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sábado, 10 de dezembro de 2016

Delação de ex-diretor da Odebrecht atinge Temer e cúpula do PMDB

Cláudio Melo Filho disse que o presidente pediu, em 2014, R$ 10 milhões ao empreiteiro Marcelo Odebrecht. Presidência disse repudiar delação.

Delator da Odebrecht cita Michel Temer e outros políticos em delação
No acordo de delação premiada, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrechet Cláudio Melo Filho dedica um capítulo ao relacionamento que tinha com o presidente Michel Temer. Os relatos fazem parte de um depoimento de 82 páginas que ele deu ao Ministério Público, no qual fala sobre doações da empresa a políticos.
A informação de que Temer solicitou dinheiro à Odebrecht está em material entregue pelo executivo nos termos de confidencialidade – espécie de pré-delação que antecede a assinatura do acordo.
Em nota divulgada na noite desta sexta-feira (9), o Palácio do Planalto informou que o presidente Michel Temer "repudia com veemência" o conteúdo da delação de Melo Filho. "O presidente Michel Temer repudia com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho. As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente.", diz o texto da nota.
O ex-diretor afirmou que Temer atuava de forma "muito mais indireta, não sendo seu papel,em regra, pedir contribuições financeiras para o partido, embora isso tenha ocorrido de maneira relevante no ano de 2014".
No entanto, segundo Cláudio , ao menos uma vez Temer pediu doações pessoalmente. Foi durante um jantar no palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República. Também estavam presentes, segundo ele, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Cláudio disse: "eu participei de um jantar no Jaburu juntamente com Marcelo Odebrecht, Michel Temer e Eliseu Padilha, atual ministro da Casa Civil. Michel Temer solicitou, direta e pessoalmente para Marcelo, apoio financeiro para as campanhas do PMDB em 2014".
O delator afirma ainda que ele e Odebrecht foram recebidos no palácio por Padilha e, como Temer ainda não tinha chegado, ficaram os três "conversando amenidades em uma sala à direita de quem entra na residência pela entrada principal". "Após a chegada de Michel Temer, sentamos na varanda em cadeiras de couro preto, com estrutura de alumínio", completou.
Melo Filho também disse que, no jantar, Marcelo Odebrecht se comprometeu a pagar R$ 10 milhões. Ele afirmou ainda que o local escolhido para o encontro foi "claramente" uma opção para dar mais "impacto" ao pedido de Temer.
"Acredito que, considerando a importância do PMDB e a condição de possuir o vice-presidente da República como presidente do referido partido político, Marcelo Odebrecht definiu que seria feito pagamento no valor de R$ 10 milhões. Claramente, o local escolhido para a reunião foi uma opção simbólica voltada a dar mais peso ao pedido de repasse financeiro que foi feito naquela ocasião", afirmou o delator ao Ministério Público.
"Inclusive, houve troca de e-mails nos quais Marcelo se referiu à ajuda definida no jantar, fazendo referência a Temer como "MT", completou.
O ex-diretor disse que, do total de R$ 10 milhões prometido por Marcelo Odebrecht em atendimento ao pedido de Michel Temer, Eliseu Padilha ficou responsável por receber e alocar R$ 4 milhões.
"Compreendi que os outros R$ 6 milhões, por decisão de Marcelo Odebrecht, seriam alocados para o Paulo Skaf, na época candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB", explicou Melo Filho.
Procurado pela reportagem, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que nunca pediu e nem autorizou ninguém a pedir qualquer contribuição de campanha que não fosse regularmente declarada em suas prestações de contas eafirmou que todas elas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Ainda segundo o delator, os R$ 4 milhões foram destinados a Padilha, sendo que um dos endereços para entrega foi o escritório de advocacia de José Yunes, hoje assessor especial da Presidência da República, o que deixa a entender que o repasse foi em dinheiro vivo.
Melo Filho conta que também levou a Temer recado de Marcelo Odebrecht sobre um questionamento feito ao empreiteiro pela então presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.
O delator contou que o recado de Odebrecht para Temer era que Graça Foster havia perguntado sobre a existência de pagamentos da empreiteira a nomes do PMDB durante a campanha eleitoral de 2010.
Para fazer chegar a Temer seus pleitos, Melo Filho afirma que se valia de Eliseu Padilha ou Moreira Franco, atual secretário no Planalto, que o representavam. Essa era uma via de mão dupla, pois, segundo Melo Filho, Temer também utilizava seus prepostos para atingir interesses pessoais, como no caso dos pagamentos operacionalizados via Eliseu.
"Para fazer chegar a Michel Temer os meus pleitos, eu me valia de Eliseu Padilha ou Moreira Franco, que o representavam. Essa era uma via de mão dupla, pois o atual presidente da República também utilizava seus prepostos para atingir interesses pessoais, como no caso dos pagamentos que participei, operacionalizado via Eliseu Padilha", afirmou o delator.
Cláudio deu um exemplo de contrapartida: "Michel Temer, em uma oportunidade, esteve disponível para ouvir tema de interesse da Odebrecht. Este foi o caso de uma viagem institucional que seria realizada por Michel Temer a Portugal, país em que a Odebrecht tem atuação. Entreguei nota a Michel Temer sobre a atuação da companhia em Portugal. Esse exemplo deixa claro a espécie de contrapartida institucional esperada entre público e privado", explica Melo Filho.

