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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Energia é restabelecida na Ufba após negociações com a Coelba

Serviço foi regularizado às 14h20 na Politécnica; em Administração, retornou às 16h
Thiago Freire (thiago.freire@redebahia.com.br)
Atualizado em 27/07/2015 20:08:38
  
As escolas Politécnica e de Administração da Universidade Federal da Bahia (Ufba) sofreram corte de energia na manhã desta segunda-feira (27). A Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) admite a ação e afirma que foi por falta de pagamento da universidade. Após negociações, o serviço foi normalizado no período da tarde.
Segundo a Ufba, a Coelba foi na universidade, por volta das 10h, com intenção de cortar a energia de quatro unidades. Além das citadas, os prédios da Reitoria e da Residência Universitária da Vitória seriam os alvos.
(Foto: Arquivo CORREIO)
A Ufba admite que havia um atraso de dois meses, cujo valor aproximado era de R$ 2,3 milhões. A instituição justifica o atraso com os cortes do governo federal, revelando que está operando com um contingenciamento de 15 a 20% no orçamento.
A Ufba ainda explica que o recurso para pagar a energia sempre esteve empenhado - já alocado para pagamento. O que faltava era a liberação do dinheiro, que ocorreu após conversa com o Ministério da Educação. Por esse motivo a Coelba suspendeu os cortes. A universidade lamenta a atitude da concessionária de energia, lembrando que a instituição é um importante espaço de educação e pesquisa científica.
PrejuízosA diretora da Escola Politécnica, Tatiana Dumet, lamentou o ocorrido e diz que houve prejuízos. O switch central da internet parou de funcionar, deixando a unidade sem conexão. Além disso, a Escola de Verão, evento internacional em parceria com a Alemanha, teve que ser adiado.
Segundo servidores da unidade, alguns estudantes ficaram presos em um laboratório com fechadura eletrônica. Ao saber que a chave manual não estava no prédio, eles pularam a janela. 
Francisco Teixeira, diretor da Escola de Administração, também reporta um evento que foi prejudicado. Teixeira ainda questiona a truculência do funcionário da Coelba. "Ele disse: você tem cinco minutos para desligar, já passamos uma hora na Politécnica", conta.
Ambos diretores afirmam sentir a diminuição no orçamento deste ano, principalmente em materiais de consumo e bolsas e diárias, que atingem muito a pós-graduação. As contas são centralizadas pela administração da universidade, mas a Coelba não explica a decisão de cortar apenas quatro unidades.
Teixeira sugere que a escolha pode ser estratégica. "Provavelmente o critério é onde causa mais problema", conjectura. Ele lembra, entretanto, que unidades com laboratórios de pesquisa que realizam operações de alta complexidade não foram escolhidas.
Coelba explicaA Coelba afirma que seguiu todos os procedimentos legais. Segundo a concessionária, o aviso prévio de quinze dias - exigido pela lei - foi entregue à Ufba e protocolado, como de praxe. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), reguladora do setor, a partir da primeira conta sem pagamento a concessionária já pode suspender o serviço.
A Aneel explica ainda que não há qualquer diferença pelo consumidor ser pessoa jurídica ou realizar operações delicadas. De acordo com informações obtidas no Portal da Transparência, a Ufba já pagou à Coelba R$ 2,6 milhões até maio deste ano. Em 2014, a universidade repassou R$ 10,6 milhões para a concessionária.

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