Diretor diz que trabalho é muito complexo porque corpos estão muito fragmentados. Vítimas serão identificadas por DNA
Desde a chegada de três veículos do Instituto Médico Legal (IML) com restos mortais do candidato à Presidência Eduardo Campos e mais seis pessoas, mortos em acidente aéreo em Santos (SP), ao menos 50 peritos de São Paulo trabalham na identificação dos corpos. Ainda assim, segundo o diretor do instituto Ivan Mizarra, não há prazo para a liberação dos corpos das vítimas.Acidente de aeronave: Morre Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência
Mizarra
explicou ainda que os peritos buscam comparar os restos mortais por
meio de combinações genéticas e que está sendo um trabalho muito
complexo porque os corpos estão bastante fragmentados. Familiares das
vítimas, do piloto Marcos Martins e do assessor Pedro Albuquerque
Valadares Neto, foram pessoalmente ao IML fornecer material genético
para acelerar o processo de identificação. Toda a estrutura do instituto
foi direcionada para concluir o caso.
Veja imagens do acidente que matou Eduardo Campos:
Movimentação no local da queda da aeronave do candidato PSB, Eduardo Campos. (14/08). Foto: delamonica/Futura Press
No caso de Campos, o dentista do político disponibilizou uma radiografia da arcada dentária. "O trabalho [de identificação] está sendo feito o mais rápido possível para que a dor da família não se prolongue por mais tempo", disse o diretor na porta do instituto aos jornalistas. De acordo com ele, 50 pessoas entre legistas, peritos e técnicos, com acompanhamento da Polícia Federal, participam do trabalho, iniciado ontem à noite.
Morte de Campos: Vídeo exibe reconstituição de acidente aéreo
O
deputado federal Beto Albuquerque, líder da bancada do PSB na Câmara
dos Deputados, esteve pela manhã no IML e disse que recebeu informação
de que "o prazo mais otimista" para concluir os trabalhos é sábado. O
candidato ao governo de São Paulo e ex-ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, também esteve no local.
"Sempre tive muito contato com o Campos, na época
em que eu era ministro do Lula e ele também. Quando o começou o governo
de Pernambuco eu era o ministro responsavel por acompanhar as cidades.
Campos é um irmão para mim, como se fosse um irmão mais velho", lamentou
o político.
O acidenteA colisão ocorreu na quarta-feira (13), em Santos, quando o avião refazia os procedimentos para pouso no município vizinho de Guarujá, após arremeter na primeira tentativa, por mau tempo. Além de Campos, morreram Pedro Valadares, assessor direto; Carlos Augusto Percol, assessor de imprensa; Marcelo Lira, cinegrafista; e Alexandre Severo, fotógrafo oficial, além dos pilotos da aeronave Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, Marcos Martins e Geraldo da Cunha.
*com Agência Brasil
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