Trâmite

Agora, Cláudio Melo Filho detalhará o que contou, nos próximos dias, na delação premiada propriamente dita.
Todos os depoimentos dos 77 executivos da Odebrecht que assinaram a delação serão tomados pela Procuradoria-Geral da República.
Devem ir para a homologação pelo ministro Teori Zavascki, no Supremo Tribunal Federal, depois do recesso, a partir de fevereiro ou março do ano que vem.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Acidente com avião da Chapecoense foi um 'homicídio', diz ministro boliviano


Ministro da Defesa, Reymi Ferreira, também cita suspeita de tráfico de influência na obtenção da licença da companhia LaMia.

Por G1
09/12/2016 17h49  Atualizado há 20 minutos


Tripulante da Avianca revela diálogo piloto de voo acidentado da Chapecoense (Foto: Luis Benavides/AP)
O ministro da Defesa da Bolívia, Reymi Ferreira, disse nesta sexta-feira (9) que o acidente com o avião da Chapecoense na Colômbia, que deixou 71 mortos e 6 feridos, foi um "homicídio".
"Não foi um acidente. Na realidade foi um homicídio", disse Ferreira em entrevista à rádio paraguaia ABC Cardinal. Segundo ele, se o piloto Miguel Quiroga tivesse cumprido com as normas, não se estaria lamentando a tragédia.
A aeronave levava a Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana na cidade colombiana de Medellín. Entre as vítimas estão, além dos integrantes da Chapecoense, convidados da equipe.
"Há uma norma internacional que estabelece que você tem que ter pelo menos uma hora e meia de autonomia a partir do cálculo da chegada a seu destino. E ele tinha, de acordo com o plano de voo exatamente a mesma quantidade de combustível para as quatro horas e vinte minutos que supostamente iria durar o voo”, afirmou.
O ministro disse ainda que o erro já tinha sido cometido antes. "E isso não foi feito uma vez. Essa companhia aérea, esse piloto, fez isso cinco vezes", afirmou.
Gerente preso
O gerente da LaMia, companhia aérea responsável pelo avião que caiu na semana passada, será mantido em prisão enquanto durar a investigação sobre o caso, disse uma funcionária na quinta-feira, segundo a Reuters.
Gustavo Vargas foi detido na última terça-feira e levado para delegacia, onde passou mal e teve que ser internado até a tarde de quarta-feira. O empresário é acusado de abandono do dever, uso indevido de influências e homicídio culposo, entre outros.
Segundo o ministro boliviano, um dos temas que tem que ser investigado é o processo de obtenção de licença pela LaMia.
"É preciso investigar que relação existia entre o gerente da LaMia (Vargas) e seu filho, que era um dos responsáveis da direção-geral da Aeronáutica Civil, que é a que outorga as permissões de licenças de aeronáutica. Esse é um elemento em que possivelmente há tráfico de influência", disse à rádio.
"Na Bolíva, a autorização de uma companhia aérea, ao menos desse tipo, demora muitíssimo. E chama atenção a rapidez e os poucos requisitos que foram pedidos. Há uma suspeita da parte do governo e do Ministério Público, que nesse caso está investigando, de que teria havido um tráfico de influência”, acrescentou.
Ação judicial
Autoridades bolivianas suspenderam na semana passada a licença da LaMia. No fim de semana, o comandante da Força Aérea Boliviana, Celier Aparicio, afirmou que existe ação judicial aberta contra a companhia aérea devido a uma dívida correspondente a manutenção, no valor de 335.550 bolivianos (o que equivale a cerca de R$ 162.240).
Na quinta-feira, promotores da Bolívia, da Colômbia e do Brasil se reuniram para discutir a investigação do acidente com o avião, segundo o Jornal Nacional.
