Sete seleções das Américas avançam para o mata-mata, número que jamais foi alcançado na história dos Mundiais
O bom futebol mostrado pelas seleções da América Latina na Copa do Mundo do Brasillevou os times da região ao seu melhor desempenho na primeira fase da história do torneio, com a classificação de pelo menos sete seleções para a segunda fase.
Com Brasil, Argentina, México, Chile,Colômbia, Costa Rica e Uruguai confirmados nas oitavas, esse recorde teve um sabor especial: este é o primeiro torneio realizado na região em 28 anos --o último foi no México em 1986.
O recorde anterior, de seis equipes classificadas, foi visto na Copa da África do Sul em 2010, quando brasileiros, uruguaios, argentinos, mexicanos, chilenos e paraguaios avançaram.
E há ainda a chance, por mais difícil que seja, de ampliar o sucesso latino-americano, caso o Equador consiga superar a promissora seleção da França e conte com um tropeço dos suíços para também avançar.
Após as classificações antecipadas de Costa Rica e Chile nos dois grupos considerados os mais difíceis da Copa --B e D--, com vitórias heróicas sobre as campeãs mundiais Itália e Espanha, respectivamente, somadas ao avanço da Colômbia, os ânimos com o futebol latino-americano cresceram.
Confirmando o favoritismo, o Brasil classificou-se em primeiro lugar do Grupo A da Copa do Mundo após bater Camarões por 4 x 1 em Brasília na segunda-feira, ganhando a confiança que faltou nas primeiras duas partidas. Já o México, adversário de grupo que representou um grande empecilho para o Brasil na segunda partida da chave, confirmou a classificação em cima da Croácia ao vencer por 3 x 1.
A Argentina pegou um grupo fácil, com Irã, Bósnia Herzegovina e Nigéria, e mesmo sem brilhar e sofrendo para vencer bósnios e iranianos, o time encabeçado por Lionel Messi confirmou o favoritismo e já assegurou vaga nas oitavas, mesmo antes de enfrentar a Nigéria.
Já o Uruguai ficou por um fio. Enquanto a Costa Rica foi a "zebra" da Copa, prevalecendo em um grupo com três campeões mundiais, seu adversário de chave sul-americano suou para conseguir a vaga com vitórias em cima de Inglaterra e da Itália, após perder o primeiro jogo para os próprios costarriquenhos.
Problemas no mata-mata
Mas, como diz o popular ditado, felicidade dura pouco, e a segunda fase do torneio não começará promissora para os latino-americanos, com dois confrontos já nas oitavas de final entre equipes da América do Sul.
Na primeira partida das oitavas, no sábado, o Brasil pega o Chile em Belo Horizonte, com ambas as equipes admitindo as dificuldades dessa partida.
"Se eu pudesse escolher, escolheria uma outra seleção porque acho (a chilena) a mais difícil por se tratar também de uma seleção sul-americana. Catimba, qualidade, organização, tudo isso o Chile tem", disse o técnico Luiz Felipe Scolari sobre o próximo rival do Brasil na Copa.
O meia chileno Arturo Vidal prevê um jogo equilibrado. "Vai ser uma partida difícil, é complicado jogar contra eles porque são eles que estão organizando o Mundial e porque têm jogadores de alto nível. Conheço todos porque estão nas melhores ligas do mundo... esperamos enfrentá-los da melhor maneira", afirmou.
Enquanto isso, os colombianos enfrentarão os uruguaios nas oitavas, e quem prevalecer pegará o vencedor de Brasil e Chile nas quartas de final --então, dentre esses quatro sul-americanos sobrará apenas um em uma das semifinais.
Já o México enfrentará uma pedreira pela frente, a Holanda, que tem a melhor campanha da Copa até agora, com três vitórias em três jogos e dez gols marcados.
Caso avancem sobre os holandeses, no entanto, os mexicanos correm o risco de disputar as quartas de finais com a Costa Rica, caso ela vença a Grécia nas oitavas.
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