Corpo de Joaquim Marques, de 3 anos, foi localizado neste domingo (10); mãe e padrasto da criança estão presos.
O corpo do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos,
foi enterrado no início da tarde desta segunda-feira (11), em São
Joaquim da Barra, onde nasceu. A movimentação na cidade ainda é grande. A
polícia montou um esquema especial de segurança para controlar o
público, que lotou o Cemitério Municipal.
Arthur Paes, pai de Joaquim, carrega caixão do filho durante enterro nesta segunda-feira (11).
O garoto morava em Ribeirão Preto e estava
desaparecido desde terça-feira (5). Seu corpo foi encontrado no domingo
(10), boiando no Rio Pardo, em Barretos, no interior de São Paulo. A mãe
de Joaquim, a psicóloga Natália Ponte, e o padrasto, Guilherme Longo,
estão presos em Ribeirão e foram impedidos pela Justiça de acompanhar o
velório e o enterro.
Necropsia feita pelo Instituto Médico-Legal
(IML) comprovou que Joaquim foi jogado morto no Córrego Tanquinho. Seu
pulmão não tinha água, o que descarta a possibilidade da morte por
afogamento.
A Justiça decretou na noite de domingo a prisão
temporária de Natália e de Longo. O casal ficará preso por 30 dias.
Após reconhecer o corpo na companhia do pai do garoto, Arthur Paes,
Natália ficou detida na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de
Ribeirão Preto. O padrasto já estava recolhido em um Batalhão da Polícia
Militar quando a prisão foi decretada.
O mistério acabou no domingo quando o dono de
um rancho localizou o corpo e chamou o Corpo de Bombeiros. O menino,
segundo a versão do casal, sumiu na madrugada de terça-feira de dentro
de casa, onde estaria dormindo. Na residência, no entanto, não havia
marcas de arrombamento.
Agora, uma das principais hipóteses é de que
Joaquim tenha sido jogado no Córrego Tanquinho, que passa perto de sua
casa e deságua no Rio Pardo. Como choveu muito durante a semana, o corpo
teria sido levado até Barretos. A polícia quer descobrir a "mecânica do
crime" a fim de esclarecer o caso.
Desde o início das buscas, a Polícia Civil
vinha concentrando os trabalhos no Rio Pardo. A suspeita aumentou após
um cão farejador da polícia apontar que o menino teria ido de sua casa
até o córrego na companhia do padrasto. Ele, por sua vez, se defendeu
dizendo que sempre ia ao córrego com o garoto e que, por isso, a
descoberta não queria dizer nada.