Argentina, Venezuela e Paraguai podem registrar casos da doença pela proximidade com o Brasil. Surto já matou 60 pessoas em três estados brasileiros.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta para a circulação da febre amarela em outros países da América do Sul, além do Brasil.
Segundo a entidade, Argentina, Venezuela e Paraguai podem registrar casos da doença, já que fazem fronteira com estados brasileiros onde a febre amarela está presente e possuem ecossistema parecido com o das regiões brasileiras onde há registro da doença.
De acordo com o comunicado, as fronteira de Roraima com a Venezuela, do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e do Paraná com o Paraguai e com a Argentina são as áreas que merecem os maiores cuidados, pois já foram registrados casos de febre amarela.
A doença no Brasil
De acordo com o último levantamento do Ministério da Saúde, 60 pessoas morreram em decorrência da febre amarela no Brasil. Destas, 53 são de Minas Gerais, quatro no Espírito Santo e três em São Paulo.
Desde o início do surto, os órgãos de saúde brasileiros foram informados de 150 suspeitas de morte por febre amarela - 87 ainda estão em análise e três foram descartadas. Tocantins, que no último boletim tinha apenas uma notificação, agora apearece na lista com uma morte em investigação.
Até então, o país recebeu 921 notificações da doença, sendo que 804 ocorreram em Minas Gerais. Deste valor total, 702 estão em investigação, 161 foram confirmadas e 58 descartadas.
A própria OMS já havia dito que o surto de febre amarela chegaria a outros estados do Brasil. Até agora, casos da doença foram notificados nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo, Distrito Federal (todos descartados), Goiás e Mato Grosso do Sul.
"Espera-se que casos adicionais sejam detectados em outros estados do Brasil devido ao movimento interno de pessoas e de macacos infectados, além do baixo nível de cobertura vacinal em áreas que antes não estavam em risco de transmissão de febre amarela", disse o boletim.
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