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sexta-feira, 5 de abril de 2019

Nicolás Maduro expulsa militares que reconheceram Juan Guaidó como presidente da Venezuela

Por France Presse
 

Foto de 2014 mostra o diplomata e ex-diretor de inteligência militar venezuelano Hugo Carvajal em encontro com Nicolás Maduro — Foto: Miraflores Palace/ReutersFoto de 2014 mostra o diplomata e ex-diretor de inteligência militar venezuelano Hugo Carvajal em encontro com Nicolás Maduro — Foto: Miraflores Palace/Reuters
Foto de 2014 mostra o diplomata e ex-diretor de inteligência militar venezuelano Hugo Carvajal em encontro com Nicolás Maduro — Foto: Miraflores Palace/Reuters
O regime de Nicolás Maduro na Venezuela expulsou 13 oficiais das Forças Armadas, incluindo dois generais da reserva, que reconheceram o opositor Juan Guaidó como presidente interino do país.
Entre os expulsos, está o general Hugo Carvajal, que dirigiu os serviços de Inteligência militar no governo de Hugo Chávez (1999-2013). O regime também expulsou o general Carlos Rotondaro, ex-ministro da Saúde.
Nicolás Maduro fala a correligionários no Palácio de Miraflores, em Caracas, nesta quinta-feira (4) — Foto: Francisco Batista/Venezuelan Presidency/AFPNicolás Maduro fala a correligionários no Palácio de Miraflores, em Caracas, nesta quinta-feira (4) — Foto: Francisco Batista/Venezuelan Presidency/AFP
Nicolás Maduro fala a correligionários no Palácio de Miraflores, em Caracas, nesta quinta-feira (4) — Foto: Francisco Batista/Venezuelan Presidency/AFP
Carvajal foi acusado de "atos de traição à pátria", segundo o Diário Oficial de 20 de março, pelas recentes declarações conclamando os militares a se rebelar contra Maduro. O militar culpa o líder chavista pelo que chama de "desastrosa realidade" da Venezuela.
Trata-se de uma medida de "exemplo", "disciplinar", cujas consequências a Justiça estabelecerá, destaca o decreto. Carvajal exerceu funções no governo chavista até 2017.

Militares formam base de apoio a Maduro

Militares permanecem na sede da Guarda Nacional Bolivariana de Cotiza, na Venezuela, nesta segunda-feira (21)  — Foto: Yuri Cortez / AFPMilitares permanecem na sede da Guarda Nacional Bolivariana de Cotiza, na Venezuela, nesta segunda-feira (21)  — Foto: Yuri Cortez / AFP
Militares permanecem na sede da Guarda Nacional Bolivariana de Cotiza, na Venezuela, nesta segunda-feira (21) — Foto: Yuri Cortez / AFP
O alto comando militar manifesta com frequência "lealdade incondicional" ao regime de Nicolás Maduro. Ao fazer isso, as Forças Armadas ignoram os apelos de Guaidó e dos Estados Unidos, que prometem anistia e fim das sanções impostas aos desertores – Carvajal e Rotondaro estão nesse rol.
Em fevereiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a exigir que os militares deixem o apoio ao regime chavista. Caso contrário, ameaçou o republicano, eles podem "perder tudo".
O decreto de expulsão publicado pelo regime de Maduro afirma que os oficiais expulsos "pretendiam, mediante atos hostis, violentos e o desconhecimento das autoridades legalmente constituídas, mudar a forma republicana da Nação".
Os militares têm amplo poder político e econômico no governo chavista, dirigindo ministérios estratégicos como Defesa, Interior, Agricultura, Alimentação e a chefia da estatal do petróleo PDVSA.

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