Os materiais só estão sendo descobertos por conta da escavação que será feita para a instalação da chamada vala técnica
Além da beleza arquitetônica e histórica, a Rua Chile, primeira do Brasil, esconde no seu subsolo muitas outras relíquias. Peças de metal, pinos em cobre, conchas e corais, além de restos de tijolos, telhas e fragmentos de louças dos séculos 17, 18 e 19 são alguns dos objetos que estão vindo à tona na pesquisa arqueológica prévia à revitalização do local, marcada para iniciar assim que as escavações históricas terminarem, daqui a um mês.
Os materiais só estão sendo descobertos por conta da escavação que será feita para a instalação da chamada vala técnica, por onde passarão a fiação elétrica, os cabos de fibra ótica, a rede de gás, a distribuição de água e a coleta de esgoto da rua, todos transferidos para o túnel subterrâneo.
(Foto: Ascom/Dircas)
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Os 3 mil objetos foram encontrados apenas na primeira das 14 trincheiras que serão abertas. Segundo a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), o material será encaminhado ao laboratório de uma empresa especializada na avaliação e proteção de bens culturais tombados, responsável pelo projeto da Rua Chile.
Tudo será higienizado, classificado, catalogado e seguirá para o Museu Arqueológico da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), no bairro da Caixa D’ Água, em Salvador. O trabalho é uma determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“É uma compensação diante da possibilidade de perda de material histórico. Por outro lado poderemos fazer um resgate estético dessa rua tão importante”, explicou Tânia Barros, superintendente de Planejamento do Centro Antigo. A iniciativa integra o projeto Pelas Ruas do Centro Antigo, com investimento de R$ 124 milhões para a melhoria da infraestrutura urbana em mais de 200 ruas da região.
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