Menina de 13 anos foi morta em Nova Mutum (MT) e corpo achado em lago.
Menor confessou o crime e disse ela teria causado fim do namoro dele.
A mãe da adolescente Danielly Batista Corrêa, de 13 anos, assassinada com um golpe de canivete por um menor, no município de Nova Mutum a 269 km de Cuiabá, declarou estar arrasada e chocada com a morte da filha.
“Às vezes, quando estou no trabalho, dá vontade de lagar tudo, de sumir. Mas penso nos meus outros filhos, no meu neto e lembro que ainda tem vida pela frente”, desabafou a doméstica Ângela Batista da Silva, de 37 anos, ao contar sobre a luta para superar a dor da ausência da filha. O crime ocorreu no dia 12 de julho, no município, e o corpo da vítima foi encontrado em um lago no dia 15.
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Um garoto, de 14 anos, confessou à Polícia Civil ter cometido o crime contra a jovem. O menor de idade, que era procurado pela polícia, foi encontrado na noite de terça-feira (28) em sua casa e está detido na delegacia de Nova Mutum por ato infracional de homicídio. Ele deverá ser transferido para alguma unidade socioeducativa do estado neste sábado (1º). A delegada Angelina de Andrade, responsável pelo inquérito aberto para apurar o caso, relatou que o adolescente declarou em depoimento ter tramado o crime por uma semana.
A justificativa do jovem foi que estaria com raiva da vítima porque Danielly teria tido um relacionamento com ele e contado a outras pessoas sobre isso. A história teria chegado até a namorada do menor que, após ter conhecimento do fato, terminou com o suspeito. O estudante afirma ter matado a adolescente com um golpe de canivete no pescoço, mas a polícia investiga algumas contradições.
Tenho vivido com o coração apertado"
Ângela Batista, mãe da adolescente
A mãe da adolescente assassinada revelou que a jovem estava na 7ª série e estudava em uma escola pública. Ângela afirma que a jovem raramente tinha problemas escolares. “Eu recebi uma reclamação dela, no mês passado, porque ela saiu da sala durante uma aula. Na ocasião, quando ela chegou em casa eu a lembrei que não deveria fazer isso de novo e que na escola ela deveria estudar e respeitar os professores”, pontuou.
Ela relata que tem outros dois filhos e uma neta, que moram junto com ela, e que os avós da vítima também estão abalados. “Os avós dela, que são bem idosos, estão bem arrasados. Eles eram bem apegados a ela e estão bem tristes com o ocorrido”, relata.
A doméstica conta que às vezes pensa em desistir. “Eu não sou muito de chorar, sempre me considerei meio durona. Mas tenho vivido com o coração apertado. Eu era uma pessoa mais alegre”. Sobre Danielly, Ângela afirma que a filha era meiga e carinhosa. “Sempre ao chegar do trabalho ela vinha me abraçar. Ela adorava fazer isso porque sabia que eu chegava cansada e mau humorada”, lembra.
Ela conta que deverá se mudar, em breve, para outro bairro da cidade, na tentativa de tentar esquecer a situação. “Eu poderia atravessar o mundo que não esqueceria dela”.
O crime
De acordo com o depoimento dado à polícia, o menor afirmou ter atraído a jovem até uma região de mata e desferido um golpe, com um canivete, no pescoço da vítima. Segundo o menor, Danielly teria caído no lago ainda com vida. A polícia, porém, investiga algumas contradições.
De acordo com o depoimento dado à polícia, o menor afirmou ter atraído a jovem até uma região de mata e desferido um golpe, com um canivete, no pescoço da vítima. Segundo o menor, Danielly teria caído no lago ainda com vida. A polícia, porém, investiga algumas contradições.
No exame de necropsia realizado no corpo da jovem foi um encontrado um projétil de uma arma de fogo.
Os exames ainda apontaram que a causa da morte de Danielly foi o tiro e que ela já caiu morta no lago, uma vez que não foi encontrado água no pulmão dela. Com isso, a polícia ainda investiga se o crime contou com a participação de outras pessoas.
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