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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Ilhas de Porto Alegre voltam a alagar e famílias têm de improvisar abrigos

Além de abrigos da prefeitura, moradores se refugiam embaixo de viaduto.
População chega a disputar colchões para garantir mais conforto à noite.

Do G1 RS
O aumento das águas do Guaíba piorou a situação dos moradores da região das ilhas, em Porto Alegre. Na manhã desta sexta-feira (16) as ruas voltaram a ficar alagadas. Às 14h39, o nível do Guaíba na Ilha da Pintada marcava 2,29 m. No cais do porto o nível oscilava entre 2,78 m  e 2,82 m na manhã desta sexta O transbordamento pode ocorrer a partir dos 3 m.
Em abrigos improvisados, como barracas, pontes e até ônibus, as famílias atingidas esperam o dia melhorar para voltar a suas residências. De dentro de um ônibus, emprestado para servir de moradia provisória, um senhor de 78 anos vê sua residência alagada. "Está sendo muito difícil", avalia Pedro Faleiro. Para a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV, ele conta que chegou a disputar por um colchão, que escapou de suas mãos. "Quando eu chego a pegar a ponta de um colchão vem um novo de 20 e poucos anos e pega no colchão. Então para gente não apanhar eu entrego", conta Pedro Faleiro.
Moradores das Ilhas de Porto Alegre (Foto: Reprodução/RBS TV)Moradores das ilhas montam barracas para fugir
da água (Foto: Reprodução/RBS TV)
A auxiliar de cozinha Cristiane Cruz se abrigou embaixo de um viaduto da BR-290, após uma outra moradora ceder espaço para ela. "Se não fosse por ela não tinha lugar pra ficar. A ilha toda alagou. " Outra moradora da região relata que ao acordar nesta sexta-feira (16) a rua estava seca, mas voltou a ser tomada pelas águas em pouco tempo. Mesmo sem condições de voltarem para casa, alguns famílias tentam secar colchões devido a trégua da chuva dos últimos dois dias.
Sobe para 100 número de municípios afetados pelas chuvas
O número de municípios atingidos pela chuva, forte vento e queda grazino desde a última semana no Rio Grande do Sul subiu para 100, de acordo com o balanço divulgado pela Defesa Civil, no final da manhã desta sexta-feira (16).
Desde o dia 7 de outubro mais de 31,6 mil casas foram afetadas pelas chuvas, atingindo um total de 132.736 pessoas. De acordo com a Defesa Civil 1.517 famílias estão desabrigadas, e outras 2.431 se locomoveram para casas de parentes ou amigos. Em cidades como Gramado Xavier, no Norte do estado, a força do vento arrancou todo o teto de casas.
As equipes da Defesa Civil auxiliam as famílias com ajuda humanitária. O governo do Rio Grande do Sul e a União já destinaram cerca de R$ 2,5 milhões para a compra de kits de auxílio. Com o tempo seco nesta sexta-feira, os moradores aproveitaram para tentar recuperar alguns utensílios de suas casas que foram atingidos pela chuva e consertar os estragos nas residências (veja no vídeo abaixo).
 Desde o último relatório, divulgado no final da tarde de quinta-feira (15) o número de pessoas afetadas subiu 1,8% (2.352), Além disso, as cidades de Barão, Capitão, Esmeralda, Ipê e Travesseiro foram incluídas na lista das localidades atingidas.
 O Diário Oficial da União publicou, na manhã de quinta-feira, o decreto que reconheceu situação de emergência em 26 cidades gaúchas após o pedido feito pelo governo do Rio Grande do Sul. O decreto facilita acesso a recursos para os municípios mais afetados.
Equipes da Defesa Civil entregam lonas, telhas, cestas básicas, kits de higiene e de limpeza, kits dormitório e colchões. Donativos podem ser entregues na central de doações do governo estadual, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Rua Borges de Medeiros, 1501). Confira aqui outros pontos de coleta.
O número de clientes sem energia elétrica em função do temporal caiu, mas ainda é alto. No começo da tarde desta sexta-feira (16), os números atualizados das concessionárias do estado mostravam que mais de 280 mil pessoas ainda estavam sem luz. A área mais afetada é a atendida pela AES Sul, que abrange 118 municípios do estado. A concessionária informa que cerca de 280 mil clientes seguem sem energia elétrica. A maior parte, 39 mil, está em Santa Maria.
Danos causados pelo temporal na cidade de Canoas (RS) são vistos na tarde desta quinta-feira (Foto: JEFERSON GUAREZE/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)Em Canoas ruas ficaram alagadas (Foto: JEFERSON GUAREZE/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)
Temporal deixa mortos no estado
Três pessoas morreram desde a noite de quarta-feira (14) no Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, o temporal deixou uma pessoa morta e 11 feridas, de acordo com balanço da Brigada Militar e do Hospital de Pronto Socorro (HPS), divulgado pela prefeitura da capital no começo da manhã.
Mãe e filho morrem com queda de árvore em Rio Pardo (Foto: Reprodução/RBS TV)Mãe e filho morrem com queda de árvore em
Rio Pardo (Foto: Reprodução/RBS TV)
Um homem de 20 anos morreu no bairro Sarandi, Zona Norte de Porto Alegre. A região foi uma das mais afetadas pela chuva e pelo vento forte. A vítima, identificada como Gustavo Oliveira, caiu em um valão e foi levada pela correnteza. O Corpo de Bombeiros foi até o local e localizou o corpo por volta das 10h.

No interior do estado, uma árvore caiu sobre uma residência e causou duas mortes na noite de quarta-feira (14) em Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo. O acidente aconteceu em meio a um temporal que destelhou cerca de 100 residências.
Previsão do tempo
Depois de pouco mais de uma semana de chuva, com apenas um dia de trégua, o Rio Grande do Sul finalmente volta a ter tempo seco em todas as regiões nesta sexta-feira (16). A previsão indica que em algumas cidades entre o Norte e a Serra ainda podem ocorrer pancadas durante a manhã, mas depois o tempo também melhora.

A chuva, que ainda foi intensa durante a quinta-feira (15), deixou um rastro de estragos pelo estado. O tempo seco é uma boa notícia para as famílias que tiveram algum tipo de prejuízo com o temporal, e também para que as equipes de trabalho intensifiquem a recuperação de estradas e limpeza de ruas.

Para o fim de semana, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica possibilidade de chuva apenas para áreas do Norte do estado no sábado (17), enquanto no domingo (18) todo o Rio Grande do Sul deverá ter tempo seco, com sol entre nuvens.

Já na segunda-feira (19) o tempo volta a mudar. Uma nova área de instabilidade deverá trazer chuva ao estado, com trovoadas e possibilidade de temporais. As temperaturas, após se manterem agradáveis, subirão e poderão passar dos 30°C no começo da próxima semana.
Chuva e ventania causam transtornos em Porto Alegre (Foto: Ivo Gonçalves/PMPA)Vento derrubou muitas árvores em Porto Alegre (Foto: Ivo Gonçalves/PMPA)


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