Aedes se torna resistente ao produto
Rio - Não é novidade que a população deve
ajudar no combate à dengue. Mas análise da Fiocruz alerta que ações
equivocadas podem piorar o controle do mosquito Aedes aegypti. O uso
indiscriminado de inseticidas domésticos aumenta a resistência dos
insetos aos produtos.
Em 2010, quando o vírus tipo 4 entrou no Brasil, em Boa Vista (Roraima), pesquisadores da Fiocruz acompanharam as ações do Ministério da Saúde para controlar o vetor da dengue. Apesar dos esforços, o impacto foi pequeno. Um dos motivos, explica Denise Valle, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, foi a resistência aos inseticidas. A chamada ‘razão de resistência’ dobrou após três meses e triplicou depois de seis meses. Ou seja, seria necessário usar uma concentração de produto três vezes maior para matar a mesma quantidade de mosquitos.
“Correr para o mercado e usar inseticidas não resolve a questão da dengue, pois elimina apenas os mosquitos suscetíveis, mas deixa os resistentes”, alerta. Segundo ela, o papel da população é remover os focos dos insetos e não deixar água parada para que se reproduzam, o que elimina futuros mosquitos resistentes ou não aos inseticidas. “O inseticida não pode ser a primeira ‘arma’, para não perder a eficácia”.
Em 2010, quando o vírus tipo 4 entrou no Brasil, em Boa Vista (Roraima), pesquisadores da Fiocruz acompanharam as ações do Ministério da Saúde para controlar o vetor da dengue. Apesar dos esforços, o impacto foi pequeno. Um dos motivos, explica Denise Valle, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, foi a resistência aos inseticidas. A chamada ‘razão de resistência’ dobrou após três meses e triplicou depois de seis meses. Ou seja, seria necessário usar uma concentração de produto três vezes maior para matar a mesma quantidade de mosquitos.
“Correr para o mercado e usar inseticidas não resolve a questão da dengue, pois elimina apenas os mosquitos suscetíveis, mas deixa os resistentes”, alerta. Segundo ela, o papel da população é remover os focos dos insetos e não deixar água parada para que se reproduzam, o que elimina futuros mosquitos resistentes ou não aos inseticidas. “O inseticida não pode ser a primeira ‘arma’, para não perder a eficácia”.
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