Parte de estrutura caiu na noite de sexta-feira e deixou dois policiais feridos.
Equipamento já estava interditado e passava por obras de recuperação.
A área onde ocorreu o desabamento parcial no Centro de Convenções da Bahia segue com risco de queda, segundo informou o engenheiro Luís Edmundo Filho, representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA-BA) neste sábado (24). O imóvel está isolado. A parte danificada só será liberada para perícia na segunda-feira (26).
"Existe, sim, a possibilidade dessas lajes que caíram, duas delas ficaram suspensas, e há possibilidade delas virem a cair, essas duas peças que ficaram suspensas. Mas caindo, ela vai cair na vertical e vai atingir só a parte de baixo onde tinha o antigo acesso ao auditório. A obra estava sendo realizada exatamente para recuperar os problemas de corrosão da estrutura, e foi identificado que esses pilares que romperam, que são tirantes, estavam oxidados, e eles estavam repondo esses tirantes. Chegaram a colocar na posição, mas não soldaram nas peças e acabou acontecendo esse acidente. A parte superrior do Centro de Convenções está íntegra, o que acabou caindo a parte que ficava pendurada", explica o especialista.
A direção da empresa Metro Engenharia informou à TV Bahia, neste sábado (24), que só foi contratada há 10 dias pelo Governo do Estado para escorar o local onde aconteceu o acidente.
Já o projetista e engenheiro Carlos Strauss disse que já tinha avisado ao governo sobre os riscos de desabamento. A assessoria da gestão estadual informou que na semana que vem iria começar uma obra no local que acabou desabando.
O desabamento parcial ocorreu na noite de sexta-feira (23). Técnicos da Secretaria de Turismo (Setur), responsável pelas obras do Centro de Convenções da Bahia, que está localizado no bairro do Stiep, iniciaram vistoria no início da manhã deste sábado. A análise deve avaliar as causas do desabamento e a retomada das obras no local. Ainda não há previsão de término da vistoria.
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O Ministério Público informou neste sábado que instaurou um inquérito para acompanhar a obra, e recomendou que fosse feito um estudo sobre a estrutura do prédio, já que foi identificado que as obras que estavam sendo realizadas não eram suficientes para a reabertura em segurança do Centro de Convenções.
O MP também acionou a central de perícia do órgão para que um estudo aponte quais são as obras necessárias para reabertura do local. O estudo ainda não está pronto. O Ministério Público disse que o local só pode ser reaberto após a realização completa das obras.
Feridos
Com o desabamento, dois policiais do Batalhão de Policiamento Turístico ficaram levemente feridos. Uma policial chegou a passar mal, mas não sofreu ferimentos. O subcomandante do batalhão, Jaime Freitas, informou que os PMs foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e levados para o Hospital da Bahia. Eles já receberam alta e passam bem. No momento do acidente, só havia os três policiais no batalhão.
Com o desabamento, dois policiais do Batalhão de Policiamento Turístico ficaram levemente feridos. Uma policial chegou a passar mal, mas não sofreu ferimentos. O subcomandante do batalhão, Jaime Freitas, informou que os PMs foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e levados para o Hospital da Bahia. Eles já receberam alta e passam bem. No momento do acidente, só havia os três policiais no batalhão.
O Centro de Convenções estava interditado pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) e passava para obras de recuperação desde o ano passado. Com custo previsto de R$ 5,3 milhões, a empresa Metro Engenharia e Consultoria Limitada executava as obras. Antes do desabamento, a previsão era de que as obras ficassem prontas para a realização do Congresso Internacional de Odontologia da Bahia (Cioba), em novembro.
De acordo com a Superintendência de Trânsito (Transalvador), a faixa da direita da Rua Simon Bolivar, em frente ao Centro de Convenções, está interditada desde a madrugada deste sábado.
O final de linha dos ônibus que era feito também em frente ao Centro de Convenções foi para a saída da Octávio Mangabeira, a orla. A interdição não tem previsão de terminar.
O final de linha dos ônibus que era feito também em frente ao Centro de Convenções foi para a saída da Octávio Mangabeira, a orla. A interdição não tem previsão de terminar.
Susto
Um morador ouvido pelo G1 relatou ter ouvido um grande estrondo. "Foi um estrondo enorme e depois subiu muita poeira", disse o morador Roberto Leal Neto.
Um morador ouvido pelo G1 relatou ter ouvido um grande estrondo. "Foi um estrondo enorme e depois subiu muita poeira", disse o morador Roberto Leal Neto.
O administrador de empresas Cláudio Portinoi, que também é morador da região, relatou que o barulho assustou os moradores da região. "Foi um barulho ensurdecedor, parecia terremoto. Um susto muito grande", destacou.
Equipes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e do Salvar foram encaminhados para o local.
O Centro de Convenções foi interditado pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) no dia 20 de maio de 2015, após a constatação da falta de projeto e equipamentos de incêndio e pânico, como também de manutenção predial.
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