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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

SÍRIA: NEGOCIAÇÕES DE PAZ TERMINAM EM IMPASSE.



  REUTERS/Denis Balibouse: U.N.-Arab League envoy for Syria Lakhdar Brahimi pauses during a news conference at the United Nations European headquarters in Geneva January 31, 2014.   REUTERS/Denis Balibouse (SWITZERLAND - Tags: POLITICS)
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que as autoridades sírias não tinham desculpa pela demora no envio de seu arsenal de gás venenoso para o exterior; já o mediador da Organização das Nações Unidas, Lakhdar Brahimi, afirmou que a delegação opositora estará de volta em 10 de fevereiro, mas os delegados de Assad lhe disseram que terão de consultar o governo em Damasco antes de concordar em retorna.



Por Khaled Yacoub Oweis e Stephanie Nebehay
GENEBRA, 31 Jan (Reuters) - A primeira rodada de uma contenciosa semana de conversações de paz para a Síria terminou nesta sexta-feira sem nenhum avanço quanto ao fim da guerra civil e a delegação do governo não manifestou se retornará na próxima etapa, dentro de dez dias.
Para tornar o quadro ainda mais sombrio, os Estados Unidos e a Rússia discordaram sobre o ritmo da transferência de armas químicas pela Síria e o governo norte-americano acusou as autoridades sírias de intencionalmente atrasarem o cronograma em várias semanas. A Rússia, principal aliada do presidente sírio, Bashar al-Assad, rejeitou essa acusação.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que as autoridades sírias não tinham desculpa pela demora no envio de seu arsenal de gás venenoso para o exterior, como parte de um acordo firmado no ano passado. O governo russo declarou que Assad agiu de boa fé e o prazo final de 30 de junho para eliminação de todos os agentes químicos permanece viável.
Já o mediador da Organização das Nações Unidas, Lakhdar Brahimi, que vem buscando incansavelmente um acordo de paz que outros diplomatas consideram ser uma "missão impossível", afirmou que a delegação opositora estará de volta em 10 de fevereiro, mas os delegados de Assad lhe disseram que terão de consultar o governo em Damasco antes de concordar em retornar.
"Eles não me disseram que estão pensando em não vir. Pelo contrário, eles falam que viriam, mas precisam consultar sua capital", declarou Brahimi em entrevista à imprensa.
Brahimi listou dez pontos simples em que sentiu que os dois lados estão de acordo e afirmou pensar haver mais terreno comum do que as duas partes reconhecem.
Mas nenhum dos lados cedeu milímetros em suas posições: a oposição quer que as conversações tenham como foco um governo de transição que remova Assad do poder; o governo quer conversar sobre o combate ao "terrorismo" - uma palavra que usa para se referir a todos os inimigos armados.
"Na realidade, o progresso é muito lento, mas as partes participaram de um modo aceitável", disse Brahimi.
O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid al-Moualem, culpou a falta de resultados tangíveis pelo que qualificou como imaturidade e composição estreita da delegação da oposição e suas "ameaças de implodir" as conversações, bem como a flagrante interferência dos EUA.
"Há enormes divisões entre eles (a delegação da oposição) e sobre o que está acontecendo na Síria. Eles não estão em contato com o que está ocorrendo na Síria - e não têm nenhum controle sobre ninguém no terreno", disse Moualem aos repórteres.
Os Amigos da Síria, uma aliança predominantemente de países ocidentais e Estados do Golfo Pérsico que apoiam os inimigos de Assad, culpam o governo sírio pela falta de avanços diplomáticos.
"O regime é responsável pela falta de progresso real na primeira rodada de negociações. Não deveria obstruir mais negociações substanciais e tem de se engajar construtivamente na segunda rodada de negociações", disseram eles em comunicado.
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Edgar Vasquez, diz que o governo sírio "continua a tentar enganar os outros" com sua posição de não comprometimento sobre futuras conversações, enquanto a oposição mostrou ser séria ao se comprometer a voltar à mesa.
"O povo da Síria está assistindo e vai determinar quem realmente tem seus melhores interesses no coração. O povo sírio, que sofreu muito, merece um engajamento construtivo agora e na próxima rodada", disse Vasquez.
(Reportagem adicional de Mariam Karouny, em Genebra; de Lesley Wroughton, em Berlin; de Oliver Holmes e Stephen Kalin, em Beirute; de Missy Ryan, em Varsóvia; e de Steve Gutterman, em Moscou)

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