa com as mesmas cores, por exemplo, Holanda e Luxemburgo".
Bandeira russa hasteada no topo do relógio de Sevastopol, Crimea, em imagem de 2014 (Foto: Pavel Golovkin/AP)Bandeira russa hasteada no topo do relógio de Sevastopol, Crimea, em imagem de 2014 (Foto: Pavel Golovkin/AP)
Bandeira russa hasteada no topo do relógio de Sevastopol, Crimea, em imagem de 2014 (Foto: Pavel Golovkin/AP)
O trio vermelho-azul-branco, em diferentes ordens e padrões gráficos, também estampa a bandeira da Rússia e das repúblicas que compunham a extinta União Soviética. No início do século 20, a também extinta República da Iugoslávia chegou a usar bandeira idêntica à estampada pelo Ministério da Educação – três faixas verticais, com azul sobre branco sobre vermelho.
"Na Rússia, essas cores representavam a dinastia Romanov, e as cidades de Moscou e São Petersburgo. Em linhas gerais, eram o branco da inocência, o azul do sangue da realeza e o vermelho do sangue dos soldados. Então, tudo isso é bastante simbólico, remete a esse passado histórico", aponta.
Questionado sobre a gafe cometida nesta sexta pelo MEC, Martins afirma que o caso não deve gerar nenhum impacto diplomático mais grave. Ao G1, o especialista disse acreditar que a falha é "sintomática" de problemas no ensino básico.
"A gafe costuma ser fruto da ignorância. No Brasil, a gente chegou a receber um general da Alemanha Ocidental, e a banda responsável tocar o hino da Alemanha Oriental. Quer dizer, é um enfraquecimento geral da cultura escolar", diz.
 Torcida holandesa agita bandeiras em partida de futebol entre Holanda e Turquia em Amsterdã, em imagem de arquivo (Foto: AP Photo/Peter Dejong) Torcida holandesa agita bandeiras em partida de futebol entre Holanda e Turquia em Amsterdã, em imagem de arquivo (Foto: AP Photo/Peter Dejong)
Torcida holandesa agita bandeiras em partida de futebol entre Holanda e Turquia em Amsterdã, em imagem de arquivo (Foto: AP Photo/Peter Dejong)

SEJA UM EMPREENDEDOR DIGITAL, NO CONFORTO DO SEU LAR, COM SEU ESCRITÓRIO VIRTUAL

SEJA UM EMPREENDEDOR DIGITAL

  SEJA UM EMPREENDEDOR DIGITAL Tenha sua  Página Lucrativa  Online e Fature Dezenas ,  Centenas  ou  Milhares  de PAGAMENTOS  de  R$ 50,...