Homens usaram armas de fogo e bombas para atacar a mesquita Al-Rawdah. Além dos mortos, 125 pessoas ficaram feridas.
Por G1
Homens atacaram com bombas e armas de fogo a mesquita Al-Rawda, na península do Sinai, no Egito, nesta sexta-feira (24), deixando 235 mortos. Outras 125 pessoas ficaram feridas.
Quatro agressores chegaram de carro ao local, onde os fiéis faziam as tradicionais orações de sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos. A mesquita fica na cidade de Bir al-Abed, a cerca de 40 km a oeste de Arish, a principal cidade do norte do Sinai.
A região é constantemente atacada pelo Estado Islâmico (EI), mas, até o momento, nenhum grupo reivindicou a ação.
Fontes da emissora Arabiya, citadas pela Reuters, disseram que alguns dos fiéis que frequentavam a mesquita eram adeptos do sufismo, vertente considerada pelo EI como apóstata, por fazer reverência a santos e santuários.
A CNN afirma que os terroristas provocaram ao menos duas explosões e, posteriormente, começaram a disparar. "Eles estavam atirando nas pessoas enquanto elas saíam da mesquita", disse à Reuters um homem cujos parentes estavam no local. "Eles também atiravam nas ambulâncias", contou.
De acordo com a agência Efe, que ouviu uma fonte do serviço de segurança do país, ambulâncias chegaram rapidamente ao local. Os feridos foram transferidos para diferentes hospitais em Al Arish e outros para o Hospital Instituto Nasser, no Cairo, segundo a fonte da Efe.
As forças de segurança egípcias estão à procura dos terroristas.
'Resposta brutal'
O presidente egípcio, Abdel Fattah al Sisi, prometeu uma "resposta brutal" aos agressores em um pronunciamento na TV. "As Forças Armadas e a polícia vingarão nossos mártires e nos devolverão a segurança e a estabilidade com força em muito pouco tempo", disse o presidente Sisi em um pronunciamento na TV.
Al Sisi convocou uma reunião de segurança de emergência logo após o ataque. O porta-voz do Ministério da Saúde do Egito, Khalid Mujahid, afirmou à TV Masriya que o governo trata o incidente como um ataque terrorista. O governo declarou luto nacional de três dias.
Repercussão
A ONU condenou o "covarde ataque terrorista". Em comunicado, o secretário-geral António Guterres expressou sua condenação nos "mais duros termos" pelo atentado. E também disse que confia que os responsáveis do massacre sejam rapidamente levados à Justiça e desejou que os feridos se recuperem.
Por sua vez, o Conselho de Segurança da ONU, em comunicado divulgado pela presidente rotativo do órgão, o embaixador italiano Sebastiano Cardi, classificou o ataque como "covarde" e "atroz".
"Os membros do Conselho de Segurança reafirmaram que o terrorismo em todas as suas formas e manifestações constitui uma das mais graves ameaças para a paz e a segurança internacional", disse o órgão na nota.
O presidente norte-americano Donald Trump condenou o "horrível e covarde" ataque.
"O mundo não pode tolerar o terrorismo, devemos derrotá-los militarmente e desacreditar a ideologia extremista que forma as bases de sua existência", afirmou Trump, no Twitter.
Estado Islâmico
As forças de segurança do Egito estão lutando contra o EI no norte do Sinai, onde extremistas já mataram centenas de policiais e soldados desde que se intensificaram os confrontos nos últimos três anos.
Em abril deste ano, o EI provocou explosões em duas igrejas cristãs coptas, deixando 44 mortos e mais de 100 feridos. O primeiro alvo foi um templo em Tanta, a quinta maior cidade do país, seguido de um ataque em Alexandria, a segunda mais populosa cidade egípcia.
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