Com a vitória por 3 a 0 sobre seus maiores rivais, seleção mantém sua hegemonia no continente. Na decisão do 3º lugar, Colômbia vence a Venezuela pelo mesmo placar
A Argentina é sempre um adversário difícil de ser batido, mesmo com sua equipe B e principalmente jogando sem nenhum tipo de pressão sobre os ombros. Mas o alerta de Bernardinho na véspera da decisão, ainda na quadra do ginásio do Sesi, após a tranquila vitória sobre a Colômbia, na semifinal, funcionou direitinho. Ligados do início ao fim do jogo, os jogadores da seleção brasileira seguiram à risca as orientações do treinador, cometeram poucos erros e sequer deram aos hermanos a chance de usarem a tática preferida dele: a provocação. Em um confronto limpo e diante do maior público registrado na competição, a equipe comandada pelo técnico Bernardinho venceu por 3 a 0, parciais de 25/16, 25/19 e 25/16, e conquistou pela 30ª vez o Campeonato Sul-Americano, mantendo sua hegemonia no continente.
Na decisão do terceiro e quarto lugares, a Colômbia levou a melhor sobre os venezuelanos e completou o pódio do Sul-Americano. No confronto disputado no ginásio da Federação Alagoana de Voleibol (FAV), os colombianos fizeram 3 a 0, parciais de 25/21, 27/25 e 25/21.
- Enquanto tiver amor por esse esporte, vou continuar jogando. Muitos falam que estou velho, mas enquanto estiver jogando em alto nível vou continuar jogando. Estamos encerrando uma temporada em que não obtivemos o resultado que esperávamos na Liga Mundial. Mas fizemos bons amistosos e um bom Campeonato Sul-Americano - disse o líbero Serginho, eleito o melhor jogador do campeonato.
Além do MVP Serginho, o Brasil ainda apareceu em três outras premiações individuais. Bruninho foi escolhido o melhor levantador, Evandro, o melhor oposto e Isac o melhor central da competição. Os argentinos Rodrigo Quiroga (ponteiro), Imhoff (central) e Santucci (líbero), além do ponteiro colombiano Jimenez completam a seleção do torneio.
Brasileiros comemoram a conquista do título de número 30 no Sul-Americano (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
O JOGO
Como disse Bernardinho na véspera, Brasil e Argentina é sempre Brasil e Argentina. E neste domingo não foi diferente. Mesmo sem muitas provocações de ambos os lados, o jogo começou nervoso, com as duas equipes desperdiçando muitos saques. Foram sete só antes da segunda parada técnica, cinco por conta dos brasileiros. Mas quando a bola entrava em jogo, o Brasil também era mais efetivo.
Principalmente nas passagens de Evandro pelo saque. Na segunda, a seleção abriu sete pontos e obrigou Julian Alvarez a parar o jogo. O pedido de tempo do técnico argentino, porém, não alterou em nada o panorama do set. Com um aproveitamento excelente no ataque e chegando em todas as bolas na defesa, o Brasil não deu qualquer chance aos rivais e fechou a parcial em 25 a 16, em um erro de saque do oposto argentino Koukartsev.
Evandro foi um dos destaques do partida e do campeonato (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
A história parecia que se repetiria no início do segundo set. Depois de um certo equilíbrio até a primeira parada técnica, a seleção abriu quatro pontos e deu a impressão de que não teria muita dificuldade para fazer 2 a 0. Mas os argentinos são tinhosos. Se atirando em todas as bolas e desperdiçando poucos contra-ataques, os rivais diminuíram o prejuízo para apenas um ponto.
Mas novamente o saque brasileiro funcionou. Primeiro com Isac, quando a seleção abriu três de frente e voltou a respirar. Depois com Lucão, que contou com a sorte para fazer um ace, depois que a bola resvalou na rede e caiu lentamente na quadra argentina. A folga no placar desconcentrou os rivais, que passaram a cometer erros infantis e permitiram que o Brasil fechasse o set por 25 a 19.
