Globo Rural apresenta série de reportagens sobre agricultura urbana.
No RS, técnicas aproveitam pequenos espaços na produção de alimentos.
Porto Alegre tem quase 1,5 milhão de habitantes. À primeira vista é difícil associar agricultura com um monte de concreto, aço e vidro, mas no topo de um edifício da região central, em apenas 62 metros quadrados, Eduardo Solari mostra que é possível cultivar frutas e verduras.
A horta foi formada no prédio onde mora o uruguaio, que é coordenador de um movimento social.
As plantas são cultivadas pelo sistema de hidroponia e todo o alimento que necessitam é distribuído pela água que circula pelas calhas.
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Como a hidroponia depende de estufa, as mudas ficam protegidas contra
fenômenos climáticos, pragas e fuligem, já que estão em um ambiente
urbano. É possível plantar no inverno e no verão. No inverno, por
exemplo, a temperatura não baixa de 12ºC.A manutenção da horta é feita em sistema de rodízio pelos próprios moradores do prédio e o espaço encanta quem chega, garante a socióloga Anna Simão, que mora lá.
A horta em Porto Alegre funciona desde 2011. O grupo já plantou tomates, pimentões e outros legumes, que depois são transferidos para a terra, em vasos. São ervas medicinais, temperos e até árvores frutíferas.
A produção média é de mil pés de alface e de rúcula por mês. As demais espécies são cultivadas apenas de forma experimental, por isso, não há contagem.
Segundo os agricultores urbanos, o consumo de água não chega a R$ 30 por mês. O resultado da produção é consumido pelos cuidadores e distribuído para movimentos sociais. Se tem excedente é vendido para o mercado do bairro. O lucro é usado na compra de sementes, insumos e também em cursos sobre produção sustentável.
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