Pedra da Lua faz visitantes 'perderem a cabeça' com truque no Rio; assista
Perto da Pedra do Telégrafo, local também tem feito sucesso na internet.
Rocha ganhou esse nome por possuir 'minicrateras' na superfície.
Depois do sucesso das fotos na Pedra do Telégrafo, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, ondevisitantes se “arriscam” num suposto abismo, outro lugar, pertinho dali, começou a ter cliques viralizados nas redes sociais. Trata-se da Pedra da Lua, à beira da Praia do Inferno, uma das praias selvagens ao lado de Grumari. A superfície, cheia de "minicrateras", possibilita imagens criativas, fruto de ilusão de ótica. O G1 foi ao local e passou até por uma jiboia na trilha para conferir de perto o truque em que é possível ficar "gigante', "perder a cabeça" e tirar selfies com braços "enormes" (assista ao vídeo acima).
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Para chegar lá, é preciso enfrentar uma caminhada de seis quilômetros (só de ida). Há mais de um ponto de partida, mas em todos eles é preciso enfrentar grandes subidas por cerca de uma hora e meia. A trilha tradicional começa na Praia Grande, de onde se pega o Caminho dos Pescadores.
O advogado Bruno Santos, de 29 anos, viu sua foto na Pedra da Lua ser reproduzida em diversas contas no Instagram depois que a postou.
O advogado Bruno Santos, de 29 anos, viu sua foto na Pedra da Lua ser reproduzida em diversas contas no Instagram depois que a postou.
“Por não ser um lugar muito conhecido e um pouco distante das praias 'mais comuns', várias pessoas vieram me perguntar onde ficava e como fazia para chegar lá. Quando fomos, nós fizemos uma travessia de stand up paddle e big SUP [um stand up maior, que comporta mais de uma pessoa] de Grumari até as praias selvagens e passamos pela Pedra da Lua para tirar umas fotos”, lembra.
Pouca sinalização
A sinalização do caminho – parte da Trilha Transcarioca, um corredor ecológico de 180 quilômetros pelas florestas do Rio – ainda é precária e há bifurcações. A dica é contratar um guia, que cobra cerca de R$ 70 por pessoa (o valor é negociável para grupos).
A sinalização do caminho – parte da Trilha Transcarioca, um corredor ecológico de 180 quilômetros pelas florestas do Rio – ainda é precária e há bifurcações. A dica é contratar um guia, que cobra cerca de R$ 70 por pessoa (o valor é negociável para grupos).
“A Pedra da Lua vem se tornando muito famosa por seu formato, que lembra a cratera da lua, e está fazendo sucesso. Quando eu era novinho, frequentava muito essas praias selvagens, então a gente conhece vários lugares. O diferencial da ‘Lua’ é a foto, que a gente bota a perna, o braço e todo mundo se diverte”, explica Pedro Felipe Carvalho, guia e diretor da ONG Amigos do Perigoso (nome de uma das praias selvagens dentro da área de preservação do Grumari), que acompanhou a equipe do G1 durante o percurso.
O guia diz que a região passou a ser muito mais procurada depois que fotografias começaram a ser divulgadas nas redes sociais. A Pedra do Telégrafo, por exemplo, tem longas filas para fazer a foto no "penhasco". Pedro faz um apelo para que os visitantes não esqueçam de remover o lixo do local.
“As trilhas hoje se tornaram um esporte muito procurado aqui em Guaratiba, esse é o lado positivo, mas as pessoas têm que cuidar da área para que não haja degradação.”
Geóloga explica buracos na pedra
De acordo com a geóloga Katia Leite Mansur, professora do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os buracos abertos na Pedra da Lua são consequência da ação das ondas do mar sobre a rocha.
“A ação das ondas do mar, golpeando as rochas, vão ampliando estas fraturas. Pense que estas rochas se formaram a partir do resfriamento de um magma (rocha fundida) no interior da Terra. Assim, ela estava em equilíbrio naquela posição com pressões e temperaturas muito diferentes da que temos em superfície. Quando, enfim, chegam na superfície, os minerais que formam esta rocha ficam em desequilíbrio com o ambiente e se alteram, permitindo que sejam retirados da rocha”, explica Katia, acrescentando que a tendência é que os buracos aumentem ao longo dos anos.
De acordo com a geóloga Katia Leite Mansur, professora do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os buracos abertos na Pedra da Lua são consequência da ação das ondas do mar sobre a rocha.
“A ação das ondas do mar, golpeando as rochas, vão ampliando estas fraturas. Pense que estas rochas se formaram a partir do resfriamento de um magma (rocha fundida) no interior da Terra. Assim, ela estava em equilíbrio naquela posição com pressões e temperaturas muito diferentes da que temos em superfície. Quando, enfim, chegam na superfície, os minerais que formam esta rocha ficam em desequilíbrio com o ambiente e se alteram, permitindo que sejam retirados da rocha”, explica Katia, acrescentando que a tendência é que os buracos aumentem ao longo dos anos.
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