Depois de entrada estrondosa na última sexta-feira, 17 de maio, ações do Facebook só desabaram na Nasdaq
REUTERS/Keith Bedford
Uma
semana depois de comemorar a estreia na bolsa de valores, a rede social
Facebook encara uma ressaca pesada: processos judiciais de investidores
revoltados e até investigações de irregularidades. O caso chegou até no
Capitólio. Parlamentares começaram a avaliar as controversas em torno da
oferta inicial de ações depois que acionistas processaram a rede social
e os bancos responsáveis pela oferta de ações - entre eles o Morgan
Stanley - alegando que eles omitiram informações negativas sobre a
receita da empresa e incluiram declarações falsas no documento do IPO
(Oferta Pública de Ações, na sigla em inglês). O Morgan Stanley teria
compartilhado essas informações somente com alguns clientes
privilegiados.
Congressistas democratas e republicanos desse comitê e também do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes vão ouvir reguladores e também oficiais do Facebook para saber se houve irregularidades na IPO e se as ações foram vendidas a um preço justo. Os legisladores ainda não lançaram uma investigação completa, mas não descartaram a possibilidade de uma audiência - com intimações e depoimentos.
O jornal Washington Post divulgou nesta quinta-feira que o Morgan Stanley vai compensar os investidores que pagaram preço excessivo pelos papeis da empresa. Os acionistas se sentem enganados porque acreditam que as informações enviadas pelo Facebook ao órgão que regula o mercado americano não retratam a realidade da empresa. Para eles, é esse um dos motivos da queda de mais de 14% das ações em uma semana. O Facebook perdeu mais de US$2,5 bilhões desde que abriu seu capital.
Da correspondente da Radio France Internationale em Washington, Raquel Krähenbühl.
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