O Brasil não irá participar do processo de abertura, degravação e leitura dos dados das caixas-pretas de voz e de dados do avião, de fabricação britânica em uma parceria entre a British Aerospace, BAE Systems e Avro Internacional.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) decidiu não enviar um representante para acompanhar a abertura das caixas. A informação foi confirmada ao G1 pelo centro de comunicação da Aeronáutica.


(Foto: Arte G1)

Andar e correr descalço faz bem à saúde? Estudo não encontra riscos nem benefícios


Moda de correr descalço não teve benefícios comprovados por revisão de estudos. As duas técnicas também apresentam riscos parecidos.


Por Reuters
09/12/2016 06h00  Atualizado há 1 hora


Estudo não encontrou benefícios em correr descalço em comparação a correr calçado (Foto: CDC/ Amanda Mills)
Estudos que abordam os efeitos de longo prazo do hábito de andar ou correr descalço são escassos. Uma nova revisão concluiu que há evidências limitadas da ocorrência de mais problemas nos pés relacionada a esse hábito. Além disso, não há evidência de um risco maior de lesões entre pessoas que têm esse costume, segundo a análise publicada no mês passado na revista "Medicine and Science in Sports and Exercise".
"Tendo o grande 'debate sobre andar descalço' em mente, esperávamos mais evidências de efeitos de longo prazo da locomoção sem sapatos", disse o principal autor do estudo, Karsten Hollander, do Instituto da Ciência do Movimento Humano da Universidade de Hamburgo, na Alemanha.
Algumas populações, por exemplo na África do Sul, incluem muitas pessoas que têm o hábito de ficar descalças, disse Hollander à Reuters Health. Ele e seus colegas estão atualmente preparando um estudo maior comparando crianças que andam descalças na África do Sul om crianças que andam calçadas na África do Sul e Alemanha para avaliar o desenvolvimento dos pés e a performance motora.
Na revisão publicada em novembro, Hollander e sua equipe incluiu 15 estudos que avaliaram mais de 8 mil pessoas comparando dados sobre biomecânica, performance motora e patologias observadas normalmente em pessoas que andam descalças e calçadas.
Foi observado que pessoas que andam descalças tendem a ter pés ligeiramente mais largos do que pessoas calçadas. Os índices de lesões foram similares nos dois grupos.
Não houve evidência de que pessoas descalças têm performance motora melhor em longo prazo e houve evidência muito limitada para benefícios à saúde, segundo os autores.
O corpo se adapta bem a andar ou andar descalço, segundo Hollander, "mas o corpo precisa de mais tempo para adaptar a essa nova técnica e eu acho que a quantidade de treino e recuperação que um corpo precisa é diferente para cada indivíduo".
Correr descalço
A revisão concluiu que os tipos de lesões observadas em pessoas que correm descalças ou calçadas foram diferentes, mas não há evidência que mostra que uma opção gera mais lesões do que a outra.
"Enquanto correr calçado leva a mais lesões na fascia plantar, joelho, quadril e costas, corredores descalços estão mais propensos a ter lesão no tendão de Aquiles e outros tendões na extremidade inferior", disse o autor.
"Minha opinião pessoal é que muitas pessoas poderiam se beneficiar de andar descalças", tomando cuidado para evitar riscos, afirmou Hollander. Sapatos minimalistas podem proteger os pés de perigos como cacos de vidro ou pedras. "Mas o importante é que a transição para correr descalço ou com sapatos minimalistas precisa de tempo e alguma adaptação na técnica de corrida."
No vídeo, o ortopedista Marco Demange comenta sobre a moda de correr descalço e fala sobre as vantagens de se usar um calçado que amorteça o impacto da corrida:



