Um aposentado paquistanês foi condenado a 13 anos de prisão, após traficar uma menina surda-muda para Reino Unido e mantê-la como escrava sexual durante 9 anos. Em 2000, a menina, cujo nome não foi divulgado, saiu do Paquistão com a promessa de trabalhar como ajudante doméstica para Ilyas Ashar, de 84 anos, e a esposa dele Tallat Ashar, de 68 anos. Ao chegar na casa do casal, ela foi escondida em uma espécie de cela na adega, repetidamente estuprada e agredida. Nesta semana, foi anunciada a condenação do idoso e da mulher, que ficará na prisão por cinco anos.
Segundo informações do jornal inglês The Independent, Ilyas Ashar e Tallat também usaram o nome da menina para fraudar o sistema público e conseguir benefícios para imigrantes.
Ao anunciar a sentença do casal, o juiz Peter Lakin disse: “Vocês, Ilyas Ashar e Tallat Ashar, não trataram esta menina como um ser humano. Para vocês, ela era apenas um objeto a ser usado, abusado e abandonado à vontade. Durante esse processo, nenhum de vocês mostrou qualquer remorso. Vocês são pessoas profundamente desagradáveis, altamente manipuladoras e desonestas”.
Atualmente com 20 anos, a jovem surda-muda aprendeu língua de sinais e pôde contar ao júri de Manchester, em audiência anterior, que não pedir ajuda no tempo em que esteve escravizada porque não podia falar com estranhos. Ela destacou que foi vítima de constantes agressões físicas e estuprada diversas vezes por Ilyas Ashar.
Detalhes do calvário da jovem só foram descobertos em 2009, quando policiais federais foram até a casa do casal paquistanês investigar denúncias de atividades ilegais e a encontraram. O casal foi preso imediatamente. Após ouvirem a sentença, eles vão continuar na cadeia.
A polícia britânica está procurando agora uma meio de encontrar familiares da menina no Paquistão e mandá-la de volta.
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