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domingo, 17 de março de 2019

Caixas-pretas de avião que caiu na Etiópia mostram 'semelhanças claras' com acidente de aeronave na Indonésia

Por G1
 

Trabalho da equipe da Cruz Vermelha em meio a destroços no local do acidente com avião na Etiópia — Foto: Michael Tewelde / AFPTrabalho da equipe da Cruz Vermelha em meio a destroços no local do acidente com avião na Etiópia — Foto: Michael Tewelde / AFP
Trabalho da equipe da Cruz Vermelha em meio a destroços no local do acidente com avião na Etiópia — Foto: Michael Tewelde / AFP
Os registros das caixas-pretas do avião que caiu na Etiópia têm “semelhanças claras" com os feitos na ocasião do acidente na Indonésia em 2018. A afirmação foi feita pela ministra dos Transportes etíope, Dagmawit Moges, ao jornal "Wall Street Journal". O relatório preliminar sobre o acidente será divulgado em 30 dias.
"Semelhanças claras foram observadas entre o voo 302 da Ethiopian Air e o voo 610 da Indonesian Lion Air, que serão submetidas a mais estudos durante a investigação", afirmou a ministra, segundo o jornal norte-americano.
Foto de 11 de março de 2019 mostra um Boeing 737 MAX 8 construído para TUI Group estacionado na fábrica da Boeing em Renton, no estado de Washington — Foto: Ted S. Warren/APFoto de 11 de março de 2019 mostra um Boeing 737 MAX 8 construído para TUI Group estacionado na fábrica da Boeing em Renton, no estado de Washington — Foto: Ted S. Warren/AP
Foto de 11 de março de 2019 mostra um Boeing 737 MAX 8 construído para TUI Group estacionado na fábrica da Boeing em Renton, no estado de Washington — Foto: Ted S. Warren/AP
O Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines caiu seis minutos depois de decolar de Adis Abeba, perto da cidade de Bishoftu, no domingo (10), deixando 157 mortos. A aeronave, que ia para Nairóbi (Quênia) é do mesmo modelo da que caiu minutos após decolar de Jacarta, na Indonésia, em outubro de 2018.
Os dados das caixas pretas do voo 302 da Ethiopian Airlines foram validados por investigadores etíopes e norte-americanos. Os investigadores conseguiram recuperar todos os dados relevantes das caixas pretas, de acordo com a ministra.
Após o acidente, mais de 50 países, entre eles os Estados Unidos (sede da fabricante) e o Brasil, suspenderam os voos ou adotaram restrições à utilização do Boeing 737 MAX 8. Pilotos também relataram ter enfrentado problemas com esse modelo de avião.
Em meio à crise, as ações da Boeing tiveram forte queda e a empresa perdeu mais de US$ 25 bilhões em valor de mercado na semana. A fabricante anunciou que vai manter a produção da aeronave, mas suspendeu a entrega dos aviões já encomendados. "Estamos fazendo uma pausa na entrega dos 737 MAX até que tenhamos uma solução", disse um porta-voz da companhia à AFP.
Neste domingo, o jornal "The Seattle Times" afirmou que os testes de segurança da Boeing para o novo sistema de controle de voo instalado nos aviões de modelo 737 MAX tinham diversas falhas. Em resposta, a fabricante divulgou um comunicado afirmando que o modelo cumpria todos os requisitos de certificação e regulação, e que ele foi certificado de acordo com os mesmos requerimentos e processos da Agência Federal de Aviação dos EUA (FAA).

Funeral simbólico

Mulheres choram ao lado de caixão durante funeral simbólico das vítimas do desastre com avião da Ethiopian Airlines, na Igreja Ortodoxa da Santíssima Trindade, em Addis Abeba, na Etiópia, neste domingo (17)  — Foto: Tiksa Negeri/ ReutersMulheres choram ao lado de caixão durante funeral simbólico das vítimas do desastre com avião da Ethiopian Airlines, na Igreja Ortodoxa da Santíssima Trindade, em Addis Abeba, na Etiópia, neste domingo (17)  — Foto: Tiksa Negeri/ Reuters
Mulheres choram ao lado de caixão durante funeral simbólico das vítimas do desastre com avião da Ethiopian Airlines, na Igreja Ortodoxa da Santíssima Trindade, em Addis Abeba, na Etiópia, neste domingo (17) — Foto: Tiksa Negeri/ Reuters
Milhares de pessoas participaram neste domingo (17) de um grande funeral simbólico em homenagem às 157 pessoas que morreram na queda do avião.
Como nenhum corpo foi recuperado após o acidente e precisam ser identificado a partir de amostras de material genético, as autoridades recolheram terra da região do acidente. Cada família enterrou 1kg e cada vítima terá agora uma lápide marcada com o seu nome no cemitério.
 — Foto: Juliane Monteiro/G1 — Foto: Juliane Monteiro/G1
— Foto: Juliane Monteiro/G1

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