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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

MP apresenta denúncia contra irmãos por morte de youtuber no litoral do Paraná

Isabelly Cristine Santos, de 14 anos, foi morta com um tiro na cabeça. Ambos foram denunciados por homicídio qualificado.

Por Aline Pavaneli, G1 PR
 
Isabelly Cristine Santos, de 14 anos, foi assassinada com um tiro em 14 de fevereiro, em Pontalo do Paraná (Foto: Reprodução/Facebook)Isabelly Cristine Santos, de 14 anos, foi assassinada com um tiro em 14 de fevereiro, em Pontalo do Paraná (Foto: Reprodução/Facebook)
Isabelly Cristine Santos, de 14 anos, foi assassinada com um tiro em 14 de fevereiro, em Pontalo do Paraná (Foto: Reprodução/Facebook)
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) apresentou, nesta terça-feira (27), denúncia criminal contra os irmãos Everton e Cleverson Vargas pela morte da youtuber Isabelly Cristine Santos, de 14 anos, no litoral do estado.
Isabelly foi baleada por volta das 2h do dia 14 de fevereiro, no Balneário Canoas, em Pontal do Paraná. Ela foi atingida um pouco acima do olho esquerdo, chegou a ser socorrida, mas não resistiu e morreu no hospital.
De acordo com o MP-PR, o autor do disparo, Everton Vargas, foi denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe. Ele também vai responder por porte ilegal de arma de fogo e munição.
Já Cleverson Vargas, que dirigia o veículo, foi denunciado por homicídio qualificado, como partícipe, e por embriaguez ao volante.
Se condenados pelo crime de homicídio qualificado, os irmãos podem ter uma pena de 12 a 30 anos de prisão.
Até a publicação desta reportagem a denúncia ainda não havia sido recebida pela juíza Bianca Bacci Bisetto, responsável pela Vara Criminal de Pontal do Paraná, onde o processo vai tramitar.

Prisão preventiva

Os acusados estão presos no Centro de Triagem de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, conforme o MP-PR.
Na denúncia, o promotor Gladyson Sadao Ishioka pede a manutenção da prisão preventiva, que é por tempo indeterminado, dos irmãos.
Ele argumenta que os denunciados fizeram vários disparos após terem ingerido bebida alcoólica, tendo como alvo um carro com quatro ocupantes em uma das vias mais movimentadas da cidade, com porte ilegal de arma de fogo e em um veículo superlotado - com oito passageiros.
"Até o momento, mesmo após saberem que mataram uma pessoa inocente com essa reprovável conduta, os denunciados insistem em afirmar que agiram corretamente", afirma na denúncia.
Para Ishioka, isso demonstra que, se forem soltos, eles podem voltar a cometer os mesmos crimes, e vão incentivar outras pessoas "com a mensagem de impunidade (já infelizmente frequente neste país), a proceder desse temerário modo".

A denúncia

Ainda conforme a denúncia, as investigações policiais demonstraram que não houve situação de legítima defesa, como alegam os denunciados.
Segundo o promotor, os irmãos foram os responsáveis pelo incidente de trânsito na PR-412, que antecedeu os disparos e quase acabou em acidente.
A denúncia informa que o carro em que estava Isabelly realizava uma ultrapassagem regular, quando o carro em que estavam os denunciados saiu da pista exclusiva de conversão à esquerda para realizar uma conversão à direita.
Foi nesse momento que o carro em que estava a vítima sofreu uma "fechada" e precisou fazer retornos para desviar das tartarugas, antes de voltar ao seu trajeto normal.
"Não havia nenhum indicativo de que o Fiat Pálio [onde estava Isabelly] (...), teria adentrado na Alameda das Rosas para seguí-los, muito menos com intuito de assalto", informa o promotor.
Ainda de acordo com o promotor, o fato de estarem sob o efeito de álcool não exime os dois da responsabildade penal e não serve como justificativa para que aleguem que estavam em situação de iminente agressão.
"Ainda que eventualmente fosse minimamente aceitável essa suposição dos denunciados (que, de fato, não é), isso definitivamente não implicaria, de imediato, sem as cautelas devidas por quem é atirador e se encontra com letal arma de fogo em mãos, a realização de inúmeros disparos e, ainda, bem na direção do veículo-alvo, que já se encontrava distante, tendo-o acertado inclusive na janela lateral", diz a denúncia.

O outro lado

Em nota, o advogado Cláudio Dalledone Júnior, que defende os irmãos Everton e Cleverson Vargas, afirmou que vai contrapor os argumentos da acusação e esclarecer os fatos.
Ainda de acordo com Dalledone, a denúncia é o ponto de vista da promotoria e que, a partir dela, inicia-se o trâmite do processo na Justiça.
Veja mais notícias do estado no G1 Paraná.

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