Magistrada foi atingida por pedaço de concreto. 'Ela não era só uma juíza, era uma mãe', afirmou amigo de Adriana Nolasco da Silva.
Por SP1, São Paulo
Ocaminhão que bateu contra um viaduto na Avenida do Estado, no Centro de São Paulo, neste domingo (19) é 16 centímetros mais alto que o permitido, informaram peritos do Instituto de Criminalística (IC) à Polícia Civil. Com a colisão, pedaços de concreto caíram e atingiram o carro da juíza Adriana Nolasco da Silva, que sofreu traumatismo craniano e morreu nesta segunda-feira (20).
Os peritos concluíram que o caminhão, que transportava produtos da Coca-Cola, tem 4,46 metros, enquanto a altura máxima permitida para passar pelo viaduto é de 4,30 metros. Os profissionais identificaram ainda que no asfalto, sob o viaduto, há um desnível de 15 centímetros.
O delegado de plantão no 8º Distrito Policial informou ao SP1 que o caminhoneiro foi ouvido e liberado. O motorista afirmou que apenas cumpria a rota programada pela empresa e que ela é a responsável por saber das normas das cidades por onde ele passa.
Em nota, a Coca-Cola FEMSA Brasil lamentou o acidente e afirmou que o caminhão é de uma transportadora terceirizada. Afirmou também que “juntamente com a transportadora, está averiguando o caso e contribuindo com as autoridades na investigação da causa”.
A transportadora FL Logística Brasil informou que o caminhão da empresa "transitava dentro dos padrões legais". A empresa acrescentou, ainda, que "o choque foi contra uma estrutura de dutos, fixada embaixo do viaduto, e não no próprio viaduto".
Fratura no crânio
A juíza teve uma fratura no crânio. Ela chegou a ser levada para o Hospital das Clínicas, mas não resistiu. Adriana tinha 47 anos e deixou uma filha de 22 anos.
Amigos e familiares da juíza do Fórum de Jundiaí, no interior de São Paulo, lamentaram a situação. Danilo Cardoso da Silva, amigo de Adriana, disse que “o Judiciário perdeu uma excelente juíza” e que “ela não era só uma juíza, era uma mãe”.
Acidente
O acidente aconteceu por volta das 23h deste domingo (19) na Avenida do Estado, próximo à rua São Caetano. Adriana voltava de uma festa no banco do passageiro, quando o carro foi atingido por blocos de concreto que caíram do viaduto.
O segurança Osmar de Carvalho era quem dirigia o carro e contou que viu o momento em que o caminhão bateu no viaduto e saiu derrubando.
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