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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Homem que passou 17 anos preso injustamente é morto nos EUA

Alprentiss Nash foi inocentado de acusação de assassinato em 2012.
Ele foi morto a tiros durante discussão em Chicago, segundo a polícia.

Da AP
Alprentiss Nash em foto de 31 de agosto de 2012, dia em que deixou o Menard Correctional Center, em Chester, Illinois, após ser considerado inocente (Foto: E. Jason Wambsgans/Chicago Tribune via AP)Alprentiss Nash em foto de 31 de agosto de 2012, dia em que deixou o Menard Correctional Center, em Chester, Illinois, após ser considerado inocente (Foto: E. Jason Wambsgans/Chicago Tribune via AP)
Um homem de Chicago que ficou preso por homicídio durante 17 anos, mas depois foi inocentado, foi morto esta semana, de acordo com a polícia. Ele foi assassinado a tiros quase três anos após ser solto.
Alprentiss Nash, de 40 anos, foi baleado na terça (28) durante uma discussão em “algum tipo de transação” com seu agressor, segundo o porta-voz da polícia de Chicago, Anthony Guglielmi. Ele disse que o suspeito estava sob custódia e que aguardava indiciamento na tarde de quarta.

O gabinete de Medicina Legal do condado de Cook disse que Nash morreu após levar vários tiros.

Guglielmi disse que duas armas foram recuperadas, uma pertencente ao suspeito e a outra de Nash.

Nash foi condenado pelo assassinato, em 1995, de Leon Stroud, em Chicago, com base no depoimento de testemunhas, embora sempre alegasse ser inocente. Em 1997, ele foi condenado a 80 anos de prisão.

Ele foi libertado em agosto de 2012, depois que testes de DNA em uma máscara de esqui encontrada na cena do crime revelaram o perfil genético de outro homem.

Mais tarde Nash recebeu um certificado de inocência e uma indenização de mais de US$ 200 mil do estado. Um caso federal pendente de direitos civis contra a cidade de Chicago e o departamento de polícia será mantido em benefício do filho de 22 anos de Nash, disse a advogada Kathleen Zellner, que ajudou a libertá-lo.

Nash recentemente havia falado sobre se mudar para o sul, talvez para a Flórida ou Louisiana, porque não se sentia mais seguro em Chicago, disseram Zelnner e a mãe dele, Yvette Martin.

“Ele simplesmente queria sumir e sair daqui”, porque tinha medo de estar sendo visado por causa do dinheiro, segundo a advogada.

Martin disse que seu filho tinha frequentado uma escola de gastronomia e sonhava em abrir um restaurante, mas tinha dificuldades em manter um emprego por causa de sua prisão. Ela disse ainda que ele também falava em se mudar para a Louisiana e comprar gado com alguns primos, depois que seu caso na justiça fosse encerrado.

“Ele enfrentou todos esses obstáculos e então isso aconteceu”, lamentou a mãe.
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