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sábado, 19 de outubro de 2013
‘Bolsa Família é pancada na velha política do coronelismo’, diz ministro da CGU.
Para Jorge Hage, é necessário aperfeiçoar os
controles, apertar a fiscalização contra fraudes e melhorar a gestão do
programa: 'O calcanhar de Aquiles são os municípios'
Auditoria da Controladoria Geral da União realizada em
401 municípios, num universo de 11.686 residências que recebem a Bolsa
Família, aponta que é necessário apertar a fiscalização contra fraudes e
melhorar a gestão do programa.
“O calcanhar de Aquiles são os municípios. Faltam
gestores capacitados para fiscalizar e executar a compatibilidade dos
benefícios com as condicionalidades”, disse ao iG
, o ministro Jorge Hage, da CGU. Tereza Campello ao iG: ‘Não se consertam 500 anos em 10 anos’ Conheça a nova home do Último Segundo Infográfico: 10 anos do Bolsa Família em números
“A reação da elite é compreensível: o povo pobre não
depende mais do coronel local. O Bolsa Família é uma pancada na velha
política do coronelismo”, cutuca Hage. “O que precisamos é aperfeiçoar
os controles”, admite. Renato Araújo/Agência Brasil
Para Jorge Hage, é preciso aumentar a fiscalização do Bolsa Família nos municípios
Ele afirma que os casos de recebimentos
indevidos, detectados entre vereadores eleitos em 2012, representam 3%
dos beneficiários e são pequenos diante da dimensão do programa.
“Seria ingenuidade imaginar que num programa
que chega a 14 milhões de famílias e distribui mais de R$ 20 bilhões por
ano não tentassem praticar desvios. O que não podemos, jamais, é baixar
a guarda”, avisa Hage, que há sete anos, desde que tomou posse, está na
linha de frente da guerra de “gato e rato” entre os órgãos de controle e
os aproveitadores de plantão.
Foi da CGU, por exemplo, a recomendação para que o
Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) incluísse, já em 2008, no
sistema um programa que rastreia e cruza informações sobre vereadores
eleitos e os benefícios.
A medida surtiu um efeito surpreendente este ano: 2.272
vereadores foram flagrados recebendo o benefício mesmo depois da posse,
em fevereiro deste ano. Na depuração, constatou-se que 104 casos não
estavam irregulares e foram reincorporados ao cadastro, mas 2.168
acabaram cancelados. Leia mais sobre os 10 anos do Bolsa Família: Bolsa Família é modelo que atende cinco mil famílias em Nova York Berço do Bolsa Família, Itinga ainda caminha para espantar a miséria Fiscalização aponta falhas de Itinga na gestão do Bolsa Família Vídeo: Vinte anos depois, moradora cobra casa prometida por Lula Vídeo: ex-verdureira vira empresária. "Minha vida é uma glória"
Se por um lado a descoberta mostra pagamentos
irregulares, por outro revela a inclusão de uma pequena fatia dos alvos
do Bolsa Família – que chegaram às Câmaras Municipais e, portanto, a
melhores salários –, nos sistemas políticos municipais.
A dificuldade em esclarecer se determinada família está
ou não incluída entre os beneficiários é um dos defeitos da legislação
que define os critérios do programa: a lei não obriga a comprovação da
renda, ou seja, o candidato ao benefício apenas declara que tem renda
inferior aos R$ 140,00 e passa a integrar o cadastro.
Para o ministro Hage, eventuais mudanças nesse critério
só podem ser feitas pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Ele
afirma, no entanto, que graças às sugestões da CGU e do Tribunal de
Contas da União (TCU), o MDS vem aperfeiçoando os controles e agindo
rapidamente diante da constatação de irregularidades.
No caso dos vereadores, o pagamento irregular foi
descoberto assim que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou
em seu banco de dados a lista dos eleitos em 2012. O resultado sai de um
rastreamento automático, que acessa também o banco de dados de outros
órgãos públicos. Nele estão informações sobre crédito, programas
sociais, formação de empresas, propriedade de veículos e até doações
eleitorais para confrontar informações. Não escapam nem os sistemas de
crédito a agricultura familiar ou novos donos de carro usado.
Segundo o relatório da CGU, o pente fino localizou um
total de 664.978 benefícios irregulares – 273.263 deles em 2011 e
391.715 no ano passado –, num total de R$ 73.582.456,11. No lugar dos
que foram cancelados, entrou um número idêntico de famílias que
aguardavam na fila.
O levantamento também constatou que em 31% das famílias
entrevistadas, as informações cadastrais estavam desatualizadas, 31,4%
delas não foram localizadas nos endereços registrados no cadastro do MDS
e em 9,3% havia indícios de renda superior. Constatou-se também que em
51 dos 401 municípios não havia acompanhamento das condicionalidades
(frequência escolar, vacinação, atendimento a gestantes, etc.), 81 não
tinham acesso a informações básicas e em outros 128 faltavam meios
adequados para atuar.
O ministro Jorge Hage diz que apesar das falhas, o Bolsa
Família tem comprovada eficácia no rompimento do ciclo da pobreza, com a
transferência direta de renda, acesso a saúde, educação e assistência
social.
“Duvido que algum governante tenha coragem de mexer no
Bolsa Família”, desafia o ministro. Segundo ele, os índices de
irregularidade podem ser considerados baixos quando comparados com a
eficácia do programa e a capacidade do governo em corrigi-lo.
Ele admite, no entanto, que como se trata de um programa
de responsabilidade compartilhada, é necessário fortalecer os
municípios, melhorando a gestão, capacitando as instâncias de controle
social e facilitando o acesso aos bancos de dados. Garante também que o
Bolsa Família melhorou a cidadania e o exercício do voto livre.
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