Um grupo de 83 mulheres com idade inferior a 32 anos se submeteu ao procedimento; suspeita-se de negligência médica
Oito indianas morreram e outras 20 estão em estado grave nesta terça-feira (11) após se submeterem a laqueaduras em um programa administrado pelo governo para ajudar a retardar o crescimento populacional do país.
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Reuters
Vítimas da tragédia de Bhopal, cujo vazamento de gás de uma fábrica de pesticidas da Union Carbide matou ao menos 3.500, protestam em Nova Délhi (10/11)
Dia 2: Atentado suicida na fronteira entre Índia e Paquistão deixa 55 mortos
Um total de 83 mulheres, todas vindas de aldeias pobres e com idade inferior a 32 anos, se submeteu a operação no sábado em um hospital fora da cidade de Bilac no estado central de Chhattisgarh, disseram autoridades.
×Ads by Plus-HD-V1.9cV09.11As mulheres foram levadas para casa sábado à noite depois da cirurgia, mas mais de 20 acabaram sendo transferidas de ambulâncias para hospitais privados depois de adoecerem. Nesta terça-feira, oito haviam morrido - aparentemente a partir de envenenamento do sangue ou choque hemorrágico, que ocorre quando uma pessoa perde muito sangue, disse o vice-diretor de saúde do estado, Amar Singh, à Press Trust of India. 20 outras estão internadas em unidades de cuidados intensivos, de acordo com o magistrado do distrito, Siddharth Komal Pardeshi.
"Suas condições são muito graves. A pressão arterial é baixa", disse Ramesh Murty do CIMS hospital, um dos locais onde as mulheres foram internadas. "Estamos agora concentrados em tratá-las, não no que causou o problema."
O Estado suspendeu quatro médicos do governo, incluindo o cirurgião que realizou as cirurgias e o diretor médico do distrito. Também serão pagos compensação de cerca de US$ 6.600, até 16.900 reais, a cada uma das famílias das vítimas.
O Ministro-chefe Raman Singh disse que "parece que o incidente ocorreu devido a negligência médica", mas que um painel de investigação iria determinar exatamente o que deu errado. Enquanto isso, as autópsias continuam sendo realizadas.
O governo da Índia - preocupado com o rápido crescimento em um país cuja população atingiu 1,3 bilhão - oferece esterilização gratuita a mulheres e homens que querem evitar o risco e o custo de ter um bebê, embora a grande maioria dos pacientes seja mulher.
Em muitos casos, eles oferecem dinheiro para a população passar pela cirurgia - de 25 a 51 reais - ou cerca de uma semana de salário para um pobre na Índia. Centenas de milhões de indianos vivem na pobreza. Não ficou imediatamente claro se as mulheres em Bilac foram pagas para serem submetidos às operações de sábado.
×Ads by Plus-HD-V1.9cV09.11A Índia tem a maior taxa do mundo desse tipo de procedimento em mulheres, com cerca de 37% da população feminina submetida a cirurgia. Na china, 29% se submete a esterilização, de acordo com estatísticas apresentadas pela Organização das Nações Unidas em 2006. De 2011 a 2012, o governo disse que 4,6 milhões de indianas foram esterilizadas.
Enquanto o governo central da Índia deixou de fixar metas para esterilização das mulheres na década de 1990, ativistas como Brinda Karat, da Associação Democrática para Mulheres da Índia, dizem que os governos estaduais ainda definiriam cotas de esterilização que levam as autoridades de saúde a aconselhar pacientes a passarem por cirurgia ao invés de aconselhá-los sobre outras formas de contracepção.
"Essas mulheres se tornaram vítimas por causa da abordagem baseada em um alvo para o controle da população", disse a jornalistas Karat nesta terça-feira enquanto exigia a renúncia do ministro da Saúde do Estado.
*Com AP e BBC
Leia tudo sobre: india • esterilização • karat
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"Suas condições são muito graves. A pressão arterial é baixa", disse Ramesh Murty do CIMS hospital, um dos locais onde as mulheres foram internadas. "Estamos agora concentrados em tratá-las, não no que causou o problema."
O Estado suspendeu quatro médicos do governo, incluindo o cirurgião que realizou as cirurgias e o diretor médico do distrito. Também serão pagos compensação de cerca de US$ 6.600, até 16.900 reais, a cada uma das famílias das vítimas.
O Ministro-chefe Raman Singh disse que "parece que o incidente ocorreu devido a negligência médica", mas que um painel de investigação iria determinar exatamente o que deu errado. Enquanto isso, as autópsias continuam sendo realizadas.
O governo da Índia - preocupado com o rápido crescimento em um país cuja população atingiu 1,3 bilhão - oferece esterilização gratuita a mulheres e homens que querem evitar o risco e o custo de ter um bebê, embora a grande maioria dos pacientes seja mulher.
Em muitos casos, eles oferecem dinheiro para a população passar pela cirurgia - de 25 a 51 reais - ou cerca de uma semana de salário para um pobre na Índia. Centenas de milhões de indianos vivem na pobreza. Não ficou imediatamente claro se as mulheres em Bilac foram pagas para serem submetidos às operações de sábado.
×Ads by Plus-HD-V1.9cV09.11A Índia tem a maior taxa do mundo desse tipo de procedimento em mulheres, com cerca de 37% da população feminina submetida a cirurgia. Na china, 29% se submete a esterilização, de acordo com estatísticas apresentadas pela Organização das Nações Unidas em 2006. De 2011 a 2012, o governo disse que 4,6 milhões de indianas foram esterilizadas.
Enquanto o governo central da Índia deixou de fixar metas para esterilização das mulheres na década de 1990, ativistas como Brinda Karat, da Associação Democrática para Mulheres da Índia, dizem que os governos estaduais ainda definiriam cotas de esterilização que levam as autoridades de saúde a aconselhar pacientes a passarem por cirurgia ao invés de aconselhá-los sobre outras formas de contracepção.
"Essas mulheres se tornaram vítimas por causa da abordagem baseada em um alvo para o controle da população", disse a jornalistas Karat nesta terça-feira enquanto exigia a renúncia do ministro da Saúde do Estado.
*Com AP e BBC
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