Confirmação foi feita pela ministro do Exterior, Julie Bishop, neste sábado. Família de Rye Hunt também emitiu comunicado; ele sumiu em 21 de maio.
11/06/2016 01h23 - Atualizado em 11/06/2016 03h03
Do G1, em São Paulo
O turista australiano Rye Hunt, que desapareceu no dia 21 de maio no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Facebook)
Turista australiano Rye Hunt, que desapareceu no dia 21 de maio no Rio (Foto: Reprodução/Facebook)
O ministro do Exterior da Austrália, Julie Bishop, confirmou neste sábado (11) que o corpo encontrado na Praia de Guaratiba, em Maricá, na Região dos Lagos no Rio de Janeiro na quarta-feira (8), é do turista australiano Rye Hunt, que estava desaparecido desde 21 de maio. A informação é da rede TV Sky News.
Segundo Bishop, a idenficação foi confirmada pelas autoridades brasileiras e a família dele já foi notificada. O ministro informou ainda que o governo do país vai dar todo o apoio necessário para os familiares. "Vamos continuar a trabalhar com as autoridades brasileiras para determinar como a morte aconteceu", afirmou durante entrevista em Melbourne.
Após a divulgação pelo governo australiano, a família se manifestou em um comunicado na página criada no Facebook ("Find Rye Hunt") durante as buscas. O texto agradece ao apoio de amigos e das autoridades brasileiras e australianas. "Estamos com o coração partido. Rye era o membro mais jovem da nossa família e era conhecido por ser leal, amoroso, generoso (...) ele vai deixar muita saudade em todos nós", disse Romany Brodribb, irmã de Rye.
Desaparecimento
A última vez que Rye Hunt havia sido visto foi no dia 22 de maio por um pescador, em uma ilha perto da Praia do Leme. Como mostrou o RJTV, os bombeiros estavam checando a informação de que a bermuda do homem que apareceu em Maricá é parecida com a que o australiano usava. O corpo foi encaminhado para a perícia para a realização de um exame de DNA.
Segundo a delegada Elen Souto, titular da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), Hunt teve um surto psicótico após usar uma substância sintética, ecstasy — também conhecida como MDMA ou MD —, em uma festa na Lapa. De acordo com as investigações, a droga que normalmente é diluída foi inalada.
Nas imagens das câmeras de um prédio em Copacabana, Rye aparecia com uma moradora, mas, segundo a polícia, ele ficou lá sozinho, por cerca de três horas. Depois ele saiu só com dinheiro e passaporte. O restante da bagagem — que estava na mochila — ficou no imóvel e foi apreendido pela polícia. Rye e um amigo tentaram antecipar a passagem para a Bolívia, mas não conseguiram. Após brigar com o rapaz, ele deixou o Aeroporto do Galeão de táxi.
Briga com amigo durante surto
Na coletiva na quarta-feira, a delegada contou que Rye e o amigo, Mitchell Sheppard, chegaram ao Rio no dia 16 e se hospedaram num hostel na Lapa. Na madrugada do dia 21, os dois consumiram ecstasy - segundo Elen Souto, em vez de diluir a droga em água, eles a aspiraram, o que seria uma maneira "inadequada" de uso - e seguiram para uma festa, também na Lapa. No evento, após aspirar mais ecstasy e beber vodca, os dois entraram em surto psicótico e acabaram expulsos da festa.
De volta ao hostel, Rye só aceitou entrar no quarto compartilhado depois que todos os demais hospédes deixaram o recinto. "Ele continuava acreditando que estava sendo perseguido e que alguém tentaria matá-lo", explicou Elen.
Mitchell, então, sugeriu que os dois antecipassem o embarque para a Bolívia, próxima etapa da viagem que faziam pela América do Sul, e que deveria acontecer apenas no dia 24. Os amigos seguiram de táxi para o Aeroporto Internacional, mas ao chegar Rye começa a discutir com o amigo, dizendo que Mitchell havia roubado seu passaporte e queria matá-lo. Após a discussão, Rye pega outro táxi e segue para Copacabana, onde alugou um apartamento, pagando 200 dólares por três dias
11/06/2016 01h23 - Atualizado em 11/06/2016 03h03
Do G1, em São Paulo
O turista australiano Rye Hunt, que desapareceu no dia 21 de maio no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Facebook)
Turista australiano Rye Hunt, que desapareceu no dia 21 de maio no Rio (Foto: Reprodução/Facebook)
O ministro do Exterior da Austrália, Julie Bishop, confirmou neste sábado (11) que o corpo encontrado na Praia de Guaratiba, em Maricá, na Região dos Lagos no Rio de Janeiro na quarta-feira (8), é do turista australiano Rye Hunt, que estava desaparecido desde 21 de maio. A informação é da rede TV Sky News.
Segundo Bishop, a idenficação foi confirmada pelas autoridades brasileiras e a família dele já foi notificada. O ministro informou ainda que o governo do país vai dar todo o apoio necessário para os familiares. "Vamos continuar a trabalhar com as autoridades brasileiras para determinar como a morte aconteceu", afirmou durante entrevista em Melbourne.
Após a divulgação pelo governo australiano, a família se manifestou em um comunicado na página criada no Facebook ("Find Rye Hunt") durante as buscas. O texto agradece ao apoio de amigos e das autoridades brasileiras e australianas. "Estamos com o coração partido. Rye era o membro mais jovem da nossa família e era conhecido por ser leal, amoroso, generoso (...) ele vai deixar muita saudade em todos nós", disse Romany Brodribb, irmã de Rye.
Desaparecimento
A última vez que Rye Hunt havia sido visto foi no dia 22 de maio por um pescador, em uma ilha perto da Praia do Leme. Como mostrou o RJTV, os bombeiros estavam checando a informação de que a bermuda do homem que apareceu em Maricá é parecida com a que o australiano usava. O corpo foi encaminhado para a perícia para a realização de um exame de DNA.
Segundo a delegada Elen Souto, titular da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), Hunt teve um surto psicótico após usar uma substância sintética, ecstasy — também conhecida como MDMA ou MD —, em uma festa na Lapa. De acordo com as investigações, a droga que normalmente é diluída foi inalada.
Nas imagens das câmeras de um prédio em Copacabana, Rye aparecia com uma moradora, mas, segundo a polícia, ele ficou lá sozinho, por cerca de três horas. Depois ele saiu só com dinheiro e passaporte. O restante da bagagem — que estava na mochila — ficou no imóvel e foi apreendido pela polícia. Rye e um amigo tentaram antecipar a passagem para a Bolívia, mas não conseguiram. Após brigar com o rapaz, ele deixou o Aeroporto do Galeão de táxi.
Briga com amigo durante surto
Na coletiva na quarta-feira, a delegada contou que Rye e o amigo, Mitchell Sheppard, chegaram ao Rio no dia 16 e se hospedaram num hostel na Lapa. Na madrugada do dia 21, os dois consumiram ecstasy - segundo Elen Souto, em vez de diluir a droga em água, eles a aspiraram, o que seria uma maneira "inadequada" de uso - e seguiram para uma festa, também na Lapa. No evento, após aspirar mais ecstasy e beber vodca, os dois entraram em surto psicótico e acabaram expulsos da festa.
De volta ao hostel, Rye só aceitou entrar no quarto compartilhado depois que todos os demais hospédes deixaram o recinto. "Ele continuava acreditando que estava sendo perseguido e que alguém tentaria matá-lo", explicou Elen.
Mitchell, então, sugeriu que os dois antecipassem o embarque para a Bolívia, próxima etapa da viagem que faziam pela América do Sul, e que deveria acontecer apenas no dia 24. Os amigos seguiram de táxi para o Aeroporto Internacional, mas ao chegar Rye começa a discutir com o amigo, dizendo que Mitchell havia roubado seu passaporte e queria matá-lo. Após a discussão, Rye pega outro táxi e segue para Copacabana, onde alugou um apartamento, pagando 200 dólares por três dias
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