Alan Garcia, que governou o Peru por duas vezes, era acusado de receber propina da construtora brasileira Odebrecht. Ele sempre negou as acusações.
Por Jornal Nacional
Com a polícia em casa para prendê-lo, ex-presidente do Peru se suicida
O ex-presidente peruano Alan Garcia se suicidou nesta quarta-feira (17), ao receber ordem de prisão por envolvimento em corrupção com a construtora Odebrecht.
A polícia foi à casa de Alan Garcia por volta das 6h para cumprir o mandado de prisão. O ex-presidente pediu para ir ao quarto, falar com os advogados. Pouco tempo depois os policiais ouviram o tiro. Garcia disparou na própria cabeça. Ele chegou a ser levado ao hospital, mas morreu poucas horas depois.
Com a notícia, houve confusão entre os apoiadores de Garcia que se reuniam em frente ao hospital e a tropa de choque, que cercava o lugar.
Alan Garcia governou o Peru por duas vezes. A primeira entre 1985 e 1990. E depois em um segundo mandato em 2006. Ele era acusado de receber propina da construtora brasileira Odebrecht e sempre negou as acusações.
Como um desdobramento da Operação Lava Jato no Brasil, em 2016 a Odebrecht fechou um acordo com promotores americanos em Nova York.
A empresa admitiu que pagou US$ 439 milhões em propinas para autoridades de 11 países. Desse dinheiro, US$ 29 milhões foram para políticos peruanos.
Garcia é o quarto ex-presidente peruano que a Justiça manda prender por causa da Lava Jato. Ollanta Humala está em liberdade condicional, Pedro Pablo Kuczynski foi preso na semana passada e internado com hipertensão na terça-feira (16).
O ex-presidente Alejandro Toledo está foragido nos Estados Unidos. A Justiça peruana pede a extradição dele há dois anos.
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