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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Clinton e Trump tentam ganhar votos dos indecisos na véspera da eleição


Pesquisa mostra democrata com 47% dos votos e republicano com 43%. Comício de Hillary terá Bon Jovi. Trump vai visitar Flórida e mais 2 estados.
07/11/2016 06h48 - Atualizado em 07/11/2016 11h59

Do G1, em São Paulo


A democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump realizam uma maratona nesta segunda-feira (7), na tentativa de ganhar os votos dos indecisos na corrida à Casa Branca na véspera da votação. As agendas estão concentradas naqueles estados onde as pesquisas indicam que a disputa está mais acirrada.
O milionário Donald Trump chegou nesta manhã à Florida, estado importante na disputa, onde os dois candidatos estão empatados. Do lado democrata, Obama também terá agenda de campanha na Flórida para apoiar Hillary.
Trump seguirá então para a Carolina do Norte, Pennsylvania e New Hampshire, segundo a diretora de campanha, Kellyanne Conway, citada pela agência Associated Press. Os estados são considerados fundamentais para conseguir a vitória nesta terça-feira (8).
Candidato republicano, Donald Trump, e a candidata democrata, Hillary Clinton, fazem maratona no último dia de campanha antes da eleição presidencial (Foto: Mike Segar/Carlos Barria/ Arquivo/ Reuters)
"O impulso está do nosso lado", disse neste domingo o presidente do Comitê Nacional do Partido Republicano, Reince Priebus, à rede de televisão ABC. "Se ganharmos um estado como Michigan, verão que isto estará liquidado".
Já Hillary Clinton aposta em um grande encerramento de campanha. Em um comício à noite na Philadelphia, ela terá as participações dos músicos Bruce Springteen e Bon Jovi. O evento também reunirá no mesmo palanque o seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, o atual presidente Barack Obama e popular primeira-dama, Michelle Obama.
Pesquisas
Uma pesquisa ABC News/Washington Post divulgada nesta segunda-feira mostra a candidata democrata com uma vantagem de quatro pontos percentuais sobre Donald Trump, segundo a Reuters.
Nessa pesquisa com 1.763 possíveis eleitores norte-americanos, 47% disseram apoiar Hillary e 43% apoiar Trump. A pesquisa tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais.
O levantamento da CBS News, divulgado nesta segunda, também dá 4 pontos percentuais de vantagem para Hillary. Ela tem 45% contra 41% do candidato republicano, segundo a Reuters. A pesquisa entrevistou 1.753 adultos norte-americanos, entre 2 e 6 de novembro, e tem margem de erro de 3 pontos percentuais.
No domingo, uma pesquisa realizada pela rede NBC e pelo "Wall Street Journal", atribuiu à Hillary uma vantagem de quatro pontos percentuais sobre Trump (44% e 40%), em uma consulta que incluiu os outros dois candidatos minoritários na disputa, segundo a France Presse.
Para além da diferença entre os dois candidatos nas pesquisas de opinião, o sistema eleitoral americano prevê, na prática, que os eleitores elejam seus representantes. Esses de fato têm direito de voto no Colégio Eleitoral. Para se eleger, Trump ou Hillary precisam de 270 dos 538 votos para alcançar a presidência.
Além disso, na maioria dos estados o vencedor leva todos os votos. Por isso a disputa em alguns deles, como a Flórida, que atribui 29 votos, é encarada como fundamental.
Tensão
A tensão neste segmento final da campanha se tornou evidente na noite de sábado, quando foi registrada uma confusão em um ato de campanha de Trump e o candidato foi retirado rapidamente do palco por agentes do Serviço Secreto.
O incidente ocorreu quando um homem com um cartaz que dizia "Republicanos contra Trump" foi agredido por seguidores do candidato. O homem foi detido e posteriormente liberado, ao ser constatado que não portava nenhuma arma de fogo, segundo a France Presse.
No entanto, um dos filhos de Trump mencionou na rede social Twitter que seu pai havia sido alvo de uma "tentativa de assassinato".
GNews - Serviço Secreto dos EUA tira Trump de comício após alarme falso (Foto: Reprodução/GloboNews)
Alívio democrata
Hillary entra nesta segunda com uma nova força após o anúncio do FBI de que não vai haver acusações contra ela em uma investigação sobre seus e-mails, segundo a Reuters. No domingo, o FBI informou ao Congresso que não pretendia apresentar acusações formais contra a candidata pelo interminável escândalo provocado por seus e-mails quando era secretária de Estado.
O anúncio do FBI foi uma tentativa de apagar, ao menos parcialmente, o incêndio provocado há apenas uma semana pela mesma instituição, quando o diretor da polícia federal americana, James Comey, revelou que investigaria novas mensagens relacionadas a Hillary Clinton, mas não incluídas em uma investigação anterior concluída em julho.
No entanto, medir o impacto que o fim da polêmica sobre os e-mails de Hillary Clinton pode ter sobre a campanha é quase impossível.
O anúncio da semana passada caíra como uma bomba sobre a campanha de Hillary, já que obrigou a candidata a passar vários dias dando explicações sobre um escândalo que parecia coisa do passado.

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