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terça-feira, 20 de outubro de 2015

A Feira do Livro Indígena - FLIMT, começa nesta quarta-feira (21/10) e traz diversidade cultural, no Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)


FLIMT começa nesta quarta-feira e traz diversidade cultural

“A Feira do Livro Indígena foi concebida durante uma palestra de escritores na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Percebi a organização e a maneira respeitosa com que a ação acontecia, a abrangência do indivíduo inserido no coletivo. Foi a partir daí que surgiu o convite para participarem de uma feira embrionária. Com entusiasmo um amigo sugeriu de fazermos uma feira sobre a literatura indígena. Hoje a Flimt é somatória desse encontro de pessoas entorpecidas pela cultura riquíssima desse povo”. Essas são as palavras da coordenadora executiva da Flimt, Vannessa Jacarandá, que relembrou como tudo começou, há pouco mais de seis anos atrás.

Há um dia de começar a Feira da Literatura Indígena de Mato Grosso, Vannessa conta que será uma grande oportunidade de se reunir num único espaço, diversidade, conhecimento e cultura, aproximar e desmistificar, incluir tudo o que for relacionado ao tema. “Todos somos irmãos e a Flimt foi criada, não para ser mais uma, mas para ser única”, disse a coordenadora ao agradecer, também o pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência (Procev) da Universidade Federal de Mato Grosso, Fabrício Carvalho, por todo empenho durante esta jornada. “Agradecemos seu bom humor, sinceridade e a forma como conduziu todo esse processo: de modo preciso”.


A Flimt 2015 integra as comemorações dos 45 da UFMT e na avaliação do pró-reitor, a feira é importnate não só para Mato Grosso, mas também para o Brasil, onde as pessoas têm a oportunidade de reconhecer a literatura daqueles que escrevem  as causas dos povos indígenas. “Vai ser um momento de muita valorização da cultura brasileira. A UFMT tem um compromisso com os povos indígenas. Na instituição os índios têm lugar no Progrma Próindi, Guerreiros da Caneta, não só em graduação, mas também em pós-graduação. Temos indígenas no mestrado e doutorado, uns inclusive trabalham com a gente”, disse.

De acordo com Fabrício Carvalho, este será um momento muito importante para reconhecermos essa importante raiz, que balisa estudos importantes para a manutenção das tradições e da preservação estética e oral das nações indígenas.  “Uma feira como essa é fundamental, também para a UFMT, que em seus 45 anos está diretamente ligada com tudo o que se relaciona a Mato Grosso. Há 45 anos a instituição defende e articula com as nações. Não poderia deixar  de ser diferente nesse momento de 45 anos homenagearmos os povos indígenas por meio da FLIMT e fazer com que a Universidade amplie cada vez mais a sua base de atuação frente aos nossos irmãos indígenas”, falou.

Para o secretário de Cultura, Esporte e Turismo de Cuiabá, Alberto Machado, a FLIMT dá oportunidade ao povo cuiabano, que tem na sua origem os povos indígenas, é uma chance de ter mais de perto esse contato com a cultura do índio e com sua produção literária e intelectual que vem desses povos. “Em Mato Grosso nós temos mais de 40 etnias indígenas e no entanto a população tem pouca proximidade e oportunidade de ter contato com essa cultura. A FLIMT é fundamental para estreitar esse laço com a população cuiabana e os povos indígenas”, discorreu.

Convite – Um dos convidados a participar da FLIMT 2015, o escritor indígena Ely Macuxi convidou todos os parentes indígenas e não indígenas para a feira. “Venham para esta celebração literária para dialogarmos e refletirmos sobre a cultura indígena. Esta feira traz o tema ‘A sabedoria das matas ecoando na cidade’. Ecoando sabedoria inígenas, os mitos, os rituais, sua forma de viver”, convidou Macuxi.

Ele disse que essa será uma oportunidade para se refletir com os povos indígenas como eles estão se utilizando da escrita , da literatura para afirmar sua cultura no mundo global e tecnológico. “Vamos discutir como está sendo estabelecido o diálogo entre a modernidade e a tradição na cidade, como eles tyêm se utilizado dessa tecnologia, que é a escrita, para promover e afirmar suas culturas. É a sabedoria que vem das matas. É conhecimento, diversidade, cultura de povos reunidos para apresentarem seus adornos corporais, suas pinturas, cantos e danças tradicionais. É uma grande celebração da diversidade e da união, do comprometimento em defesa da vida da cultura dos povos”, concluiu.

Flimt 2015 - A terceira edição da Feira do Livro Indígena de Mato Grosso (Flimt) traz em 2015 uma programação diversificada para o público adulto e infantil, de 21 a 23 de outubro, no Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Serão exposições de livros, palestras, mesas de debates, sarau literário, bate papo seguido de autógrafos com os escritores, cantos, rodas de conversa, contação de histórias, além da exibição de documentários e vídeos.

A programação começará a partir das 8h e se estenderá até a noite. Durante todos os dias da feira a biblioteca itinerante, de Clóvis Matos estará presente, com um acervo de livros disponíveis aos amantes da leitura.

Confira a programação completa no endereço: 

Fonte: Assessoria Flimt 2015

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