A Sociedade do Crescente Vermelho palestina (equivalente à Cruz Vermelha) acionou neste domingo o "estado de emergência" na Cisjordânia, em Gaza e Jerusalém Oriental, em resposta à violência na região e recentes ataques sofridos por seus operários.
Em comunicado, a organização explica que declarou o "nível 3 de alerta" e colocou seus médicos, equipes e voluntários em situação de espera. A entidade anunciou ter sofrido 14 ataques em 72 horas contra seus trabalhadores e veículos "por forças da ocupação israelense e colonos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza".
A organização afirma que em um destes ataques, ocorridos neste domingo, soldados israelenses atacaram uma de suas ambulâncias em frente à Universidade Al Quds, na cidade de Abu Dis, divisória a Jerusalém. O veículo foi alvo de balas de aço revestidas de borracha e gás lacrimogêneo.
O anúncio declara que na sexta-feira similar houve um incidente similar em Isawiya, ao nordeste de Jerusalém, onde as forças israelenses detiveram um palestino ferido dentro da ambulância.
Segundo o comunicado, em Burin, no distrito de Nablus, colonos judeus impediram que uma ambulância da organização prestasse socorro básico e quebraram o parabrisas do automóvel.
No dia seguinte, cinco médicos da Sociedade do Crescente Vermelho foram "agredidos por soldados em Jerusalém", e outra ambulância também foi atacada por soldados israelenses, "que feriram dois médicos e capturaram outro ferido disparando granadas de gás lacrimogêneo e munição real".
A Sociedade, que é membro do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, denuncia que esses incidentes representam uma "flagrante violação" do direito humanitário internacional e apela à comunidade internacional que "assuma a responsabilidade e adote medidas para obrigar as autoridades israelenses de ocupação" a cumprirem com o direito internacional.
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