Grupo exibia faixas com dizeres como 'Útero laico' e 'lugar de estuprador não é na certidão'.
Por G1 Rio
Mulheres protestavam no fim da tarde desta segunda-feira (13) na Cinelândia, Centro do Rio, contra a PEC 181, que pretende criminalizar o aborto em todos os casos no Brasil, inclusive após estupros.
Com faixas como "Útero laico" e "lugar de estuprador não é na certidão", o grupo ocupou as escadarias da Câmara Municipal durante o ato. Depois, percorreu vias do Centro. Por volta das 19h20, homens mascarados se uniram ao ato das manifestantes. Meia-hora depois houve um princípio de confusão quando PMs do Batalhão de Choque chegou ao ato, em frente a Alerj. Os agentes soltaram uma bomba de gás perto da assembleia.
Entre as manifestantes, a universitária Larissa Martins falou sobre a PEC 181. Ela afirmou que a aprovação da proposta restringe os direitos das mulheres. "O coletivo das mulheres veio aqui hoje contestar a PEC 181. Nós estamos chamando de Cavalo de Tróia. Seria um presente para as mulheres, mas uma das emendas está considerando o aborto crime em casos de estupro. A gente tem que ampliar os nossos direitos e não restringi-los", disse Larissa.
A PEC foi aprovada por uma comissão mista na Câmara dos Deputados na semana passada. Atualmente o Código Penal permite a interrupção da gravidez em casos de estupro e quando houver risco para a vida da mulher.
Com a aprovação do texto-base, os deputados da comissão passarão a analisar, no próximo dia 21, sete destaques que podem alterar o conteúdo da proposta. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), escreveu no Facebook, nesta sexta-feira (10), que a proibição de aborto em casos de estupro "não vai passar" na Casa.
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