"Eu ouvia que era feia, rosa, que era um macaco fantasma [...] Há momentos que este tipo de coisa dói, mas sempre me defendi", disse
Primeira albina a desfilar pela África do Sul, a modelo Refilwe Modiselle, 29 anos, vem se destacando no mundo da moda. Nascida em uma família negra, a pele alva de Fifi, como Refilwe gosta de ser chamada, contrasta com os traços étnicos herdados de seus pais.
O contraste exótico rendeu o primeiro convite para um editorial de moda quando tinha apenas 13 anos. "Sou uma negra sob uma pele branca. Onde eu me encaixo?", indagou em entrevista ao UOL.
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(Foto: Divulgação)
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De acordo com ela, a família sempre deu todo o apoio necessário para ela levar uma vida normal, já que o albinismo exige alguns cuidados em relação à exposição solar e à visão, que é prejudicada pela falta de pigmentação. No entanto, ela lembra que teve de lidar com comentários por "parecer uma pessoa branca em uma comunidade negra".
Depois de estrelar o editorial aos 13 anos, ela interrompeu a carreira no mundo da moda e só voltou após finalizar os estudos. Fifi foi descoberta internacionalmente em 2005, quando desfilou na South Africa Fashion Week para o estilista David Tlale.
Hoje com 16 anos de carreira, a sul-africana explica que toda a experiência de ser uma albina no mercado da moda é difícil. "Não me encaixo no contexto tradicional de uma modelo, então eu ouvia que era feia, rosa, que era um macaco fantasma", enumera. "Eu ainda passo por isso, mas sempre sigo em frente". E continua: "Há momentos que este tipo de coisa dói, mas sempre me defendi. A cada passo que dou ajudo outras pessoas a se sentirem mais confortáveis em seus próprios corpos".
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