Os argentinos nunca se entregam, mas sem seus principais titulares a equipe comandada pelo técnico Julian Alvarez não esboçou qualquer tipo de reação no terceiro set. Já a seleção brasileira, com a vitória nas mãos, só teve o trabalho de rodar seus ataques e não cometer erros para fechar o set em 25 a 16 e o jogo por 3 sets a 0.
Bruninho, Isac e Evandro são os melhores em suas posições, e Serrginho é o MVP do torneio (Foto: Marcello Pires)
BRASIL: Bruninho, Evandro, Lucarelli, Lucas Lóh, Lucão, Isac e o líbero Serginho: Técnico: Bernardinho. Entraram: Rapha e Renan.
ARGENTINA:Técnico: Julian Alvarez. Entraram: Riganti, Koukartsev, Gonzalo Quiroga, Toro e Villlaruel.
ARGENTINA:Técnico: Julian Alvarez. Entraram: Riganti, Koukartsev, Gonzalo Quiroga, Toro e Villlaruel.
Dia 30 de setembro
Colômbia 3 x 0 Uruguai (25/18, 25/18 e 25/18)
Chile 1 x 3 Venezuela (25/17, 17/25, 21/25 e 20/25)
Brasil 3 x 0 Peru (25/8, 25/9 e 25/15)
Argentina 3 x 0 Guiana (25/9, 25/9 e 25/13)
Dia 1º de outubro
Venezuela 3 x 1 Peru (20/25, 25/19, 26/24 e 25/11)
Colômbia 3 x 0 Guiana (25/22, 25/15 e 25/20)
Chile 1 x 3 Brasil (23/25, 25/18/, 25/14 e 25/23)
Uruguai 0 x 3 Argentina (25/12, 25/16 e 25/16)
Dia 2 de outubro
Peru 0 x 3 Chile (23/25, 16/25 e 21/25)
Guiana 0 x 3 Uruguai (14/25, 14/25 e 23/25)
Brasil 3 x 0 Venezuela (25/16, 25/8 e 25/14)
Argentina 3 x 1 Colômbia
Dia 3 de outubro
Argentina 3 x 1 Venezuela (25/18, 20/25, 25/16 e 25/18)
Brasil 3 x 0 Colômbia (25/19, 25/14 e 25/10)
Dia 4 de outubro
Venezuela 0 x 3 Colômbia (21/25, 25/27 e 21/25)
Brasil 3 x 0 Argentina (25/16, 25/19 e 25/16)
Colômbia 3 x 0 Uruguai (25/18, 25/18 e 25/18)
Chile 1 x 3 Venezuela (25/17, 17/25, 21/25 e 20/25)
Brasil 3 x 0 Peru (25/8, 25/9 e 25/15)
Argentina 3 x 0 Guiana (25/9, 25/9 e 25/13)
Dia 1º de outubro
Venezuela 3 x 1 Peru (20/25, 25/19, 26/24 e 25/11)
Colômbia 3 x 0 Guiana (25/22, 25/15 e 25/20)
Chile 1 x 3 Brasil (23/25, 25/18/, 25/14 e 25/23)
Uruguai 0 x 3 Argentina (25/12, 25/16 e 25/16)
Dia 2 de outubro
Peru 0 x 3 Chile (23/25, 16/25 e 21/25)
Guiana 0 x 3 Uruguai (14/25, 14/25 e 23/25)
Brasil 3 x 0 Venezuela (25/16, 25/8 e 25/14)
Argentina 3 x 1 Colômbia
Dia 3 de outubro
Argentina 3 x 1 Venezuela (25/18, 20/25, 25/16 e 25/18)
Brasil 3 x 0 Colômbia (25/19, 25/14 e 25/10)
Dia 4 de outubro
Venezuela 0 x 3 Colômbia (21/25, 25/27 e 21/25)
Brasil 3 x 0 Argentina (25/16, 25/19 e 25/16)
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