Crimes aconteceram no período entre janeiro de 2013 e janeiro de 2015
Foi deflagrada nesta quinta-feira (22) uma operação da Polícia Federal com o objetivo de desarticular uma organização criminosa com ação nos setores contábil e de recursos humanos da prefeitura de Caatiba, na região Centro-Sul da Bahia. A PF estima que R$ 800 mil foram desviados.
O grupo operava um esquema fraudulento contra os cofres públicos, principalmente com desvios de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). "Eles adulteravam a folha de pagamento. Eram incluídos servidores fantasmas na folha. O salário de outros funcionários também eram aumentados. Depois os valores eram devolvidos aos comandantes do esquema", explica o delegado Marcelo Andrade.
PF investiga esquema de fraudes em folhas de pagamento na Bahia
(Foto: EBC) |
Segundo o delegado Andrade, os comandantes do esquema exerciam cargos de confiança na Prefeitura de Caatiba. "A chefe do setor de contabilidade e o chefe do setor de pessoal estão envolvidos. Servidores fantasmas confirmaram que devolviam o dinheiro para eles."
A Operação Hollerith, como foi chamada a ação, executou sete mandados de conduta coercitiva, além de seis mandados de busca e apreensão a ex-funcionários da Prefeitura de Caatiba, bem como possíveis funcionários “fantasmas” do município. O nome da operação faz referência ao empresário estadunidense Herman Hollerith, que impulsionou o uso de máquinas leitoras de cartões perfurados para o processamento de dados em massa, no final do século XIX.
O objetivo da operação é apreender documentos que comprovem a ligação entre os investigados, que evidenciem a existência da organização criminosa e o papel desempenhado por cada um de seus membros. A Polícia Federal busca ainda valores e bens adquiridos com os recursos públicos desviados.
Os investigados podem responder por crimes como constituição e integração de organização criminosa, peculato e inserção de dados falsos em sistema de informações. A pena para esses crimes pode chegar a mais de 30 anos de prisão.
Segundo a PF, os crimes aconteceram no período entre janeiro de 2013 e janeiro de 2015, quando a organização operou um esquema fraudulento contra os cofres municipais, com o auxílio de verbas repassadas pela Fundeb, alterando salários de servidores e incluindo servidores "fantasmas" na folha de pagamento da instituição.
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