Assassino confesso mandava bilhetes se dizendo traficante.
Ele R$ 100 mil para a suposta liberdade de Fernando Félix.
O homem preso por matar o advogado Fernando Félix, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, tentou extorquir a família da vítima por meio de bilhetes com ameaças. Mesmo com Felix já morto, o homem dizia tê-lo sequestrado e cobrava um resgate de R$ 100 mil. Segundo a polícia, nas mensagens, Silas Peixoto se passava por um traficante e afirmava até que tinha contatos na polícia para intimidar o pai do advogado a não acionar a delegacia.
Preso nesta sexta-feira (3), Silas Peixoto foi indiciado por homicídio duplamente qualificado - motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima - ocultação de cadáver e extorsão. Ele era cliente de Fernando Félix, com quem tinha uma dívida de aproximadamente R$ 2 mil.
De acordo com o delegado titular da Divisão de Homicídios da Baixada, Fábio Cardoso, durante um encontro para acertarem a dívida, ocorrido na casa de Silas, o suspeito ofereceu um computador, como forma de pagamento. Félix não aceitou e ambos começaram a discutir. Na briga, Silas bateu com uma marreta na cabeça do advogado, que morreu na hora. Ele esquartejou o corpo e escondeu as partes em sacos pretos nos fundos do prédio onde morava.
Após o desaparecimento de Fernando Félix, o pai dele começou a receber bilhetes com as ameaças e pedidos de resgate. "Sou traficante mesmo, não tenho nada a perder. Por isso, pense direito e faça o que eu te mando. Vende carro, toma emprestado, faz o que tu quiser. (...) Não dê bobeira, estou doido para cortar a cabeça dele e jogar dentro do valão", disse ele em uma das mensagens.
Um dos bilhetes foi acompanhado pelo cartão do escritório do advogado e indicava até o local onde o Félix havia estacionado o carro pela última vez. Silas ainda pedia que o pagamento fosse feito em notas de R$ 50 e R$ 100. Ele também alertava que ficaria sabendo se a família registrasse o caso na delegacia. "Tenho contato dentro da polícia, fico sabendo de tudo. Não vacila", dizia o afirmou.
A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense assumiu o caso pouco após o desaparecimento de Fernando Félix, registrado em 23 de maio. Agentes se passaram por parentes do advogado e combinaram o encontro em que seria feito o resgate. O policial que se passou pelo pai da vítima recebeu de uma pessoa, no local do encontro, um bilhete com orientações a quem deveria entregar o dinheiro. O receptor da quantia estaria em uma rua próxima e deveria falar a senha "cabrito" ao agente para que o repasse fosse efetuado.
O homem que receberia o dinheiro, identificado como Marco Antônio, foi preso em flagrante. Ele contou à polícia que entregava as mensagens a mando de Silas e foi indiciado por extorsão.
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