O juiz José de la Mata, da Audiência Nacional espanhola, propôs nesta segunda-feira que sejam julgados por delitos relacionados à contratação de Neymar pelo Barcelona o próprio jogador, seus pais, o atual e o ex presidentes do clube espanhol (Josep Maria Bartomeu e Sandro Rosell, respectivamente), o Barça e o Santos.
O magistrado, que aceitou reabrir o caso a pedido da Audiência Nacional após seu arquivamento, acusa Neymar, seus pais e a empresa N&N de corrupção entre particulares; o Santos e o ex-presidente Odilio Rodrigues por fraude; Bartomeu, Rosell e o Barça por ambos os crimes.
Em seu despacho, De La Mata aceita a transformação do caso em procedimento abreviado - anterior ao julgamento - da investigação pela transferência do atacante brasileiro ao time catalão em 2013.
O juiz dá dez dias aos promotores para que solicitem a abertura do juizo oral formulando por escrito a acusação ou a descontinuidade do caso.
Segundo De La Mata, o contrato firmado em 2011 para que Neymar recebesse 40 milhões de euros para acertar no futuro com o Barcelona "alterou o livre mercado de transferência de jogadores.
"Isso impediu que o jogador entrasse no mercado conforme as regras da livre competição, de modo que se obtivesse uma maior quantidade econômica pela contratação", constituindo assim o crime de corrupção entre particulares.
"Se o objetivo deste contrato foi diretamente alterar o mercado de transferências de jogadores, segundo estima a Sala (Penal), então é razoável pensar que os dois dirigentes envolvidos na sua assinatura (Rosell e Bartomeu) foram responsáveis desta decisão, da assinatura do contrato e conscientes desta finalidade ilícita", continua.
O juiz afirma que a atuação dos dirigentes catalães aconteceu sem informar a junta diretiva do Barça, o Santos, a DIS (detentora de 40% dos direitos econômicos de Neymar), e tudo isso enquanto o atacante tinha vínculo com o Alvinegro.
O grupo econômico DIS é quem entrou com processo na Espanha.
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