O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, já reagiu às sanções à Rússia anunciadas esta quinta-feira por Barack Obama.
Reuters
Carla Pedro cpedro@negocios.pt | David Santiago dsantiago@negocios.pt29 de Dezembro de 2016 às 23:50
Donald Trump, que no dia 20 de Janeiro é empossado como presidente dos Estados Unidos, reagiu esta noite às sanções contra a Rússia anunciadas pelo ainda presidente Barack Obama, decretadas em resposta à alegada interferência russa nas presidenciais norte-americanas de 8 de Novembro.
O próximo residente da Casa Branca comunicou que na próxima semana irá reunir-se com responsáveis dos serviços de inteligência norte-americanos para com eles debater a conclusão a que chegaram: a de que a Rússia pirateou os emails do Partido Democrata para "provocar ruído" nas eleições presidenciais de 8 de Novembro.
Esta posição, sublinha a Bloomberg, poderá revelar uma possível mudança de atitude de Trump em relação às suas primeiras reacções, quando repeliu a possibilidade de qualquer envolvimento dos russos.
No seu comunicado, Trump diz que "está na altura de cuidarmos das nossas vidas e de centrar as atenções em coisas maiores e melhores". "No entanto", prosseguiu, "no interesse do nosso país e do seu grande povo, reunir-me-ei com os líderes da comunidade dos serviços de inteligência, na próxima semana, para ser actualizado sobre os factos em torno desta situação".
Obama anunciou hoje a aplicação de um conjunto de sanções à Rússia, que passa pela expulsão de território norte-americano de 35 diplomatas e operacionais dos serviços de inteligência russos e pelo encerramento de dois complexos (Nova Iorque e Maryland) de dois serviços de informação russos, o GRU e o FSB.
Tratou-se de uma decisão sem precedentes que, em comunicado, a Casa Branca justifica com "as actividades significativas" de pirataria informática que considera "inaceitáveis e que não serão toleradas".
Tratou-se de uma decisão sem precedentes que, em comunicado, a Casa Branca justifica com "as actividades significativas" de pirataria informática que considera "inaceitáveis e que não serão toleradas".
Recorde-se que nas últimas semanas da campanha eleitoral para as presidenciais de 8 de Novembro, que Trump viria a vencer, o Wikileaks foi publicando a conta-gotas – à cadência de cerca de uma notícia diária – informações comprometedoras não apenas para o Partido Democrata mas também, e em especial, para Hillary Clinton.
(notícia actualizada às 00:12 de sexta-feira, 30 de Dezembro)
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