A violência no trânsito, que já foi exclusividade masculina, chegou de vez às mulheres. A médica oftalmologista Kátia Vargas Pereira, de 45 anos, segundo conclusão da polícia baiana e a versão de testemunhas, depois de um desentendimento banal, perseguiu, atropelou e matou os irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, de 21 e 23 anos, respectivamente, que estavam em uma motocicleta na Avenida Oceânica, em frente ao Ondina Apart Hotel, no bairro de Ondina - Salvador - BA. O crime aconteceu na manhã da última sexta-feira (11/10). Ela deve ser indiciada por duplo homicídio com dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de matar, segundo informações da delegada Jussara Souza, titular da 7ª Delegacia (Rio Vermelho), que investiga o caso.
Segundo a policial, as imagens colhidas por câmeras de segurança
são “conclusivas” e mostram que a médica teve a clara intenção de
causar o acidente, que aconteceu depois de um desentendimento
corriqueiro no trânsito. O carro da médica, um Kya/Sorento, aparece em alta velocidade atrás da moto, o que leva a crer que o acidente foi proposital.
- Depois que teve o desentendimento, ele (Emanuel) bate no vidro do carro
reclamando da fechada e sai. Aí ela correu atrás deles e existe um
toque (do carro na moto). Ela vai ser indiciada por homicídio doloso -
explicou Jussara.
Kátia Vargas Pereira e os irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias (foto: reprodução) |
Quem assistiu ao acidente confirma a versão da polícia. O lavador de carros Maurício França de Jesus, por exemplo, contou que houve uma discussão entre os jovens e a médica, por causa de uma "fechada" que o Kya/Sorento teria dado na motocicleta na esquina da Rua do Escravo Miguel com a Avenida Oceânica, centro de Salvador.
- Ela fechou a
moto, daí começaram a discutir. Ela deixou ele acelerar e depois bateu
nele por trás. Depois ela saiu bambeando com o carro e bateu -
esclareceu Maurício.
Este é mais um capítulo da novela que mostra a violenta batalha travada diuturnamente nas ruas do país por motoristas, motociclistas e pedestres, tudo sob o olhar de autoridades complacentes e leis frouxas, que só fazem beneficiar criminosos para quem a vida humana não tem nenhum valor. Não demora muito e a médica, como inúmeros outros envolvidos em acidentes da mesma natureza, vai pagar uma fiança e voltar para as ruas. Até quando?
HOJE ELA SE ENCONTRA NO PRESIDIO FEMININO.
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