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sábado, 16 de julho de 2016

No AC, 10 pessoas da mesma família são internadas com doença de Chagas

Outros três pacientes da mesma família aguardam resultado de exames.
Hospital de Feijó afirma que todos os pacientes são da mesma família.

Aline NascimentoDo G1 AC
Insetos foram achados em área urbana da segunda maior cidade do Acre  (Foto: Anny Barbosa/G1)Pessoas foram infectadas pelo barbeiro 
(Foto: Anny Barbosa/G1)
Dez pessoas da mesma família estão internadas no Hospital Geral de Feijó, cidade distante a 366 km de Rio Branco, com doença de Chagas. Outras três fizeram exames e aguardam o resultado, que deve sair na próxima segunda-feira (18).

A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).
A direção da unidade diz que todos os 13 pacientes são da mesma família e moradores do Seringal Miraflor, no km 60 da BR-364. O hospital não divulgou as idades e nem os nomes dos pacientes.
A transmissão da doença de Chagas ocorre pelas fezes do "barbeiro" depositadas sobre a pele da pessoa, enquanto o inseto suga o sangue. A doença pode ser transmitida pelo açaí quando o barbeiro se mistura aos grãos e acaba sendo moído junto com o fruto.
Segundo a diretora do hospital, Edicineide Souza Pinheiro, os primeiros 10 pacientes deram entrada no hospital no último dia 8 e as demais foram internadas na quinta-feira (14). Todos estão tomando medicação para doença de Chagas.
"Estamos dependendo do resultado de alguns exames para confirmar se todos estão com a doença. Eles estão estáveis, mas tem um deles que está com a temperatura elevada. Primeiro veio uma família de uma casa e depois deu entrada outra família. Eles são parentes e moram em colocações próximas. Não podemos confirmar se a transmissão de deu pelo açaí, vamos mandar uma equipe para investigar", informou a diretora.
A gestora diz também que o médico responsável pelo caso deu uma palestra na unidade sobre os cuidados em relação ao barbeiro.
Investigação
A técnica responsável pela Doença de Chagas e Leishmaniose da Sesacre, Carmelinda Gonçalves, informou que uma equipe de Vigilância Entomológica e Epidemiológica da Sesacre deve ser enviada na próxima semana à comunidade para analisar a área.
"Vamos apurar se tem uma quantidade maior de barbeiros. A partir do que está acontecendo realizamos a borrifação e até intervenção química. Lá é uma comunidade de difícil acesso. Vamos conversar com os moradores e com os pacientes para saber como foram infectados", detalha a técnica.
Ela explica que a Saúde já encaminhou medicação para todos os pacientes e o médico que os trata recebeu orientações do Ministério da Saúde sobre a doença. "Diagnosticamos alguns pela lâmina de malária. Os outros devem ser confirmados na segunda-feira", conclui.
Mortes
Em março deste ano, o casal Francisco Maian da Costa, de 18 anos, e Celiana Silva, de 17, nos dias 26 e 29 de fevereiro, respectivamente, morreram após tomar açaí contaminado pelo barbeiro. A família do casal mora em uma comunidade rural da cidade de Rodrigues Alves, a 627 km da capital acrena. Inicialmente, a doença de Chagas era apenas a suspeita, sendo confirmado o diagnóstico no dia 11 de março pela Saúde do Acre.
Duas irmãs de Costa também foram diagnosticadas com a doença. A pequena Francisca Adrielly, de 12 anos, ficou internada por mais de um mês no Hospital da Criança, em Rio Branco, e ficou com uma lesão no coração, por causa da enfermidade, segundo a médica que a atendeu.
Equipe da Fiocruz está na região do Vale do Juruá, no interior do Acre  (Foto: Carmelinda Gonçalves/Arquivo pessoal )Equipe da Fiocruz visitou a região do Vale do Juruá, 
(Foto: Carmelinda Gonçalves/Arquivo pessoal )
Pesquisa
Dois meses após os casos em Rodrigues Alves, a coordenação que trata sobre doença de Chagas no Acre visitou as cidades da região do Vale do Juruá, como Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo. A medida fez parte de uma campanha de prevenção e conscientização após a região registrar nove casos da doença.
Uma equipe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília também esteve no local e fez pesquisas na comunidade Nova Cíntra, onde sete casos da doença foram confirmados neste ano.

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