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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Telescópio espacial capta imagem rara de morte de estrela

Hubble revela a beleza das nuvens de gás e poeira que formam a Nebulosa do Ovo Podre - chamada assim por conter muito enxofre.


No fenômeno, jatos de gás e poeira são lançados em direções opostas (Foto: ESA/Hubble NASA - Judy Schmidt) No fenômeno, jatos de gás e poeira são lançados em direções opostas (Foto: ESA/Hubble NASA - Judy Schmidt)
No fenômeno, jatos de gás e poeira são lançados em direções opostas (Foto: ESA/Hubble NASA - Judy Schmidt)
O telescópio espacial Hubble registrou o momento exato da morte de uma estrela, um fenômeno que os astrônomos raramente conseguem ver.
A imagem mostra uma estrela, chamada de gigante vermelha, no seu estágio final, no qual libera nuvens de gás e poeira para se transformar em uma nebulosa planetária.
A imagem da Nebulosa Cabalash foi divulgada pela ESA e pela Nasa, as agências espaciais europeia e americana, respectivamente.
Por conter muito enxofre, ela também é chamada de Nebulosa do Ovo Podre - quando combinado com outros, o elemento produz um mau cheiro característico, que lembra o de um ovo estragado.
"Por sorte, o fenômeno acontece a 5 mil anos-luz da Terra, na constelação de Puppis (ou Popa)", diz, com bom humor, a ESA em uma nota sobre a descoberta.

'Num piscar de olhos'

Os jatos de gás - que aparecem em amarelo - e a poeira cósmica são liberados em direções opostas a uma velocidade de um milhão de quilômetros por hora, explicam os cientistas.
Os astrônomos dificilmente conseguem capturar essa fase da evolução das estrelas porque ela se dá "num piscar de olhos, em termos astronômicos", segundo a ESA.
No cálculo dos cientistas, a nebulosa terá se desenvolvido completamente daqui mil anos.
As estrelas têm diferentes fases de evolução, que duram bilhões de anos. Quase no fim da vida, elas se transformam em gigantes vermelhas, que se tornam nebulosas planetárias e, por último, anãs brancas.
Os astrônomos calculam que o Sol, por exemplo, se tornará uma gigante vermelha daqui cinco bilhões de anos.
Quando isso ocorrer, afirmam os cientistas, ele ficará 200 vezes maior e deverá "engolir" os planetas do Sistema Solar, entre eles a Terra.

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