Ortopedista Marco Demange comenta sobre moda de correr descalço

Mulher atacada com seringa pode ter tido substância injetada no corpo


Moradora de Santos, SP, afirma ter sido atacada em ponto de ônibus. Mulher fará exame no IML nesta sexta para identificar origem da picada.
09/12/2016 05h16 - Atualizado em 09/12/2016 05h16
Do G1 Santos

Vítima de homem com seringa tem 40 anos
(Foto: Reprodução/Youtube A Tribuna)
A mulher que afirma ter sido foi atacada com uma seringa por um desconhecido em um ponto de ônibus de Santos, no litoral de São Paulo, deve passar, nesta sexta-feira (9), por exames no Instituto Médico Legal (IML) da cidade. Um retrato falado do suspeito já foi divulgado por investigadores do 2º DP de Santos.
Segundo a Polícia Civil, somente um diagnóstico mais preciso poderá identificar se a perfuração se trata da picada de uma agulha ou não. Caso a suspeita seja confirmada, também será possível saber qual teria sido a substância injetada na vítima, que apresenta dores de cabeça intensas desde a agressão.
O ataque aconteceu no início da semana enquanto a mulher de 40 anos esperava um ônibus circular em frente à Santa Casa de Santos, no bairro Jabaquara. Ela tinha levado a neta no médico e aguardava para retornar para casa, em São Vicente.
Polícia procura suspeito de atacar mulher com
seringa em Santos (Foto: Divulgação / Polícia Civil)
A vítima contou à polícia que ao embarcar no ônibus, um suspeito apareceu e ela sentiu uma picada na altura das nádegas, olhou para trás, viu o homem se afastando, mas não notou nada nas mãos dele.
De acordo com a polícia, a mulher percebeu os ferimentos apenas na hora em que chegou em casa, quando começou a sentir muitas dores na altura do local do furo. Apesar disso, ela recorda que o homem desembarcou na Vila Margarida, em São Vicente e passou algumas características físicas do suspeito para polícia.
Ela acabou sendo orientada por familiares a procurar um hospital onde mora, em São Vicente, e foi medicada contra doenças sexualmente transmissíveis já que não se sabe o que havia na seringa.
Na delegacia, os investigadores mostraram fotos de um 'maníaco da seringa' que estava agindo em São Paulo, mas nenhum deles foi reconhecido pela vítima, por isso a polícia acredita que este seja o primeiro caso, semelhante ao da capital, a acontecer na Baixada Santista. Os policiais pedem ajuda da população para encontrar o suspeito. Quem tiver informações pode entrar em contato com o 2º DP de Santos no telefone (13) 3234-6901.
Mulher aguardava em ponto de ônibus em frente à Santa Casa quando foi atacada (Foto: Reprodução)

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