Mancha de óleo chegou até praia de Ilha de Maré.
COMO FICA MINHA PESCARIA?.
E OS BANHISTAS COMO FICAM?
Parte dos 5 mil litros de óleo que vazou do navio de bandeira norueguesa NCC Jubail, no último sábado à noite, no Porto de Aratu, atingiu a Praia de Bananeiras, na Ilha de Maré, no interior da Baía de Todos os Santos. Uma mancha de óleo com aproximadamente três metros de largura com mais de 300 de comprimento chegou à praia da localidade no final da manhã desta segunda.
Técnicos do Centro de Recursos Ambientais (CRA) e da empresa Hidroclin, contratada do Porto de Aratu, tentam impedir que o óleo se espalhe para outras praias e chegue à área de manguezal em torno da ilha. Bóias flutuantes e bombas de sucção estão sendo utilizadas para retirar o óleo. Nesta terça, funcionários do CRA e da Hidroclin devem fazer a limpeza da areia da praia atingida.
O navio NCC Jubail foi contratado pela empresa Grannel, de Salvador, para transportar seis mil toneladas de produtos químicos (MTBE e Isopreno) para o Porto de Amsterdã, na Holanda, e deveria ter zarpado do Porto de Aratu no sábado à noite. Numa manobra até agora considerada imprecisa, a embarcação acabou colidindo a popa (parte detrás, do lado direito) com um dos píeres de atracação, provocando um rombo no casco, de mais de três metros de diâmetro, próximo à linha d`água, o que a impede de navegar em mar aberto.
A Capitania dos Portos determinou que a embarcação permaneça no Porto de Aratu e que só possa seguir viagem depois que apresentar condições seguras de navegabilidade. A carga de produtos químicos permanecerá no navio, uma vez que, segundo técnicos da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), não oferece riscos, por estar em um compartimento afastado do local do acidente. O navio avariado está cercado por bóias flutuantes para evitar novos vazamentos.
Ilha de Maré – A diretora do CRA, Beth Wagner, explicou que a área do vazamento em torno do navio já está controlada, mas admitiu que em Ilha de Maré a mancha chegou à praia. “Felizmente não se espalhou para a área de manguezais, que existe em torno da ilha, o que seria um dano ainda maior”, disse. Beth explicou, ainda, que junto com a Capitania dos Portos estuda a aplicação de multa que pode chegar a R$ 50 milhões por mês.
O encarregado de operações do Porto de Aratu, Paulo Marcelo dos Santos, explicou que, com o acidente, o movimento no Porto de Aratu fica prejudicado. O porto recebe, em média, cinco navios por dia, a maioria deles vem buscar produtos petroquímicos e derivados de petróleo exportados pelo Pólo Petroquímico de Camaçaçari. São cinco píeres de atracação, dos quais dois são para derivados líquidos, dois de produtos sólidos e um de produtos gasosos químicos.
Imperícia – Segundo operadores portuários em Aratu, o navio se preparava para deixar o porto, em uma manobra de ré, quando colidiu com um dos píeres de atracação do lado direito da embarcação. O navio chegou ainda a avançar alguns metros em direção ao largo do Porto, o que provocou o derrame de óleo hidráulico, que movimenta as máquinas. Além do rombo de mais de três metros de diâmetro, a lateral do navio ficou avariada com o impacto, indicando que, na hora da colisão, ele não parou de imediato. “Isso pode ter sido determinante para o fato de que parte dos cinco mil litros de óleo tenha vazado além das bóias de proteção que foram colocadas em redor da embarcação, avançando em direção à Ilha da Maré”, disse o coordenador de operações Paulo Marcelo Santos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário