O presidente da Cissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), deputado Domingos Dutra(PT/MA), está no Unaí (MG) participando da Reunião Nacional da Cissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae).
O principal objetivo do encontro é pressionar para que haja avanços no processo sobre o julgamento dos acusados da chacina de três fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho em Unaí, em janeiro de 2004, a mando de agricultores da região que faziam uso da prática de trabalho escravo.
A reunião conta c a presença do ministro do Trabalho, Brizola Neto, que irá cobrar as autoridades sobre a morosidade do processo e, também, dará destaque à prática de trabalho escravo ainda existente na região.
A titular da 9ª Vara Federal de Minas Gerais, Raquel Vasconcelos, que conduz o processo se deu por incpetente no julgamento do mesmo e suspendeu a audiência agendada para esta segunda-feira (28). Assim, devolveu o processo para a Vara de Unaí atrasando ainda mais a conclusão dessa sangrenta e lamentável história.
“A decisão da juíza Raquel Vasconcelos de devolver o processo à Vara de Unaí, é a mesma coisa que colocar galinha na boca da raposa, uma vez que o tribunal do júri pode está viciado c a pressão de mandantes poderosas econômica e politicamente”, declara o deputado Domingos Dutra ao informar irá tentar reverter a decisão da juíza junto ao presidente do Supremo Tribunal Federal(STF), Joaquim Barbosa, e aos ministros do Superior Tribunal de Justiça(STJ).
Entenda o caso – Em 28 de janeiro de 2004, os corpos dos auditores fiscais do Trabalho, Ailton Pereira de Oliveira, Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage; e o motorista do Ministério do Trabalho e Emprego Nelson José da Silva foram encontrados na zona rural do município de Unaí (MG).
Investigações policiais concluíram que Antério Mânica, Norberto Mânica, Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro seriam os mandantes das mortes. Eles estariam incodados c autuações dos fiscais, que apontaram uma série de irregularidades cetidas contra trabalhadores em propriedades dos suspeitos.
Passados quase 10 anos, até agora o julgamento dos mentores intelectuais do delito não foi concluído. Mas cinco hens – Francisco Elder Pinheiro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios, William Ges de Miranda e Humberto Ribeiro dos Santos- estão presos por supostamente haverem executado os funcionários públicos.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438/2001 foi aprovada por 360 votos em segundo turno, no dia 225/2012, na Câmara dos Deputados, após nove anos de negociação. Três dias depois a PEC seguiu para o Senado e até hoje ainda não tem relator para a matéria.
A principal medida da PEC 4381 determina o confisco de propriedades em que for flagrado trabalho escravo e entregue para reforma agrária ou uso social. De acordo c Domingos Dutra, “o Senado tem se especializado em não aprovar matérias importantes ao país, co a PEC do Trabalho Escravo, por exemplo”.