Segundo o estudo, realizado por um grupo de cientistas do Reino Unido, China e Alemanha e publicado na revista científica Nature, o animal aquático é microscópico e representa a fase mais primitiva da evolução que levou aos peixes e, eventualmente, aos humanos.
O Saccorhytus é um exemplar primitivo de uma categoria animal conhecida como deuterostômios, que são ancestrais comuns para várias espécies, entre elas as incluídas entre os animais vertebrados.
- Como a descrença de cirurgiões leva pacientes resistentes a anestesia a sentirem dores terríveis
- Como a geografia e a economia do lugar onde nascemos influencia o modo como vemos o mundo
Os cientistas não encontraram indícios de que o Saccorhytus tinha ânus, o que sugere que o consumo de comida e as excreções eram feitos pelo mesmo orifício.
"Acreditamos que, por se tratar de um deuterostômio primata, ele pode representar a fase primitiva de diversas espécies, inclusive de nós, humanos. Todos os deuterostômios tinham um ancestral comum, e provavelmente seja desse animal que se trata."
Para o pesquisador da Universidade de Northwest, na China, Degan Shu, "o Saccorhytus nos permite um olhar significativo sobre as primeiras fases da evolução de um grupo que levou aos peixes e até nós, humanos".
Estrutura
Até a descoberta recente, os grupos de deuterostômios já conhecidos eram de 510 a 520 milhões de anos atrás. Eles já haviam se diversificado e transformado em vertebrados - um grupo a que nós e nossos ancestrais pertencemos, e animais como estrelas e ouriços do mar.Os deuterostômios são muito diferentes entre si, o que dificulta a identificação, pelos cientistas, de como seria a aparência de um ancestral da espécie.
Segundo o estudo, o corpo é simétrico - uma característica herdada por muitos descendentes evolucionários, inclusive humanos.
O Saccorhytus também era coberto por uma pele final, relativamente flexível, e possuía músculos, o que levou cientistas a concluírem que ele se movimentava ao contraí-los, se retorcendo.
Para os pesquisadores, a característica mais marcante do animal é a boca grande em relação ao resto do corpo. Segundo o estudo, ele se alimentava engolindo partículas de alimentos e até de outras criaturas.
Outra característica são as estruturas cônicas do corpo, que poderiam permitir que a água engolida escapasse, o que poderia representar uma versão muito precoce das guelras, presentes hoje em peixes e outros animais aquáticos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário