A Polícia Militar informou que vai apurar os motivos pelos quais teria sido impedida a exibição do documentário.
No último
sábado (3), policiais militares impediram a exibição do documentário
'Menino Joel' no Nordeste de Amaralina, que seria realizada por meio do
projeto Cine Maloca, informou a Associação de Moradores do Nordeste de
Amaralina (AMNA). Conforme relato publicado no blog da associação, jovens membros da associação foram impedidos por PMs de apresentarem o vídeo e foram ameaçados com truculência.
Os policiais estavam fortemente armados e alegaram que os vídeos incitavam a população contra os policiais, de acordo com a AMNA. Os jovens tentaram negociar, propondo a exibição de outro video-documentário, mas os policiais os impediram, ameaçando com arma em riste e alegando a operação Copa do Mundo como motivos para não permitir a exibição do filme, conforme o relato.
O projeto Cine Maloca, que está sendo desenvolvido pela AMNA desde julho, exibe quinzenalmente vídeos e documentários educativos em vários pontos do bairro. O objetivo é promover a discussão e a mobilização da comunidade entorno dos problemas da violência, das precárias condições de moradia e de abandono do bairro pelas autoridades públicas. Esta exibição seria a terceira sessão de vídeo-documentário apresentados.
No blog, a AMNA informou que vai continuar com a mostra e vai entrar com uma representação junto a Defensoria Pública do Estado e ao Ministério Público no intuito de assegurar o direito democrático de livre expressão. "Solicitamos a solidariedade de todas pessoas e organizações democráticas que defendem os direitos humanos que se posicionem contra mais essa violência policial contra a população do Nordeste de Amaralina, enviando cartas de protestos ao Comando da Policia Militar da Bahia e para o Governador Wagner e divulgando o amplamente o vídeo-documentário proibido", diz o texto publicado no último sábado.
O Departamento de Comunicação Social da Polícia Militar da Bahia informou que vai "apurar os motivos pelos quais teria sido impedida a exibição do documentário" e colocou a sua Ouvidoria à disposição da comunidade do Nordeste de Amaralina.
Em conversa com o iBahia, o diretor do filme Max Gaggino disse que não estava no momento da exibição e ressaltou a importância do documentário para a comunidade. "Acho que o Nordeste estava precisando de mais visibilidade, porque a família [na época que estava pensando em fazer o documentário] estava reclamando da falta do apoio e de visibilidade através da mídia. Eles [a família] não queriam que fosse um caso esquecido. Então eu me empolguei. O filme foi feito para ter mais visibilidade então o povo abraçou a ideia", relata.
Os policiais estavam fortemente armados e alegaram que os vídeos incitavam a população contra os policiais, de acordo com a AMNA. Os jovens tentaram negociar, propondo a exibição de outro video-documentário, mas os policiais os impediram, ameaçando com arma em riste e alegando a operação Copa do Mundo como motivos para não permitir a exibição do filme, conforme o relato.
O projeto Cine Maloca, que está sendo desenvolvido pela AMNA desde julho, exibe quinzenalmente vídeos e documentários educativos em vários pontos do bairro. O objetivo é promover a discussão e a mobilização da comunidade entorno dos problemas da violência, das precárias condições de moradia e de abandono do bairro pelas autoridades públicas. Esta exibição seria a terceira sessão de vídeo-documentário apresentados.
No blog, a AMNA informou que vai continuar com a mostra e vai entrar com uma representação junto a Defensoria Pública do Estado e ao Ministério Público no intuito de assegurar o direito democrático de livre expressão. "Solicitamos a solidariedade de todas pessoas e organizações democráticas que defendem os direitos humanos que se posicionem contra mais essa violência policial contra a população do Nordeste de Amaralina, enviando cartas de protestos ao Comando da Policia Militar da Bahia e para o Governador Wagner e divulgando o amplamente o vídeo-documentário proibido", diz o texto publicado no último sábado.
O Departamento de Comunicação Social da Polícia Militar da Bahia informou que vai "apurar os motivos pelos quais teria sido impedida a exibição do documentário" e colocou a sua Ouvidoria à disposição da comunidade do Nordeste de Amaralina.
Em conversa com o iBahia, o diretor do filme Max Gaggino disse que não estava no momento da exibição e ressaltou a importância do documentário para a comunidade. "Acho que o Nordeste estava precisando de mais visibilidade, porque a família [na época que estava pensando em fazer o documentário] estava reclamando da falta do apoio e de visibilidade através da mídia. Eles [a família] não queriam que fosse um caso esquecido. Então eu me empolguei. O filme foi feito para ter mais visibilidade então o povo abraçou a ideia", relata.
O garoto Joel morreu em 2010, dentro de casa
|
O documentário trata do assassinato de Joel da Conceição Castro, de 10 anos, em 2010, durante uma ação policial no Nordeste de Amaralina. Em junho deste ano, a morte do primo do menino Joel, Carlos Alberto Conceição Júnior, gerou protestos no Nordeste de Amaralina. Segundo familiares, Carlos Alberto trabalhava em um hotel e estava de folga. Ele saiu para encontrar alguns amigos quando foi morto durante uma abordagem da polícia. Já a Polícia Militar, em nota, informou que uma viatura fazia ronda padrão no local quando foi recebida a tiros por oito homens, iniciando um tiroteio.
Veja nota da Polícia Militar na íntegraA Polícia Militar, enquanto instituição mantenedora da ordem, da Lei e do estado democrático de direito, garante a liberdade de expressão, ao tempo em que irá apurar os motivos pelos quais teria sido impedida a exibição do documentário Menino Joel no último sábado (3), no Nordeste de Amaralina.
A PM coloca à disposição da comunidade do Nordeste de Amaralina a sua Ouvidoria, através do 0800 284 0011 e do site www.pm.ba.gov.br.
Caso JoelJoel se preparava para dormir no dia 22 de novembro de 2010 quando foi alvejado dentro de casa, no Nordeste de Amaralina. Ele foi morto durante uma ação da 40ª Cipm no bairro e a comunidade local acusa até hoje o policial militar Eraldo Meneses, e outros oito oficiais, de serem os responsáveis pela morte da criança.
A família afirma que os PMs se recusaram a prestar apoio ao menino, que havia sido ferido no rosto. O pai, o capoeirista Joel Castro, assistiu à morte do menino poucas horas depois. Nove PMs respondem por homicídio duplamente qualificado pelo crime.
Nenhum comentário:
Postar um comentário